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Tendências na gestão da cadeia de suprimentos

Anonim

A complexidade dos negócios leva as empresas a considerarem novas estruturas na Cadeia de Suprimentos, o que é denominado Supply Chain Management (SCM). É levantada a necessidade de troca de informações e integração das diferentes partes do CS.

O SCM preconiza a sincronização das etapas de compra, produção, armazém e distribuição.

Esta é uma vantagem competitiva para quem a assume. As empresas buscam uma solução abrangente para seus problemas por meio do SCM, contando com Tecnologia da Informação.

A integração com o SC pode fornecer aumento de lucro por meio do aumento da qualidade do produto, disponibilidade do produto e melhor atendimento ao cliente.

A importância da Tecnologia da Informação (TI) para a gestão de sistemas de informação que atendam às diferentes necessidades de toda a SC são fundamentais no estudo das diferentes tendências hoje existentes. O maior problema está nas diferentes normas nacionais que devem ser harmonizadas.

Observa-se também que o SCM tem nos últimos tempos alguns requisitos de E-Commerce que levam as empresas de logística a considerarem novas estratégias. Para competir no E-Commerce, as empresas precisam padronizar seus processos de negócios. Permitir que cada afiliada conduza seus negócios de acordo com os padrões de cultura corporativa local é altamente caro e ineficiente.

Tradicionalmente, a integração do CS envolvia a troca de informações e materiais entre as diferentes funções de uma empresa. Hoje, com as novas tecnologias, surgem novos vínculos entre empresas e a integração pode ser chamada de troca de informações entre parceiros em uma CS.

Em vez de tomar decisões separadamente, as decisões serão tomadas em conjunto. A chave para alcançar a integração está na maneira como os investimentos em TI são implementados. A implementação ótima é aquela em que a nova tecnologia é introduzida ao mesmo tempo em que a empresa desenvolve sua estratégia na SC, revisando sua capacidade organizacional e implementando a mudança.

Ou seja, uma implementação simultânea da nova mentalidade e TI que permitirá colocar em prática as novas ideias, ou o que é, uma implementação paralela de soluções de TI e soluções de negócio. Isso requer muita coordenação e colaboração de todos os membros da organização. De nada serve instalar aplicativos revolucionários na gestão do CS se os interessados ​​não souberem utilizá-los da melhor forma.

De todas as frentes que analisei, essa relação da cadeia de suprimentos com as tecnologias de informação se fortalece, como forma de estabelecer vantagens competitivas fundamentais no desenvolvimento do negócio.

É palpável na maioria dos estudos o conceito de que as organizações mais bem-sucedidas construíram uma cultura colaborativa interna, afastando-se de velhas estruturas centralizadas.

As empresas precisam revisar seus recursos e identificar as diferenças que existem entre esses recursos atuais e os recursos que eles precisam possuir. São basicamente quatro:

  • Alinhamento das próprias estratégias de SC com a estratégia de negócio completa Competência tecnológica Capacidade de se afastar das operações em sites funcionais Adotar uma orientação real para o processo e capacidade de mudança combinada com a capacidade de institucionalizar a mudança.

Empresas, através da adoção de uma estratégia de integração da cadeia de abastecimento.

Uma estratégia de integração CS deve combinar oito princípios fundamentais:

  • Segmente os clientes com base nas necessidades de serviço.

Desta forma, as empresas podem controlar o custo dos níveis de serviço e antecipar os benefícios de cada grupo de clientes (grande importância da TI).

  • Planeje de acordo com os sinais de demanda do mercado Desenhe e Diferencie sempre tendo o cliente em mente. Já não é vantajoso oferecer produtos e serviços padronizados, mas sim flexibilidade na concepção de produtos e processos que permite a diferenciação com base nas exigências do mercado Produção ligada ao cliente Fornecimento estratégico. Tradicionalmente, os suprimentos de menor custo eram buscados na busca por economias de escala. Hoje estamos em busca de respostas rápidas e de melhor qualidade Adaptar a rede logística ao consumidor.

As redes logísticas devem se adaptar às necessidades do serviço, beneficiando os segmentos de clientes. Isso cria redes em vários níveis, oferecendo serviços a segmentos específicos.

  • Estratégia Tecnológica para todo o SC.

Os sistemas tradicionais eram independentes para cada uma das funções, não havendo relação entre elas.

  • Ações coordenadas para todo o SC.

A terceirização de serviços em todo o SC assume um caráter fundamental; Diante da internacionalização, as empresas fazem alianças para a distribuição de seus produtos. Em princípio, eles afirmam estar prontos para assumir a aliança com a Third-Party Logistics (3PL), mas reclamam que não existem empresas de logística fortes que atendam às suas necessidades de globalização oferecendo uma ampla gama de serviços além das fronteiras nacionais. O desenvolvimento generalizado dos 3PLs passa pela definição das necessidades e expectativas dos seus potenciais clientes, para os quais é importante estreitar relações, falar e trabalhar com eles, na perspetiva de criação de valor acrescentado e elevados padrões de qualidade no serviço muito diferenciado. Por tudo isso, meu projeto final de graduação é baseado no 3PL, desde hoje,Os contratos com fornecedores de logística são em sua maioria limitados às atividades de transporte e armazenamento, mas a necessidade de integração SC obriga esses fornecedores a mudar suas estruturas de negócios e, deste ponto de vista, a Logística de Terceiros é uma peça fundamental.

Porém, em todas as correntes de pesquisa nota-se que a adoção de uma estratégia de terceirização acarreta uma série de consequências.

Dentre eles, a exigência de controle de qualidade dos serviços prestados pelos novos parceiros é considerada um imperativo estratégico.

Os conjuntos ou componentes que são adicionados ao produto afetam seu custo, qualidade e utilidade, e o mesmo pode ser dito das atividades de agregação de valor por meio do projeto, transformação e outros processos de engenharia.

De nada adianta uma organização tentar criar produtos com valor agregado e alto padrão de qualidade, se seus fornecedores ou distribuidores não estiverem atuando na mesma direção. A imagem do produto que chega ao consumidor final será distorcida pela falta de controle em qualquer etapa do processo. Em conclusão, este fato reforça mais uma vez a necessidade de coordenação em todos os níveis entre os participantes do CS.

Os fornecedores devem trabalhar com os compradores para determinar as partes do processo que podem ser realizadas de forma mais eficiente e eficaz, dada sua capacidade de produção.

Os compradores devem se preocupar em monitorar continuamente a qualidade que seus fornecedores estão oferecendo, estendendo certificações, oferecendo recompensas, estabelecendo metas agressivas de melhoria, ajudando a desenvolver suas capacidades e envolvendo-os no processo de produção.

Embora essa prática ainda não tenha se disseminado, algumas empresas líderes estão firmando contratos de terceirização com um único fornecedor, o chamado “Sole Sourcing”.

Destacam-se as economias de custo e tempo, além de outras vantagens, como o maior controle do processo de terceirização e a possibilidade de concentrar todas as energias da organização em suas competências genéricas. Num processo de outsoucing em que a empresa vai ao mercado em busca de fornecedor competitivo, normalmente é realizada uma RFP (Request for Proposal), com um grande dispêndio de recursos humanos e monetários, e uma perda de precioso tempo para o dedicar a própria atividade. Quando uma empresa adota uma estratégia de Sole Sourcing, é elaborada uma RFI ou Request for Information, o que simplifica os procedimentos com uma economia considerável e a vantagem de que o processo pode ser realizado de forma confidencial.

A RFI permite que as empresas comparem fornecedores com base em tecnologia, recursos, processos e referências, até encontrar o candidato ideal. Com este único fornecedor, o relacionamento se torna mais próximo e aprofundado, com uma visão comum de futuro para os dois parceiros.

A integração do CS introduz o conceito de outsourcing estratégico e com ele surge uma nova figura dentro da organização: o Chief Resources Officer (CRO), cuja função é gerir o outsourcing.

A adoção de uma estratégia de terceirização representa um número impressionante de serviços, contratos, relacionamentos e riscos e benefícios globais que precisam ser gerenciados ativamente por um indivíduo ou grupo com habilidades de liderança. O CRO configura-se como o ponto de ligação entre toda a estratégia, implementação e gestão das relações com os parceiros subcontratados. Pela natureza da sua função, o CRO deve possuir um conjunto de competências, tais como: experiência na gestão de diferentes negócios; experiência em gestão de custos, projetos, negociações de contratos; consciência política e cultural; imaginação e saber adaptar-se confortavelmente às mudanças. O CRO passa a ser a chave para o sucesso de uma relação de outsourcing, pois irá controlá-la e coordená-la durante toda a sua duração.O CRO também tem outra função: encontrar novos parceiros e acordos nos mercados em que sua empresa deseja entrar.

O armazenamento é generalizado na cadeia de produção / distribuição: por um lado, as estratégias de postergação causam o atraso na produção, montagem ou desenho dos produtos até que o pedido do cliente seja recebido. Para a execução eficiente desses processos será necessário ter uma perspectiva global do CS.

Acho que no estudo dessa estratégia poderia haver um campo de pesquisa, no sentido de que todo o processo poderia ser melhorado se fosse estudada uma nova estratégia que reduzisse ainda mais esse tempo.

O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos também torna o sistema JIT geral e as estratégias são adaptadas para fazê-lo funcionar. Um deles, a implantação de Centros de Consolidação em poder de terceiros que combinam o transporte de mercadorias de diversos fabricantes. O movimento contínuo de mercadorias reduz os custos de estoque e depósito.

Uma parte fundamental do novo SCM é o chamado CMR ou Customer Relationships Management. O objetivo é a interação total com o cliente em todos os níveis. As informações fornecidas pelo CMR servirão para entender melhor suas necessidades e poder criar produtos e serviços adequados para satisfazê-las. O cliente está assim integrado no SC, e como parte fundamental deste. O CS adquire uma estrutura bidirecional e não apenas unidirecional: o fluxo de informações deve circular no sentido ascendente por todo o CS.

Para conseguir a sincronização e integração do SC preconizada pelo SCM existe um importante aliado: soluções ERP (Enterprise Resources Planning) que permitem às diferentes divisões de uma empresa, e desta com os seus fornecedores e distribuidores, partilhar informação.

A função de um ERP é gerenciar dados transacionais e manter arquivos onde esses dados aparecem.

O principal problema com esses aplicativos é que seu foco é claramente interno: eles se concentram nas operações internas de uma organização. Isso é insuficiente ao procurar ferramentas que facilitem a integração com todos os parceiros SC.

Os fatores de sucesso de uma solução ERP moderna são: envolvimento e apoio da gestão, através da motivação e formação dos utilizadores finais; identificação das necessidades específicas da empresa para que o sistema as possa satisfazer; tempos mínimos de implantação e adaptação contínua. Um bom sistema ERP precisa ter conexões com sistemas de execução de produção, SCM e sistemas de planejamento avançado, gerenciamento de dados de produtos e sistemas de configuração de vendas, sistemas de busca avançada e sistemas de CRM. Empresas como a SAP fornecem os pacotes de software com algum sucesso. Esta empresa está obtendo contratos de exclusividade com importantes empresas multinacionais. Um dos serviços que oferece é o “mySAP.com”, uma aplicação ERP através de um portal na Internet.

Cada utilizador tem uma página inicial adaptada à função que desempenha, devendo apenas seguir os passos que esta indica, de acordo com o que definiram como “melhor prática” ou melhor prática.

Toda uma nova terminologia ligada ao E-Commerce surge com força cada vez maior: B2B, ou business-to-business, para se referir aos negócios realizados de empresa para empresa; e B2C, ou business-to-consumer, ou seja, a operação realizada com o consumidor final.

Os requisitos de ambas as empresas são muito diferentes. O B2C está em um nível de implementação mais alto do que o B2B. Este último tem um papel importante a desempenhar na integração do CS. Existem iniciativas de portais de comércio B2B entre diversas empresas com o objetivo de melhorar suas transações comerciais. Os serviços fornecidos por esses portais podem variar de oferta de produtos, aquisições, vendas, gerenciamento de pedidos online, colaboração, serviços financeiros, etc. `Transora.com´ é um exemplo desses portais, e foi criado por cinquenta grandes empresas de alimentos, bebidas e bens de consumo.

O exposto é apenas mais um exemplo da importância que a TI está adquirindo na gestão da cadeia de suprimentos e das sinergias existentes entre SCM e E-Commerce.

Devo também mencionar o novo conceito que está começando a surgir nos ambientes de negócios de hoje: Fourth Party Logistics ou 4PL.

Empresas e fornecedores criam um novo tipo de relacionamento ou aliança. A 4PL é uma integradora da SC: assessora, projeta, constrói e executa soluções globais, combinando sua própria experiência com a de prestadores de serviços complementares. O 4PL representa a evolução do SCM, combinando as capacidades dos 3PLs, provedores de serviços de tecnologia e gerentes de processos de negócios para criar soluções válidas para toda a organização.

O conceito 4PL difere do conceito tradicional de terceirização de duas maneiras: por um lado, oferece uma solução global; por outro lado, oferece valor mensurável e sustentado, graças à sua capacidade de influenciar todo o CS. Tradicionalmente, os 3PLs se concentram em questões operacionais, como implementação e execução, enquanto os gerentes e consultores se concentram na extremidade estratégica das soluções de SC.

Mas o 4PL pode oferecer soluções globais, coordenando os quatro níveis de trabalho na SC:

  • Invenção: sincronização do planejamento e execução das soluções através do SC, permitindo a colaboração entre seus participantes. Transformação: concentração em funções específicas como vendas, planejamento de operações e gestão de distribuição. Implementação: realinhamento de todo o processo de negócio, integração de tecnologia e transferência de operações para 4PL. Execução: O 4PL realiza suas tarefas operacionais para as múltiplas funções e processos do CS.

Com tudo isso, o 4PL aproxima a organização da integração, alcançando os benefícios que isso acarreta, como valor para o acionista por meio do crescimento dos lucros, redução dos custos operacionais, menor capital de giro e redução do ativo imobilizado.

Quem são os 4PLs? Um grande número de firmas de consultoria afirma que não podem se enquadrar na categoria de afretadores ou 3PLs, já que nenhuma delas é capaz de fazer o trabalho de SCM sozinhas. Apenas consultores, atuando como 4PLs, têm a experiência necessária para gerenciar recursos, tecnologia e processos.

3PLs não podem alcançar as eficiências e economias desejadas em SC porque carecem da combinação ideal de tecnologia, capacidades de armazenamento e serviços de transporte, e o 4PL está na melhor posição para integrar diferentes serviços de logística.

Essas afirmações geram polêmica entre as empresas de logística. Embora seja verdade que os consultores têm desenvolvido tarefas que os aproximam do que significa o conceito 4PL, os 3PLs afirmam que devem ser as partes que selecionam a tecnologia e a implementam. A única função que os consultores ainda não assumiram é a de gestão dos fornecedores logísticos e da operação do próprio SC. A questão é: quem pode organizar melhor os 3PLs e a função SC: consultores ou gerentes de organizações? Provavelmente, há mais de uma resposta para essa pergunta. De qualquer forma, a criação de novos modelos 4PL poderia ser interessante como linha de pesquisa, já que atualmente há poucas pesquisas sobre o assunto.

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