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Controle estatístico de processos para reduzir custos

Anonim

Resultantes dos vários fatores que se inter-relacionam nos processos de produção, surgem certos níveis de custos para a geração de produtos ou serviços. Assim, sob certas condições, e desde que, aspectos fundamentais não sejam modificados, como variações nos preços das matérias-primas, custo salarial, métodos de produção, características do produto e nas máquinas utilizadas, entre outros. Outros, o custo médio na produção de um bem ou serviço evoluirá com o tempo.

Como pode ser visto no gráfico, o custo de produção depende de uma série de fatores, que por sua vez são o produto de várias outras causas. No esquema, ele foi mostrado apenas como exemplo até um terceiro nível. Assim, o custo de um produto depende em parte dos materiais ou suprimentos; por sua vez, eles afetam os custos com base em vários atributos, entre os quais preço, nível de estoque e qualidade, enquanto o preço É o resultado do comportamento do mercado, das quantidades adquiridas e das condições de pagamento, entre outras.

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O nível de custo dos produtos decorre da inter-relação e interação desses inúmeros fatores, mas como resultado da evolução dos processos ao longo do tempo e do fato de estar exposto a mudanças e alterações contínuas características do sistema, os custos sofrerão variações natural (também chamado aleatório) ou especial (chamado atribuível).

As variações atribuíveis são devidas a uma causa específica, como diferenças entre o desempenho de várias máquinas, operadores ou materiais. Variações desse tipo não são aleatórias e podem levar a variações excessivas nos processos. Se houver causas atribuíveis de variações em um processo, é dito que o processo está "fora de controle".

Variações devido a causas atribuíveis são muitas vezes excessivas, e os métodos de Controle Estatístico de Processo (CEP) não podem ser usados ​​para predizê-las.

Variações aleatórias surgem como conseqüência da interação de uma ampla variedade de fatores, como temperatura, pressão atmosférica e tolerância operacional normal das máquinas. Essas variações são aleatórias, geralmente pequenas, e não podem ser atribuídas a nenhuma causa específica. Um processo é considerado "estável" ou "sob controle" se a variabilidade do processo é conseqüência apenas de variações aleatórias.

A distinção entre um tipo de variação e outro é de fundamental importância na tomada de decisões. As decisões corretas são ajustar o processo quando estiver fora de controle e deixá-lo em paz quando estiver sob controle. O risco de ajustar desnecessariamente um processo sob controle é equivalente a um erro do tipo I; se um processo fora de controle não for corrigido, é um erro do tipo II. A aplicação correta do controle estatístico do processo minimiza esses riscos.

Resta definir o que é controle estatístico de processo (CEP). É uma técnica estatística para garantir que os processos atendam aos padrões. Como mencionado anteriormente, todos os processos estão sujeitos a certos graus de variabilidade, por esse motivo é necessário distinguir entre variações devido a causas naturais e devido a causas atribuíveis, desenvolvendo uma ferramenta simples, mas eficaz para separá-las: o gráfico de controle.

As variações naturais afetam todos os processos de produção e são sempre esperadas. Esses tipos de variação são as diferentes fontes de variação de um processo que está sob controle estatístico. Eles se comportam como um sistema constante de causas aleatórias. Embora seus valores individuais sejam todos diferentes, como grupo, eles formam uma amostra que pode ser descrita por meio de uma distribuição. Quando essas distribuições são normais, elas são caracterizadas por dois parâmetros. Esses parâmetros são: a média da tendência central e o desvio padrão.

Enquanto os custos evoluem dentro dos limites de controle, diz-se que o processo está "sob controle" e pequenas variações são toleradas.

Os procedimentos para estabelecer o controle estatístico do comportamento dos custos envolvem:

  1. estabeleça “capacidade de processo”, crie um gráfico de controle, colete dados periódicos e faça um gráfico, identifique desvios, identifique causas de desvios, perpetue os efeitos positivos e corrija as causas dos negativos.

Com base em um período cuja amplitude depende das características do processo e do bem ou serviço), é calculada a Média, que se torna o Custo Médio do Processo (CMP) e os respectivos Limites Superiores de Controle. (LCS) e inferior (LCI). É determinado o Custo Máximo Aceitável (CMA), que nada mais é que o Custo Objetivo, que se destina a atingir para alcançar uma certa lucratividade, dado um preço de mercado. A capacidade do processo (CP) é calculada, que é igual ao CMA dividido pelo LCS.

Toda oportunidade que ocorre uma mudança estrutural ou significativa é devida à decisão da empresa (mudança no tipo de material, variações de projeto, novas máquinas, mudança de fornecedor) ou por outros motivos (mudanças nos preços das matérias-primas, variação no custo de combustíveis ou energia elétrica) o CMP e o LCS, LCI, CMA e CP devem ser recalculados.

O principal objetivo da administração da empresa é reduzir o CMP e as variações de forma a afastar o LCS do CMA, permitindo um maior CP.

Quanto mais curtos os períodos para os quais os cálculos de custos são feitos, mais rapidamente podem ser tomadas medidas corretivas para manter os processos sob controle.

O monitoramento através do sistema CEP (CEP) de outras variáveis ​​financeiras, como qualidade, produtividade, prazos ou prazos de entrega ou processamento e níveis de satisfação do usuário, permite uma pontuação equilibrada (CMI) que serve para entender melhor o comportamento dos custos e a estreita relação entre os vários fatores.

Com o uso de várias ferramentas de gestão, os Círculos da Qualidade e as Equipes de Melhoramento procederão à análise das variações traçadas no CEP, padronizando o processo primeiro (coloque-o em "controle estatístico") e, em seguida, aprimorando a padrões, alcançando níveis mais altos de produtividade, melhores níveis de qualidade, menores níveis de estoque, melhores tempos de resposta e menores níveis de custo (Custo Médio do Processo para os produtos ou serviços comercializados).

(…)

Conclusões:

A partir do desenvolvimento dos conceitos descarregados, o enorme potencial do uso do Controle Estatístico de Processo como instrumento e ferramenta, visando um melhor controle na evolução dos custos, uma maneira mais eficaz de tomar decisões sobre ajustes, um método muito eficiente no estabelecimento de metas e um meio excepcional de verificar o comportamento do sistema como um todo através da inter-relação de indicadores de custos, produtividade, qualidade, indicadores financeiros, satisfação de usuários e funcionários / trabalhadores e períodos ou horários de vários ciclos.

Muitos são os que, por desconhecer o funcionamento dos processos, tendem a realizar análises longas e teimosas em busca dos motivos que levaram à variação de custos em relação aos padrões ou àqueles registrados no período anterior, comprometendo-se o erro de adotar medidas de ajuste, quando, na realidade, as variações respondem à natureza do processo, para que os ajustes gerem maiores diferenças no futuro.

As empresas que não adotarem essa nova metodologia sofrerão o choque contra as empresas de classe mundial que a aplicam metodicamente.

A aplicação do CEP aos custos é o prelúdio de uma nova disciplina que causará um forte choque na evolução da Gestão de Negócios, sendo esse novo avanço a Costometria.

Bibliografia:

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