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Controle de gastos públicos em Cuba

Índice:

Anonim

1.-O orçamento do estado

1.1 Aspectos básicos da concepção do orçamento.

O orçamento do estado responde ao caráter de classe das diferentes formações econômico-sociais. Seu desenvolvimento está relacionado organicamente ao nascimento e formação do Estado como organização política de uma classe no poder. Portanto, as relações sociais de produção determinam o papel e o uso do orçamento como mecanismo de distribuição. O orçamento pode ser definido como o plano financeiro fundamental do Estado e expressa o processo de criação e uso do fundo centralizado de recursos monetários que o Estado utiliza para o cumprimento de suas funções administrativas, econômicas e políticas.

A importância do orçamento na vida político-social da nação é evidenciada pelo fato de a economia pública ter sua própria manifestação por meio de instituições e mecanismos orçamentários, utilizando para isso normas legais que regulam e colocam em prática a economia. política de receita e despesa; pondo em movimento mais da metade dos recursos gerados por toda a sociedade. Para esses fins, são estabelecidos os regulamentos e princípios metodológicos para realizar o processo de formulação, discussão, aprovação, execução e controle dos gastos e receitas fiscais. Outro aspecto importante é a criação de marcos legais para garantir o controle dos gastos reais, seu uso racional e eficiente. O orçamento é um mecanismo financeiro através do qual todas as despesas do Estado do período planejado são especificadas;enquanto a quantia estimada de renda expressa a fonte de seu financiamento.

A atividade orçamentária, embora seja utilizada igualmente nos setores público e privado: neste último, os números da empresa privada têm um forte sotaque indicativo e, portanto, no desempenho de suas tarefas, podem ocorrer alterações durante o processo de execução, dependendo dos interesses e benefícios dos empreendedores; sem limitação de natureza regulatória externa. Porém, no caso de atividades públicas, uma vez aprovadas, os valores são obrigatórios para o órgão de administração, que define o nível de gastos a serem realizados e para aumentá-lo, é necessário realizar um procedimento especial com base nas causas de sua expansão, que deve ser aprovado pelo mais alto nível de governo. A renda, apesar de estimada, é um compromisso,Seu ajuste no estágio de execução e aquisição do mesmo deve ser analisado e verificado por cada nível de gestão governamental. O orçamento para seu peso econômico e significado social é considerado na faixa de variáveis ​​macroeconômicas.

O orçamento caracteriza-se por ser um documento econômico técnico, mas com um sentido político, elaborado periodicamente, assumindo o princípio contábil do equilíbrio no saldo de receitas e despesas; no entanto, pode haver um excedente ou déficit. Se este último ocorrer, significará endividamento do Estado e, no caso de emissão de dinheiro para cobrir déficits, terá efeito inflacionário. O orçamento indica com precisão uma autorização e previsão de gastos e uma estimativa de receita. As funções essenciais do orçamento estão relacionadas à alocação de recursos para a prestação de serviços públicos e, em segundo lugar, cumpre a função de realocação e distribuição de renda,Isso é alcançado através da aplicação de impostos progressivos e da introdução de algumas despesas sociais nos orçamentos públicos. Também se caracteriza por ajudar a manter a estabilidade e o desenvolvimento econômico, exercendo uma influência decisiva na distribuição proporcional de recursos destinados ao consumo e acumulação. Além disso, alguns dos itens de receita e despesa atuam como estabilizadores automáticos.

Finalmente, as ações do orçamento têm a peculiaridade, quando bem direcionadas, de estimular o progresso econômico e elevar o padrão de vida nos territórios mais atrasados.

1.2 Princípios e requisitos do processo orçamentário

Há uma referência de que as instituições orçamentárias surgiram no final do século XVIII, formando um conjunto de princípios básicos da atividade orçamentária, que foram reformados ao longo do tempo, da mesma forma que o peso econômico aumentou e a magnitude dos serviços sociais do setor público e a responsabilidade do Estado como órgão governante de toda a sociedade. Assim, o aprimoramento desses princípios é fruto do desenvolvimento das condições socioeconômicas dominantes e da concepção política de cada período histórico em que foram aplicados. Os princípios orçamentários buscam estabelecer ordem e coerência internas entre as ações dos formuladores de políticas e as instituições que fazem o orçamento. Em consequência,Três relacionamentos essenciais são apreciados:

1. As ações dos agentes governantes do projeto orçamentário, definidas pela aplicação dos chamados princípios políticos.

2. Das receitas e despesas que compõem cada atividade, alcançadas mediante o exercício dos princípios contábeis.

3. Finalmente, é necessário ter princípios. financeiros, a fim de apoiar os critérios do projeto de orçamento refletidos no saldo de receitas e despesas.

Os critérios fundamentais que caracterizam os princípios estabelecidos estão descritos abaixo

1. Os princípios políticos visam alcançar o controle total das entidades executivas e incluem os seguintes princípios:

  • Princípio da concorrência. Estabelece que a determinação dos níveis de receita e despesa que compõem o orçamento do Estado é de responsabilidade do órgão financeiro que define e propõe os números; representação popular perante o parlamento que a sanciona; e, embora a ênfase dos atores executivos centrais na elaboração do orçamento seja acentuada, isso não altera de forma alguma a competência parlamentar em relação à decisão de sua promulgação. Princípio da universalidade. Considera que o orçamento deve incluir toda a atividade financeira do governo; de maneira a permitir articular todas as operações com os programas entre si.A relevância deste princípio é dada pelo controle político e operacional do orçamento, somente é possível quando a soma de todas as receitas e despesas for registrada. Princípio da unidade. Defina o orçamento para ser único; Isso implica abranger todas as receitas e despesas em um único fundo, evitando a separação de orçamentos e a existência de fundos especiais, o que complica o controle contábil e gera desconfiança na administração do orçamento. Princípio da especialidade. Considera que o poder de gastar concedido aos órgãos executivos por meio dos valores orçamentários não é uma simples autorização de despesas, mas está condicionado ao cumprimento de três aspectos:Isso implica abranger todas as receitas e despesas em um único fundo, evitando a separação de orçamentos e a existência de fundos especiais, o que complica o controle contábil e gera desconfiança na administração do orçamento. Princípio da especialidade. Considera que o poder de gastar concedido aos órgãos executivos por meio dos valores orçamentários não é uma simples autorização de despesas, mas está condicionado ao cumprimento de três aspectos:Isso implica abranger todas as receitas e despesas em um único fundo, evitando a separação de orçamentos e a existência de fundos especiais, o que complica o controle contábil e gera desconfiança na administração do orçamento. Princípio da especialidade. Considera que o poder de gastar concedido aos órgãos executivos por meio dos valores orçamentários não é uma simples autorização de despesas, mas está condicionado ao cumprimento de três aspectos:mas é condicionado pelo cumprimento de três aspectos:mas é condicionado pelo cumprimento de três aspectos:

a) o princípio da especialidade qualitativa, orienta que as alocações de recursos devem corresponder exatamente aos objetivos das atividades aprovadas e não a outras;

b) o princípio da especialidade quantitativa, estabelece que a execução do orçamento, a alocação de recursos deve ser feita em um montante específico;

c) O princípio da especialidade temporária especifica que a autorização permanecerá válida apenas pelo período de tempo estabelecido. Esses princípios exigem o mais alto grau de precisão e confiabilidade, descartando todos os tipos de elementos que podem inflar os números ou as reais necessidades da atividade.

  • Princípio da publicidade. Indica que as diferentes etapas do processo orçamentário devem ter cobertura pública, para que a população tenha informações confiáveis ​​sobre como o acúmulo de finanças públicas é gerenciado e, assim, crie seus próprios critérios para a eficácia dessa atividade.. É excluída a publicação das despesas que constituem segredos de Estado, como as de defesa. O orçamento, quando aprovado pelo Parlamento, deve ser publicado quando se tornar um Princípio de Clareza. Afirma que a formação dos diferentes itens de receita e despesa do orçamento deve ser apresentada de forma a permitir a rápida identificação de sua origem e objetivos próprios;a fim de evitar erros de julgamento e interpretações errôneas no processo de aprovação dos números e em sua subsequente execução Princípio da periodicidade. Considera que o orçamento é um exercício temporário, aprovado regularmente por um ano; portanto, seu mandato rege apenas durante esse período; Embora existam países que preparam orçamentos bienais, de cinco anos etc., em correspondência com a projeção de alguns de seus programas.

2. Os princípios contábeis são chamados a criar os fundamentos técnicos contábeis necessários para garantir a conformidade com os princípios políticos. As regras essenciais da contabilidade orçamentária são as seguintes:

  • Princípio do orçamento bruto. Está relacionado ao princípio da universalidade, no sentido de que os itens das atividades orçamentárias devem ser registrados de acordo com seu valor bruto, sem redução ou separação de qualquer espécie. Em outras palavras, não é permitido deduzir da receita as despesas causadas pela cobrança das mesmas; nem tirar das despesas os benefícios que eles podem gerar no princípio da unidade de caixa. Está relacionado ao princípio político da unidade, prescrevendo que todas as receitas e despesas, ou seja, cobranças e pagamentos, devem ser centralizadas em um único tesouro, a fim de promover fluidez e elasticidade ao mecanismo de cobrança e pagamento; por outro lado, evite a proliferação de irregularidades, quando caixas múltiplas ou especiais aparecerem. No entanto, surge,que a forma de dinheiro e pagamentos especiais possa ser aplicada a serviços públicos autônomos, mantendo o controle adequado. Princípio de especificação. É uma função contábil que responde ao princípio contábil da especialidade e prevê que as receitas e despesas sejam classificadas de acordo com um critério lógico, de acordo com a natureza dos objetivos de cada atividade, refletindo especificamente os programas de cada órgão. exercício fechado. Responde ao princípio político da anuidade, pelo qual é instituído que as contas do orçamento são encerradas no final do período planejado e somente as cobranças e pagamentos efetivamente executados durante o ano serão refletidos. Programas e investimentos públicos com mais de um ano de validade exigem a determinação do volume a ser executado a cada ano,para poder avaliar o trabalho realizado em cada exercício financeiro e, se necessário, proceder ao ajuste do ano seguinte.

3. Os princípios econômicos estão relacionados aos elementos básicos da racionalidade econômica e financeira tradicional, incluindo os seguintes princípios:

  • Limitação de gastos públicos. Começa com a condição de que a despesa deve ser a mais baixa possível e ter um uso racional. A lógica desse princípio é que os gastos públicos são amplamente considerados improdutivos. Afirmando que, para obter aumentos nas fontes de financiamento para o desenvolvimento, é necessário limitar o consumo e incentivar a economia. neutralidade tributária. Consiste em que as despesas em sua generalidade terão como fonte de financiamento os impostos com caráter neutro. A moderna técnica orçamentária propõe como inadequada a formação de pequenos fundos para obras específicas e a promoção de impostos para financiar programas específicos Princípio do saldo orçamentário anual.É expresso por meio da correspondência obrigatória entre o total da receita ordinária coletada (fontes) e o total das despesas (destino). A política fiscal aplicada desempenha um papel fundamental. Queremos dizer que aqui o conceito de despesa total abrange as despesas de consumo e as alocações para financiar os investimentos.Princípio da auto-avaliação da dívida. Estabelece que o endividamento do setor público será excepcional e ocorrerá somente quando for usado para financiar despesas de investimento público; desde que seja garantida a formação de renda suficiente para amortizar o pagamento de juros e, é claro, traga algum benefício à sociedadeQueremos dizer que aqui o conceito de despesa total abrange as despesas de consumo e as alocações para financiar os investimentos.Princípio da auto-avaliação da dívida. Estabelece que o endividamento do setor público será excepcional e ocorrerá somente quando for usado para financiar despesas de investimento público; desde que seja garantida a formação de renda suficiente para amortizar o pagamento de juros e, é claro, traga algum benefício à sociedadeQueremos dizer que aqui o conceito de despesa total abrange as despesas de consumo e as alocações para financiar os investimentos.Princípio da auto-avaliação da dívida. Estabelece que o endividamento do setor público será excepcional e ocorrerá somente quando for usado para financiar despesas de investimento público; desde que seja garantida a formação de renda suficiente para amortizar o pagamento de juros e, é claro, traga algum benefício à sociedadedesde que seja garantida a formação de renda suficiente para amortizar o pagamento de juros e, é claro, traga algum benefício à sociedadedesde que seja garantida a formação de renda suficiente para amortizar o pagamento de juros e, é claro, traga algum benefício à sociedade

Com base na abordagem acima, o orçamento deve atender aos seguintes requisitos:

  1. Primeiro: o orçamento deve ser agregável e desagregável nos centros de produção, onde o produto de cada centro deve ser exclusivo de qualquer outro produto, de qualquer outro centro de produção na mesma área. Caso contrário, a alocação total de recursos expressa como o nível de gastos orçamentários não teria sentido e conteria duplicações e confusão Segundo: As relações entre os recursos alocados e os produtos resultantes dessa alocação devem ser perfeitamente definidas; não pode haver dúvidas sobre o produto perseguido com uma certa alocação de recursos e o mesmo recurso ou parte fracionária dele não pode ser um requisito orçamentário para dois ou mais produtos Terceiro: alocação de recursos para obter os produtos,que exigem diretamente os objetivos da política (produtos finais) também exigem a alocação de recursos para alcançar outros produtos que permitem ou suportam a produção de produtos finais (produtos intermediários). Assim, parte da produção expressa no orçamento é um requisito direto das políticas e outra parte é apenas um requisito indireto dessas políticas.Quarto: O orçamento deve expressar a rede de produção onde cada produto está condicionado e, para ao mesmo tempo, condiciona outros produtos da rede, existindo, assim, certas relações de coerência entre as várias produções orçamentadas.uma parte da produção expressa no orçamento é um requisito direto das políticas e outra parte é apenas um requisito indireto dessas políticas Quarto: O orçamento deve expressar a rede de produção em que cada produto está condicionado e, ao mesmo tempo, condições a outros produtos da rede, existindo, assim, certas relações de coerência entre as várias produções orçamentadas.uma parte da produção expressa no orçamento é um requisito direto das políticas e outra parte é apenas um requisito indireto dessas políticas Quarto: O orçamento deve expressar a rede de produção em que cada produto está condicionado e, ao mesmo tempo, condições a outros produtos da rede, existindo, assim, certas relações de coerência entre as várias produções orçamentadas.

Para abordar os aspectos considerados básicos em cada uma das técnicas utilizadas, as características mais destacadas dos sistemas orçamentários tradicionais são descritas abaixo.

1.3 Tipos de orçamento

Os diferentes tipos de orçamento podem ser classificados da seguinte forma:

  • Orçamento Tradicional, Planejamento, Programação e Orçamento (PPBS), Orçamento para Programas e Orçamento Base Zero, Orçamento Tradicional: a base do orçamento tradicional é a alocação de recursos, levando em consideração, basicamente, a aquisição de bens e serviços de acordo com sua natureza ou destino, sem oferecer a possibilidade de correlacionar esses ativos com as metas ou objetivos a serem alcançados. É apenas um instrumento financeiro e de controle. Por outro lado, a metodologia de análise utilizada é muito rudimentar, baseada mais na intuição do que na razão, ou seja, que as ações realizadas pelas diferentes instituições não estão vinculadas a um processo de planejamento consciente e racional.

Outra desvantagem que o método tradicional oferece é que os usuários do documento orçamentário não possuem informações suficientes para permitir que observem como a renda coletada pelos vários conceitos é usada.

Sistema de planejamento, programação e orçamento (PPBS) A outra forma usada para orçamentar no setor público é conhecida como «Planejamento, programação e orçamento (PPBS)», originalmente usada pelos Estados Unidos da América como maneira de estabelecer critérios efetivos para a tomada de decisões, na alocação e distribuição de recursos físicos e financeiros nos diferentes órgãos públicos.

  • Orçamento de programa: parece responder às contradições implícitas no orçamento tradicional e, especialmente, para que o Estado e as instituições que o compõem tenham um instrumento programático que vincule a produção de bens e serviços a serem alcançados com os objetivos e metas. fornecido nos planos de desenvolvimento Orçamento Base Zero: Essa técnica de orçamento é recente. Começa a ser utilizada a partir de 1973 em algumas entidades federais do governo norte-americano, a nova metodologia procura determinar se as ações desenvolvidas pelos diferentes órgãos que compõem o Estado são eficientes. Se certas ações devem ser suprimidas ou reduzidas, a fim de promover a atenção de outras pessoas consideradas mais prioritárias.

Uma vez estabelecidos os princípios gerais e os tipos de orçamento, é necessário apresentar uma síntese das etapas gerais que, regra geral, devem ser seguidas em sua elaboração, o que constitui o conteúdo fundamental da seção a seguir.

2. O processo de preparação do orçamento.

Em geral, independentemente do sistema econômico, diferentes princípios, regras e etapas de natureza geral são levados em consideração na preparação do orçamento, conforme explicado abaixo.

2.1 Considerações gerais

O orçamento expressa o plano financeiro fundamental do Estado e, como tal, contém o universo de despesas demandadas pelo plano econômico-social; bem como a soma da renda interna e externa; correspondente ao seu financiamento. O orçamento do estado, sendo um instrumento ativo da política econômica do governo, cumpre a função de viabilizar as formas de acumulação necessárias para apoiar a estratégia de desenvolvimento do país.

Propõe-se que o orçamento exija a adoção da forma e do conteúdo da programação, respondendo à política econômica aprovada e definindo os detalhes das receitas e despesas com a correspondência e a confiabilidade necessárias na formação de cada programa, com o qual o orçamento será direcionado. constituem o instrumento fundamental de operação no planejamento de materiais.

Em alguns países, contabilidade e estatística (como é o caso de Cuba) serviram como suporte e referência para o planejamento e controle do orçamento; sendo usado como mecanismo e instrumento para impor disciplina financeira. Em outros países, foi tão insuficiente que nem sequer forneceu os elementos mínimos de informação e controle. A auditoria em situações de aplicação máxima aborda a análise do desempenho financeiro e a avaliação da eficácia e eficiência dos programas e projetos, enquanto na maioria dos casos ela foi dedicada apenas à verificação ou movimentação de evidências.

O processo orçamentário em qualquer regime social cumpre a missão de:

a) relacionar decisões de gastos vinculadas a objetivos econômicos e sociais com recursos existentes e futuros;

b) relacionar todas as decisões importantes à situação político-econômica interna e externa;

c) trabalhar para alcançar alta eficiência e eficácia na execução de programas governamentais; d) facilitar o controle sobre as várias fases do processo orçamentário; bem como e) garantir que a política fiscal esteja intimamente relacionada às necessidades das receitas e despesas do orçamento

Cabe destacar que o orçamento é um instrumento de política fiscal e tem caráter administrativo, sendo também considerado como instrumento de política econômica. Daí a importância de o sistema orçamentário ser estruturado para atender a ambas as necessidades simultaneamente, além de desenvolver o sistema de regulamentos e procedimentos que o regulam.

O orçamento como instrumento administrativo deve ser considerado parte integrante de um sistema mais amplo, isto é, como o sistema de administração financeira do setor público; que é integrado pelo fluxo de informações do planejamento indicativo de toda a economia e impostos para o setor estadual e, na sua ausência, substituído pelo esquema analítico de opções, diretrizes, objetivos para a elaboração do próprio processo orçamentário em suas diferentes estágios; pelo sistema de gerenciamento de caixa; pelo sistema contábil e estatístico, estruturado para responder aos imperativos do controle da gestão administrativa das instituições públicas e avaliação da política fiscal e em termos mais globais da política econômica.Com o conjunto desses elementos e levando em consideração os esquemas administrativos fundamentais, são organizados os processos de avaliação e controle periódicos das atividades do setor público e, em geral, da economia do país.

Vale ressaltar que as técnicas orçamentárias, nas últimas décadas, visaram criar modelos e sistemas orçamentários baseados em vinculação ao planejamento material, através da prática de orçamentação para programas com mais de um ano de idade; contando com resultados positivos em tudo o que se refere ao processo de formulação e execução, conhecimento e domínio do caráter das funções públicas; análise da organização do aparato estatal e em outros aspectos, etc; considerando também que, nos aspectos relacionados ao controle e avaliação orçamentária, eles não apresentam os melhores resultados; especialmente quando se trata de países que não aplicaram uma transformação progressiva na organização e nos mecanismos financeiros, em cada nível institucional e territorial.

2.2 Etapas no orçamento

O orçamento do estado é preparado, executado e controlado através de um processo chamado ciclo orçamentário; Ocorre em um período não inferior a um ano, no âmbito de um território bem definido e inclui as etapas de: formulação; discussão e aprovação; execução; contabilidade, controle e avaliação

1.- Formulação orçamentária

O orçamento começa com o processo de programação orçamentária, que exige o exame das necessidades que devem ser resolvidas no curto prazo, observando as políticas econômicas orientadas em um programa geralmente de longo prazo. Ele tem o objetivo de definir em detalhes cada um dos componentes e níveis de atividade do governo com o máximo de concretização. Nesse estágio, é realizado um intenso trabalho de negociação e reconciliação de números entre as diretorias setoriais do Ministério das Finanças - em alguns países como Cuba, o Ministério das Finanças - com os Ministérios, organizações e agências estatais.

Quando os valores dos programas e atividades propostos pelos organismos públicos são superiores à magnitude dos recursos disponíveis e estão acima dos valores da diretiva, dirigidos pelo escritório central do orçamento; Eles precisam realizar uma análise dos fatores subjacentes aos aumentos nesses números e determinar uma ordem de prioridades e nível de gastos, com base na importância da atividade, na gravidade das necessidades e compromissos criados pelo governo, uma vez que Haverá um limite de gastos para decidir até que ponto é possível crescer.

A atividade de programação orçamentária requer uma ordem de serviço que inclua as seguintes tarefas: a) definição dos níveis de atividade do setor público basicamente para o exercício fiscal, estabelecendo as prioridades; b) elaboração de um cronograma de trabalho para as unidades administrativas e diretorias orçamento para cada nível de gestão; c) entregar os programas de atividades fundados às autoridades superiores; d) conformar os programas setoriais; e) especificar o orçamento fiscal financeiro; f) apresentar propostas para os indicadores territoriais globais do país, bem como preparar o plano de medidas gerais do governo

As etapas indicadas acima fornecem os elementos necessários para determinar a magnitude dos números para cada atividade a ser realizada pelas instituições governamentais, de acordo com as diretrizes e planos de desenvolvimento econômico previstos a médio e longo prazo. Dessa forma, o nível de atividade definido é transferido para cada órgão público, com a tarefa de serem examinados com base na experiência histórica de seu comportamento, disponibilidade de recursos e problemas prementes da população, consequentemente, procedendo ao ajuste da figuras e objetivos de cada programa, de acordo com as prioridades e possibilidades estabelecidas dos recursos disponíveis; Assim, o primeiro projeto de orçamento é estabelecido.

Posteriormente, os órgãos públicos submetem os projetos do programa à diretoria central de orçamento, que avalia e estabelece as prioridades relevantes. No caso de projetos de investimento, estes devem ser endossados ​​pelo escritório central de planejamento com a correspondente avaliação econômica e técnica. Concluídas essas etapas, o programa de ação do governo global é formado, com base nos programas selecionados, mostrando cada um dos programas de atividades setoriais, como: educação, saúde, estradas, etc. Os programas de investimento aparecem separados do restante das atividades; também é apresentada uma repartição territorial dos números.

A elaboração do orçamento implica o cálculo dos custos de cada objetivo, atividade e programa, especificando em que magnitude seus componentes físicos requerem financiamento para a importação, assim como é necessário determinar os coeficientes de rentabilidade e efetividade esperados da atividade. produtivo e serviços. Com esse pano de fundo, é elaborado o projeto de orçamento do governo, que é submetido ao Congresso Nacional, Assembléia Nacional no caso de Cuba, para discussão e aprovação. Os programas e outras atividades planejadas do orçamento formam um todo único e harmonioso, tanto na elaboração quanto na execução.

2.-Discussão e aprovação

A etapa de elaboração do Orçamento do Estado é centralizada pelo poder executivo, exercendo o trabalho técnico-metodológico na Diretoria de Orçamento-Ministério das Finanças; participando dessas tarefas em todos os níveis de governo e administração, representantes do setor privado de produtores, trabalhadores e diretorias orçamentárias em cada nível da estrutura político-administrativa do país. Corresponde ao Congresso Nacional, ou à Assembléia Nacional em outros países, etc; como instância mais alta do governo, a apresentação, discussão e aprovação final do orçamento. Devido à importância e importância desses documentos para o país, há consenso de que deve ser analisado e enriquecido com novas iniciativas, pelos representantes da Assembléia Nacional, de tal maneira que:que o plano orçamentário satisfaz as aspirações de todos os fatores envolvidos e, em particular, cumpre as aspirações de toda a sociedade.> Nesta fase, o principal papel é desempenhado pelo poder legislativo, que confere ao Orçamento do Estado uma lei.

Ao realizar a discussão do projeto de lei orçamentária, a Assembléia Nacional é obrigada a avaliar o grau de fundamento, a eficiência e a qualidade do trabalho realizado pelos órgãos executivos e a revelar a eficácia da distribuição e administração dos recursos estatais. Observe que a Assembléia Nacional não apenas aprova o exercício do novo período, mas também analisa e aprova a liquidação do período anterior. Por esse motivo, o projeto de documento orçamentário deve ser racionalmente estruturado e apoiado pelas decisões básicas do governo, antes de ser submetido aos legisladores; para que eles conheçam e possam examinar as motivações econômicas, políticas e sociais que presidem os níveis de despesa que devem ser aprovados.

Às vezes, a discussão no Parlamento apresenta dificuldades; por não entender claramente a lógica das demandas reais de alguns serviços públicos e suas implicações socioeconômicas para garantir o desenvolvimento econômico. Em outros casos, alguns legisladores, respondendo a compromissos políticos e necessidades regionais que representam no Congresso, buscam obter alocações adicionais de recursos para investimentos em infraestrutura; melhorias e benefícios para produtores privados ou alguns setores sociais, em detrimento dos objetivos de desenvolvimento, unidade, harmonia do plano geral e da sociedade em particular; afetando regularmente o equilíbrio e a projeção do orçamento apresentado.

Os poderes do Congresso Nacional ou Assembléia Nacional, etc. Em termos de plano e orçamento na América Latina, estão estabelecidos na Constituição do Estado, nos regulamentos das Casas dos Deputados e do Senado e em outros documentos.

3.- Execução

Concluída a discussão parlamentar do orçamento e tornada lei, passa a publicá-lo no jornal oficial Gaceta-, iniciando neste momento o trabalho de execução orçamentária. Para realizar esta etapa, é necessário que as diretorias correspondentes dos Ministérios das Finanças comuniquem a cada organismo central e outras instituições os números e outros detalhes do orçamento aprovado; e estes, por sua vez, realizam a mesma operação em relação a cada uma de suas unidades, com a correspondente discriminação dos conceitos e indicadores de despesas, bem como dos itens, valor e outros detalhes das contribuições. Este trabalho é realizado de acordo com o calendário preparado para esses fins. Geralmente, os números a serem executados no ano são apresentados por trimestres.

A administração financeira é responsável por organizar e executar uma série de ações destinadas a garantir o trabalho eficiente dos funcionários fiscais na arrecadação de impostos e outros tipos de renda, cuidando de sua custódia e da alocação oportuna de programas e atividades planejadas, de acordo com as regras e procedimentos estabelecidos para preservar sua legalidade e eficácia.

É muito comum observar como o tesouro em alguns países se endivida com as instituições fundamentais do setor público por falta de recursos. Assim, por exemplo, quando as contribuições às agências descentralizadas para investimentos econômicos e sociais não são entregues no prazo acordado, isso causa um adiamento em suas operações contratuais, paralisando o cronograma de execução, afetando a data de conclusão, a qualidade e o custo das obras, enquanto no caso dos serviços, força a redução dos programas e a restrição da qualidade e quantidade dos serviços básicos da população. Essa situação geralmente leva à crise fiscal, tornando-se políticas governamentais, com a consequente perda de credibilidade e apoio da população.

Fenômeno semelhante, porém no sentido oposto ao não cumprimento do plano de receita, ocorre com a execução das despesas, uma vez que às vezes sua execução excede os valores aprovados, criando compromissos e obrigações que não contam com suporte financeiro. Essa situação geralmente causa endividamento interno, dificuldades financeiras com credores, conflitos sociais; pode afetar importantes programas de desenvolvimento, etc; com a circunstância agravante de que nem sempre eles recebem a melhor solução para esses problemas. Esse tipo de indisciplina tem origem na demanda insuficiente no controle e fiscalização das alocações financeiras e das despesas reais em relação ao seu nível, contempladas no plano orçamentário das atividades a serem realizadas durante o período do ano.

4. Contabilidade

O governo de cada uma das instâncias da administração é obrigado a verificar a veracidade das operações realizadas na execução do orçamento, nos itens de receita e despesa, a fim de verificar em que medida os diferentes parâmetros indicados são atendidos e consequentemente, introduza os ajustes pertinentes no tempo. A auditoria está em conformidade com o princípio primário de salvaguardar a honestidade dos funcionários públicos, o uso racional dos recursos da sociedade e a legalidade das operações orçamentárias. Outros objetivos foram: a importância de melhorar o nível de eficiência da gestão, aperfeiçoando o sistema de transações financeiras, a fim de direcionar esses recursos para aqueles objetivos que possibilitam a mobilização otimizada de recursos humanos e materiais,com o objetivo de alcançar alta produtividade e uso deles. Não se deve enfatizar que o sucesso do orçamento depende em grande parte do grau de organização, demanda e controle administrativo exercido sobre os índices e parâmetros planejados no processo de execução.

A tarefa de auditar a eficácia do trabalho orçamentário realizado para os diferentes organismos e instituições pode ter caráter interno e externo. O primeiro é realizado pelo órgão financeiro - Fazenda Pública - do Poder Executivo; e o segundo, conhecido como controle de “legalidade e honestidade”, é realizado pelo: Poder Judiciário, Poder Legislativo, órgãos de controle e também opinião pública.

O sistema de contabilidade fiscal cumpre a função insubstituível de registrar todas as transações que surgem no processo de execução das atividades orçadas. Seu objetivo é fornecer informações contábeis e estatísticas para mostrar o grau de conformidade com as metas e objetivos propostos, avaliar o gerenciamento administrativo, medir a disciplina financeira e é usado principalmente como base para a execução de trabalhos de auditoria administrativa e supervisão nas operações atuais. A contabilidade fornece todos os elementos essenciais para avaliar o cumprimento das metas e índices de eficiência do orçamento, fornecendo os julgamentos necessários para projetar os programas de atividades para o próximo período de maneira detalhada e bem fundamentada,constituir uma valiosa ferramenta de gestão para todos os funcionários do governo e executivos da administração financeira, pois permite conhecer e analisar os resultados da administração, em termos de realizações, deficiências, erros, etc; além de dar a possibilidade de tomar medidas para corrigir desvios e melhorar o nível de eficiência em cada ação.

Como já dissemos, a principal função da contabilidade visa garantir o registro, o controle e a auditoria de eventos econômicos reais. Por esse motivo, a estrutura das contas fiscais é tecnicamente preparada para demonstrar o uso correto dos recursos, manter disciplina financeira, detectar peculato, roubo e, portanto, avaliar o grau de responsabilidade exercido pelos administradores e executivos da administração pública.. Vale ressaltar que a qualidade e a melhoria do sistema contábil e seu nível de informatização são a condição sine qua non para passar do sistema orçamentário tradicional para os chamados orçamentos de programas de um ano ou mais.

A preparação e execução do orçamento do estado, em qualquer uma de suas formas, requer uma análise minuciosa dos custos e com vários tipos de classificação das contas de receitas e despesas, o que implica modernizar todo o sistema contábil, para colocá-lo em operação novas técnicas de gestão e planejamento orçamentário, portanto, fornecem informações para a análise do comportamento dos serviços produtivos e improdutivos da administração pública; esses elementos que são essenciais para moldar todos os seus planos; conhecer os resultados financeiros da gestão e mensuração das receitas, despesas e custos da atividade e introduzir procedimentos eficazes para realizar auditoria interna e controle de programas, etc.

5. Controle e avaliação

O significado mais importante no trabalho de contabilização das operações orçamentárias é que elas são usadas para analisar minuciosamente as atividades do setor público e, consequentemente, verificar o nível de eficácia de sua gestão, racionalidade e legalidade na gestão de recursos. do Estado, etc. Esse processo de controle e verificação do uso de recursos é chamado de auditoria orçamentária e apresenta dois tipos diferentes de ação: pré-auditoria e pós-auditoria.

A pré-auditoria é realizada analisando as informações disponíveis fornecidas pelos documentos que atestam o volume das atividades realizadas, o pagamento das obrigações contratadas, os documentos justificativos para o ajuste dos valores devido a erros, omissões ou outros motivos, etc.

A pós-auditoria é realizada analisando e verificando a fidelidade dos documentos e valores correspondentes a cada objetivo e período de execução do orçamento. Inclui os aspectos legais de cada transação, bem como a precisão, qualidade e necessidade das contas registradas. Este trabalho, com poucas exceções, é realizado por um órgão autônomo da administração e suas opiniões sobre os resultados das auditorias.As organizações centrais, globais e de filial normalmente realizam trabalhos de auditoria interna direta, variando de um país para outro. métodos e caminhos para sua implementação.

No entanto, três tipos de pós-auditoria são distinguidos:

a) auditoria tradicional; tem uma natureza legal; é usado para inspecionar a documentação e verificar se as entradas e o nível de receita e despesa correspondem ao planejado e às ordens de pagamento autorizadas. Essas verificações podem ser feitas para todo o universo ou por amostragem.

b) A pós-auditoria, além do acima, pode ser dedicada à análise e avaliação de transações relacionadas às regras administrativas de um serviço. É aconselhável exercê-lo pela alta gerência executiva de cada serviço.

c) A pós-auditoria também pode assumir a tarefa de monitorar a eficiência da gestão administrativa de maneira abrangente, revisando e avaliando o grau de eficácia alcançado na execução dos programas e atividades. A conveniência deste tipo de auditoria é realizada por um órgão consultivo executivo e suas ações são concluídas com um relatório dos resultados aos órgãos executivo e legislativo. Em resumo, o objetivo final da pós-auditoria é fornecer material de análise proporcional, evidência suficiente para demonstrar como os fundos públicos e ativos fiscais estão sendo usados ​​e preservados.

Nos países com algum desenvolvimento no controle das finanças públicas, são observadas três formas oficiais de controle orçamentário: o controle realizado pelo poder executivo, denominado controle interno ou administrativo, através de um órgão de administração independente; o controle exercido pelo judiciário com base na nomeação de um único tribunal com poderes especiais em questões orçamentárias, que em muitos países é conhecido como “Tribunal de Contas”. Sua principal missão é garantir a conformidade com: a legalidade da atividade orçamentária, os princípios contábeis, o destino dos valores atribuídos às despesas, prestando atenção especial às violações das disciplinas de renda. Finalmente, há o controle do parlamentar cuja responsabilidade é assumida pelo poder legislativo,que o exercita primeiro, quando o aprova na fase de discussão nesse nível e depois o faz novamente, para avaliar se o executivo cumpriu os objetivos, parâmetros e princípios orçamentários.

O sistema orçamentário cubano: bases legais

O Sistema Orçamentário Cubano foi instituído pela Lei nº 29 "Lei Orgânica do Sistema Orçamentário do Estado", de 3 de julho de 1980, após a aprovação da Lei nº 73 "Sobre o Sistema Tributário", de 4 de julho de 1980. Em agosto de 1994, surgiu a necessidade de atualizar a Lei nº 29, que levou à aprovação do Decreto-Lei nº 192, da Administração Financeira do Estado, de 8 de abril de 1999, que regulamenta os procedimentos. elaboração, aprovação, execução e liquidação do Orçamento do Estado.

A integração do sistema orçamentário constitui um princípio essencial para a conformação do Orçamento do Estado, integrado por: Orçamento Central, Orçamentos Provinciais, formado pelo orçamento das províncias e dos municípios do país e Orçamento da Segurança Social.

Cada um desses orçamentos está integrado da seguinte maneira:

  • O orçamento central: inclui os orçamentos dos órgãos e agências da Administração Central do Estado, bem como o de outras entidades que mantêm vínculos com esse orçamento, também inclui as transferências feitas para: atividade comercial, provinciais e orçamento da Seguridade Social. O Orçamento Provincial: é composto pelos orçamentos dos municípios e da província correspondente. na legislação atual sobre previdência social, constitui um orçamento independente.

Por outro lado, o artigo nº 12 do mencionado decreto-lei nº 192 estabelece as funções da MFP.

Processo de desenvolvimento do orçamento do Estado

O processo de elaboração do Orçamento começa com o desenho de cenários econômicos, que fornecem os elementos necessários para ditar as diretrizes e diretrizes da política fiscal que servirão de base para a preparação dos projetos de propostas pelos diferentes agentes vinculados ao Orçamento do Estado. Estado.

Nesta fase do processo, que começa nos meses de abril a maio do ano anterior ao projetado e termina em junho, são feitas conciliações com o órgão de planejamento (MEP) e as organizações do ramo (MINED, MINSAP, MTSS, MINCULT, INDER, MINBAS, MINAZ, MINAGRI, etc.), a fim de desenvolver cenários o mais próximo possível da realidade.

Nesta fase, trata-se de alcançar os objetivos da inter-relação da política fiscal com a política econômica, com relação aos principais indicadores macroeconômicos que definirão o comportamento da economia do país: política de emprego, níveis monetário, social, produtivo e econômico. produtividade do trabalho, entre os fundamentos.

Com base nos resultados da análise desses cenários econômicos e na preparação de alternativas de recursos financeiros a serem obtidos e despesas a serem executadas, o Comitê Executivo do Conselho de Ministros emite as Diretrizes Gerais para a elaboração do Projeto de Orçamento Preliminar.

As diretivas gerais são posteriormente complementadas pela preparação pelo MFP das diretivas específicas.

As Diretivas Gerais e Específicas são enviadas aos Chefes de Organismos da Administração Central do Estado e de outras Entidades Nacionais e aos Presidentes dos Conselhos de Administração Provinciais e ao Município Especial de Isla de la Juventud. Desde a elaboração do Orçamento do Estado para o ano de 2004, foi dito a cada organismo, órgão ou entidade nacional que eles deveriam elaborar Diretrizes Específicas para suas entidades subordinadas, para que cada entidade econômica vinculada ao Orçamento tivesse responsabilidade em o processo de fazê-lo.

Os órgãos, agências, associações ou organizações vinculadas ao Orçamento do Estado preparam suas respectivas propostas preliminares de orçamento e as apresentam à MFP em setembro.

O MTSS prepara o Projeto de Orçamento proposto para a Seguridade Social e o apresenta ao MFP.

O MFP, com base nas propostas de projetos preliminares recebidos dos órgãos, agências, associações ou organizações e com os ajustes que possam ser necessários para introduzir após o processo de discussão com eles dos orçamentos apresentados, é preparado o Projeto Preliminar do Orçamento do Estado.

No mês de novembro, o projeto elaborado do Orçamento do Estado é apresentado ao Comitê Executivo do Conselho de Ministros, que, após sua avaliação e análise, concorda em sua subsequente apresentação à Assembléia Nacional do Poder Popular. Na sessão ordinária do mês de dezembro de cada ano, o Projeto do Orçamento do Estado é apresentado e discutido, após discussão e análise nas sessões das Comissões Permanentes de Trabalho, na Sessão Plenária da Assembléia Nacional, sua aprovação é feita como Lei.

Todo esse processo é regulamentado pela Res. No. 180-03 "Cronograma para a preparação do anteprojeto de orçamento" da MFP.

Aspectos fundamentais levados em consideração na elaboração do cenário econômico e das diretrizes de política fiscal

Ambiente macroeconomico

Considera o comportamento da economia até março do corrente ano, considerando sua taxa de crescimento em relação ao ano anterior e a série histórica de despesas.

Comportamento do setor externo e disponibilidade de divisas, que é a restrição fundamental para impulsionar nosso desenvolvimento econômico, mostrando o comportamento da balança comercial, bem como o comportamento dos preços externos dos principais rublos exportáveis

É dada atenção especial ao preço externo do petróleo bruto importado e de bens alimentares (leite, trigo, petróleo, alimentos, etc.)

Comportamento esperado do PIB

Considerando o comportamento esperado do PIB (é calculado pelo MEP), são definidos indicadores globais e restrições de política fiscal para o próximo período orçamentário.

Os cálculos do PIB são fixados a preços reais e constantes usando fatores de deflação ou de ajuste para este último.

Gasto público

Com base nos pressupostos dos cenários econômicos, estima-se o comportamento das despesas totais, definindo a magnitude dos aumentos.A experiência dos últimos anos indica que a execução dos primeiros meses do ano permite prever com certa segurança os resultados anuais.

1- Despesas atuais da atividade orçamentada: devem ser identificadas com a política de desenvolvimento estabelecida nos diferentes setores, principalmente para serviços socioculturais e previdência social. Eles reconhecem as despesas previstas nos projetos de continuidade e as que são incorporadas.

2- Transferências para o setor empresarial do estado: Os recursos que o Orçamento alocará para a atividade comercial, podem ser transferências atuais ou transferências para despesas de capital.

Transferências atuais:

  • Subsídio por diferença de preço Subsídio para produtos Subsídio para perdas Transferências para plantas desativadas Transferências para plantas paralisadas Outros

Transferências para despesas de capital:

  • Investimentos materiais Capital de giro Desenvolvimento da cana Promoção do tabaco Outros

3- Despesas de capital: Os valores são calculados considerando programas de investimentos em atividades sociais, planos de construção de moradias e outros objetivos estratégicos, necessidades de reparos gerais nas entidades e outros interesses do Estado.

Determinação de recursos financeiros

O comportamento do índice de elasticidade da renda total versus o PIB nominal e a tendência de crescimento da arrecadação são levados em consideração para o ano planejado nos últimos anos.

Também são analisadas as possibilidades de expansão das bases tributárias estabelecidas pela regulamentação legal de acordo com a dinâmica da economia.

A projeção de recursos financeiros também leva em consideração a estrutura das receitas tributárias e não tributárias, especificando as características de cada conceito.

Receitas tributárias: baseiam-se na aplicação da Lei nº 73 do Sistema Tributário que estabelece os princípios gerais de tributação, com 11 impostos, uma contribuição e 3 alíquotas:

Impostos:

  1. Serviços públicos Renda pessoal Vendas especiais de produtos Serviços públicos A propriedade ou posse de certos bens Transporte terrestre A transmissão de bens e serviços Documentos O uso da força de trabalho O uso e exploração de recursos materiais e a proteção do meio ambiente.

Contribuição:

  1. Para Segurança Social

Taxas:

  1. Portagem Prestação de serviços Apresentação de anúncios e propaganda comercial

Renda não tributária: inclui transferências e outras receitas.

  1. Magnitude das margens de déficit fiscal e cobertura

A magnitude do déficit fiscal é predeterminada como resultado da perspectiva dos gastos públicos e da quantidade de arrecadação projetada.

De 1996 a 2001, o saldo do déficit fiscal foi mantido em correspondência com o crescimento da economia, garantindo sua estabilidade em magnitude abaixo de 2,5 do PIB. Desde 2002, dadas as difíceis condições em que a economia cubana se desenvolveu, decorrente dos eventos terroristas de 11 de setembro, da crise econômica mundial e da intensificação do bloqueio, o déficit resultante dos últimos exercícios fiscais excedeu um pouco 3% do PIB, definido como diretriz de política fiscal.

  1. Diretrizes de política fiscal

As diretrizes de política fiscal para o ano orçamentário estabelecem as metas de cobrança e o volume de gastos públicos, correntes e de capital a serem financiados e incluem as medidas que devem ser aprovadas para manter o equilíbrio orçamentário.

Os desvios que podem surgir e a magnitude da Reserva Central do Orçamento são discutidos para cobrir possíveis medidas imprevistas. O equilíbrio das relações financeiras com a população também é necessário para determinar a liquidez desta.

Outro aspecto importante que é calculado é o saldo das operações atuais e sua relação com o financiamento das despesas de capital.

Classificadores de receita e despesa

Todos os recursos e despesas devem ser classificados, codificados e agrupados de maneira lógica, o que facilita e padroniza os registros orçamentários e contábeis e permite uma fonte de informações que permita a avaliação e análise dos resultados e sua comparação com planejado e efetivamente executado em anos anteriores, para tomada de decisão em diferentes níveis de governo, em cada uma das fases do processo (preparação, aprovação, execução e controle)

É por isso que os seguintes Classificadores são usados ​​em nosso orçamento:

  • Classificador de Atividades Econômicas (CAE): É de responsabilidade do Escritório Nacional de Estatística (ONE), no qual são definidos os códigos das Agências e Subagências da economia. Além disso, os códigos das entidades do país compostas por três dígitos. Exemplo: 241: Ministério da Saúde Pública. Classificador por Objeto de Despesas (aprovado pela Resolução nº 32-97 do MFP), os conceitos de gasto público são definidos de acordo com sua natureza econômica, classificados por subseções, títulos e itens. Classificador de Recursos Financeiros do Orçamento do Estado: Classifica em seções, capítulos e parágrafos os rendimentos gerados pelas entidades de acordo com sua subordinação Classificador de Despesas Correntes do Orçamento do Estado por Grupos Orçamentários44-03 da MFP), que estabelece uma classificação por setores, filiais e grupos orçamentários das despesas de atividades econômicas.

Os grupos de orçamento são divididos em:

  • Grupos comuns: quando a despesa corresponde a uma atividade que pode ser realizada em diferentes ramos. Seu código de grupo é semelhante em qualquer ramo. Por exemplo, reparos e manutenção construtivos (53), o grupo 110153 corresponde a reparos e manutenção construtivos realizados em centros de educação infantil, ensino fundamental e médio Grupos padronizados (N): quando há um nível tangível de atividade, que torna possível vincular a entrada por unidade. Os referidos grupos concentram-se basicamente na atividade de comunidade, educação e saúde, por exemplo, quando são estabelecidas relações entre despesas e inscrição, ou entre despesas e dias do paciente. O estabelecimento de padrões de custo unitário e sua comparação com os custos unitários reais incorridos,permite uma análise muito mais eficiente da eficiência Grupos específicos (E): quando a atividade é exclusiva do ramo, por exemplo, o grupo de escolas primárias é exclusivo do ramo de pré-escola, ensino fundamental e médio. Identifica propósitos ou programas semelhantes. Grupos não regulamentados: quando não é possível identificar um nível adequado de atividade que vincula a entrada com os gastos. Grupo puro: quando a atividade fundamental está concentrada e o grupo orçamentário é único, portanto que adquire o nome da filial. O grupo puro é identificado com o código 51 e existe nos ramos que não possuem grupos específicos, embora nos últimos anos esse grupo tenha desaparecido dos diferentes ramos, à medida que surgiram programas dentro deles que exigem planejamento e controle independentes.A existência do grupo puro em um ramo não exclui a de grupos comuns.

Preparação do orçamento nas unidades orçadas.

Unidades orçamentadas são aquelas entidades ou atividades cujo objetivo corporativo é a prestação de serviços sociais e onde o resultado de sua gestão econômico-financeira não é mensurado pela obtenção de um certo nível de rentabilidade, mas pela eficácia e eficiência dos gastos públicos.. Eles são classificados em:

Puro: O Orçamento do Estado financia totalmente suas despesas e a receita gerada é totalmente contribuída para o Orçamento Central.

Aqueles que financiam parcial ou totalmente as despesas com sua receita: a primeira; a receita que eles geram não cobre todas as suas despesas; portanto, o Orçamento financia a diferença resultante por meio de uma alocação de recursos, e o segundo financia todas as suas despesas com a receita que eles geram e contribui para o Orçamento Central os recursos financeiros do resultado positivo que eles obtêm no final do ano. Eles trabalham com um limite de despesas.

Aqueles de Tratamento Diferenciado: São unidades que, para o interesse do Estado, não se tornarão empresas no curto e médio prazo; portanto, tratamentos específicos foram estabelecidos de acordo com suas próprias características, podendo ser financiados parcial ou totalmente. Eles trabalham sem limite de despesas.

Através da Resolução nº 295-03 do MFP, que efetua a Metodologia Geral para a Preparação, Notificação e Desagregação do Orçamento do Estado, são estabelecidos os seguintes modelos de preparação do orçamento para as unidades orçadas:

Modelo PAPNU: Cálculo das Regras Unitárias de Despesas: Constitui a base para o cálculo das despesas a serem planejadas correspondentes aos grupos regulados, sendo apenas para o uso dessas unidades.

Modelo PAP-1: Cálculo do anteprojeto do orçamento das unidades orçadas: este modelo constitui a base de cálculo de cada um dos objetos de despesa; portanto, as unidades orçadas e as diretorias municipais de finanças e preços executam seu orçamento, o que será ativado por linhas para cada uma das epígrafes e itens selecionados, para o total da Filial e para os grupos de orçamento.

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Controle de gastos públicos em Cuba