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Medição da gestão da manutenção na empresa

Índice:

Anonim

O trabalho apresenta uma metodologia para o desenho de um indicador geral de avaliação do Nível de Gestão da Manutenção em uma empresa, para o qual, primeiramente, é elaborado um ranking dos indicadores-chave para esse fim de acordo com sua influência na tomada de decisão. usando trabalho de grupo (especialistas) e usando o método Saaty AHP.

Tudo isto com uma visão pró-ativa da atividade de controlo da Gestão da Manutenção, contribuindo para a obtenção de uma maior eficiência e eficácia deste processo e para a melhoria contínua das ações da organização.

1. introdução

A manutenção é uma disciplina integradora que garante a disponibilidade, funcionalidade e conservação dos equipamentos, desde que aplicada de forma correta, a um custo competitivo. Hoje, a manutenção está destinada a ser um dos pilares fundamentais de qualquer empresa que se respeite e se considere competitiva. Dentre as várias formas de conceituar a manutenção, aquela que parece ser a mais atual, e ao mesmo tempo mais abrangente, é aquela que a define como “o conjunto de atividades que visa garantir, ao menor custo possível, a máxima disponibilidade dos equipamentos de produção; visto isso através da prevenção da ocorrência de falhas e da identificação e sinalização das causas do mau funcionamento do equipamento ”.

No início de qualquer processo de Melhoria, seja a nível pessoal ou organizacional, é necessário, numa primeira fase, tomar consciência da realidade e, posteriormente, definir os objetivos a atingir. Entretanto, uma vez iniciado o processo, é necessário acompanhar a evolução alcançada, através de observações e comparações ao longo do tempo, de parâmetros que definam claramente o grau de qualidade desse desempenho, verificando, sem subjetivismo, se foi melhorado com em relação ao início do período.

Por que avaliar e controlar a gestão da manutenção nas empresas? Simplesmente porque é preciso saber o quão eficiente é a aplicação da política de manutenção que foi planejada para o ambiente produtivo da empresa.

Essas informações nos permitem agir com rapidez e precisão nos fatores fracos de nossa manutenção. Uma boa política de controle e avaliação da gestão da manutenção na empresa resulta da implementação, estudo e análise de um pacote de indicadores.

Um número relativamente grande de índices tem sido sugerido para monitorar seu desempenho, com resultados nem sempre consistentes. Na realidade, a quantidade de indicadores divulgados pela bibliografia especializada para esse fim torna-se um pouco confusa, principalmente se não houver cultura quanto à sua utilização na empresa.

É evidente que ao selecionar os “poucos” índices que melhor descrevem o desempenho da manutenção, é imprescindível levar em conta a concepção moderna da atividade de manutenção, essencialmente ligada aos seus objetivos, ou seja, o que lhe está relacionado. se espera.

Atualmente, a tomada de decisão quanto ao desempenho dos sistemas de manutenção é indiscutivelmente um aspecto de primeira ordem a ser resolvido, pois garantindo-se o mesmo, não apenas a adequada avaliação e controle da gestão da manutenção com vistas a alcançar a sua melhoria contínua, mas também a obtenção de uma maior disponibilidade das capacidades produtivas instaladas na entidade em estudo; visto que, na prática, o processo de tomada de decisão nesta área é dificultado pelo facto de estar disponível um amplo leque de indicadores propostos a este respeito sem uma definição clara do grau de importância de cada um deles na avaliação da influência do atividade de manutenção no objetivo da organização.

O objetivo geral prosseguido neste artigo consiste em definir os indicadores-chave para a avaliação do desempenho da atividade de manutenção, bem como a sua classificação de acordo com o seu nível de influência no processo de tomada de decisão.

2. Os indicadores de manutenção

No início de qualquer processo de melhoria, seja ao nível das pessoas ou das organizações, é necessário, numa primeira fase, que se adquira a consciência da realidade e, posteriormente, que sejam definidos os objetivos a atingir e os meios para o fazer.

Entretanto, uma vez iniciado o processo, é necessário acompanhar os avanços alcançados, através de observações e comparações, ao longo do tempo, de parâmetros que definam claramente o nível de qualidade do desempenho organizacional, verificando, sem subjetivismo, se foi melhorou ou não em relação à situação inicial.

No que diz respeito à atividade de manutenção em uma empresa industrial, a necessidade desse procedimento é muito mais reconhecida. Uma variedade relativamente grande de indicadores tem sido sugerida para monitorar seu desempenho, com resultados nem sempre consistentes.

Seria difícil compreender o estudo realizado nesta seção sem antes fazer uma pausa na análise da seguinte definição:

Indicador ou Índice: É um parâmetro numérico que fornece informações sobre um fator crítico identificado na organização, nos processos ou nas pessoas quanto às expectativas ou percepções dos clientes em termos de custo-qualidade e prazos.

Os indicadores têm sido tradicionalmente vistos de forma reativa, ou seja, utilizando-os para olhar para trás com vistas ao planejamento para o futuro, porém, foi provocada uma mudança neste sentido que visa utilizar indicadores com uma visão proativa, ou seja, para a tomada de decisões. no futuro, gerenciando-os.

As características fundamentais que os indicadores de manutenção devem atender, sempre de olho no que se quer alcançar com a manutenção industrial, são as seguintes:

  • Poucos, mas o suficiente para analisar a gestão. Claro para entender e calcular. Útil para saber rapidamente como as coisas estão e por quê.

    É por isso que os índices devem: Identificar os principais fatores de manutenção e seu impacto na produção. Fornecer os elementos necessários que permitam uma avaliação completa da atividade em questão. Estabeleça um registro de dados que permita seu cálculo periódico. Estabeleça um plano ou defina valores que determinem os objetivos a serem alcançados. Verifique os objetivos propostos comparando os valores reais com os valores planejados ou pretendidos. Facilitar a tomada de decisões e ações oportunas diante dos desvios que surgirem.

Como sugestão para a análise dos índices, pode-se apontar o seguinte:

1. A análise não deve apresentar conclusões especulativas. As variações para melhorar ou piorar devem ser tomadas como sintomas que foram discutidos conjuntamente entre os departamentos de controle e execução e podem indicar a necessidade de alteração dos métodos de trabalho.

2. Antes de emitir comentários sobre os resultados da análise do índice, o órgão de fiscalização deve certificar-se de que os dados que os originaram são fiáveis.

3. A análise deve conter observações negativas que devem ser acompanhadas de sugestões de alternativas de melhoria que devem ser discutidas com os supervisores da área de execução de manutenção antes de serem registradas no relatório de análise.

4. É válida a colocação de valores comparativos, entre diferentes períodos ou valores médios obtidos no ano anterior, para apreciação dos resultados das provisões de gestão, tomadas com base em análises anteriores.

5. Estabelecer metas de melhoria dos índices, em conjunto com a área de atuação.

É importante, para trabalhar com os indicadores, ter em mente os erros ou defeitos mais comuns que tenham ocorrido nos locais onde se trabalhou neste sentido, são os seguintes:

  • Seleção inadequada dos índices, excessiva em número e não classificada. Definição insuficiente e confusa que causa diferentes interpretações e / ou cálculos. Pouca ou nenhuma identificação da relação entre o índice e os fatores críticos. Sistemas de recolha de dados inadequados para o cálculo dos índices, cálculos errados e / ou obtidos com atraso, com os quais se perde a aptidão e velocidade de ação. Falta de estabelecimento de valores objetivos e dificuldades na obtenção de informações adequadas. Falta de controles sistemáticos. Atraso na tomada de decisões.

Os índices de controlo na gestão da manutenção devem ser diferenciados em termos de volume e características, estando esta diferenciação sujeita aos níveis de gestão da entidade. A eficácia da função de manutenção é difícil de medir de forma isolada, uma vez que as suas ações não podem ser consideradas independentes, mas sim enquadradas em equipas de trabalho e relacionadas com outros departamentos.

Dentro da aplicação, execução e controle de um sistema de manutenção existem diferentes etapas, que podem ser medidas através da citação de diferentes índices (intervenção, defeitos, forças de trabalho) que na sua determinação permitirão analisar o desenvolvimento do sistema aplicado. Com base nas informações fornecidas por esses índices como forma de controle, a qualidade da manutenção realizada pode ser determinada e, assim, as deficiências do sistema podem ser corrigidas.

Há um grande número de autores que se interessaram em tentar resolver os problemas de controle de manutenção, dado o importante papel que a manutenção desempenha em diferentes empresas. Um dos principais documentos sobre o assunto é o de Tavares, onde levanta uma série de indicadores que se dividem em quatro grupos fundamentais.

Outros autores além de coincidências com Tavares também propõem outros índices como Confiabilidade Operacional, Utilização, Capacidade de Manutenção, Tempo Médio de Vida, série de elementos primários com os quais pode-se calcular um importante conjunto de indicadores para melhor controle da manutenção, entre outros.

3. Determinação do Nível de Gestão de Manutenção na empresa

Partindo da hipótese de que existe um conjunto de indicadores através dos quais é possível realizar uma avaliação do estado de manutenção e que a melhoria destes índices eleva o nível de excelência na gestão da manutenção e que por sua vez essa melhoria tem um impacto positivo sobre o resultado econômico da empresa, é que todas as etapas necessárias para definir e determinar o Nível de Gestão da Manutenção (NGM) são desenvolvidas nesta seção.

3.1 Determinação de um padrão de gerenciamento de manutenção e seu estado desejado

Para desenvolver esta seção, duas etapas são usadas:

1. Selecione a partir de um grande conjunto de índices, os principais para medir o desempenho do gerenciamento de manutenção.

2. Caracterização dos índices (fatores) que medem o nível de gestão da manutenção.

3.1.1 Estabelecimento do conjunto de indicadores para medir o nível de gestão da manutenção

Com base em estudos anteriores, experiência em consultoria e adequada revisão bibliográfica, são obtidos mais de 110 indicadores ou variáveis ​​que medem o funcionamento da manutenção (técnica, organizacional, econômico-financeira e social).

Após consulta a especialistas e tendo em conta apenas as variáveis ​​fundamentais geralmente medidas pelas empresas líderes, procedeu-se a uma iteração de decantação, deixando uma lista reduzida de 28 indicadores (variáveis), que são estratificados pela determinação dos oito fatores responsáveis. para avaliar a gestão da manutenção, que são detalhados a seguir:

1. Nível de informação.

2. Produtividade Efetiva Total do Equipamento (PTEE)

3. Grau de incidência da função de manutenção nos custos da empresa.

4. Existência de um sistema formal de medidas para determinar a eficácia da manutenção.

5. Capacidade dos trabalhadores de manutenção para lidar com sucesso com os problemas correspondentes a esta função.

6. Existência de sistema formal de planejamento e programação dos trabalhos de manutenção.

7. Grau de adoção de sistemas informatizados de manutenção.

8. Segurança do pessoal e do meio ambiente.

3.1.2 Caracterização dos fatores de medição do Nível de Gestão da Manutenção

Nesta seção é realizada a caracterização de cada um dos fatores identificados na seção anterior.

Nível de informação

O objetivo deste fator é avaliar a disponibilidade, na entidade, das informações necessárias para a tomada de decisões relativas à gestão da manutenção.

Desta forma, pretende-se verificar a disponibilidade de toda a informação técnica, as características operacionais, a localização, a prioridade dos equipamentos, o estado atual, os planos de manutenção, as ordens de serviço executadas e a executar, os custos de mão de obra. de trabalho, materiais e peças sobressalentes em diferentes períodos, o pessoal que interveio o equipamento, componentes e peças sobressalentes a ele associados, as notas relevantes sobre o equipamento, a localização dentro do sistema (hierarquia), os tempos de inatividade, os modos de falha e suas causas, tempos de funcionamento, sinais de alarme, valor de compra, fornecedor, data de aquisição do bem e em geral todas as informações necessárias para gerir a sua manutenção, bem como para utilização nas demais áreas: armazém, operação, comercial, montagens, entre outros.

Produtividade Efetiva Total do Equipamento (PTEE)

O PTEE é uma medida da produtividade real das equipes. Essa medida é obtida de acordo com a equação 1.

PTEE = AE X OEE (1)

Esta é uma medida que indica a quantidade de tempo do calendário usado pelas equipes.

Esta medição é sensível ao tempo que o equipamento poderia ter operado, o AE pode ser interpretado como uma porcentagem do tempo calendário que um equipamento usou para produzir.

Para calcular o AE, as etapas detalhadas abaixo podem ser aplicadas.

1. Estabeleça a hora base de cálculo ou hora do calendário (TC).

2. Obtenha o tempo total não programado

3. Obtenha o tempo de parada planejado

4. Calcule o tempo de operação (TF, ver equação 2)

TF = tempo do calendário - (tempo total não programado + tempo de inatividade planejado) (2)

Resultando no cálculo do uso do equipamento conforme mostrado na equação 3.

AE = (TF / TC) X 100 (3)

Y representa a porcentagem de tempo do calendário que é realmente usado para produzir.

OEE- Eficácia geral do equipamento

Esta métrica avalia o desempenho do computador durante a execução. O OEE está fortemente relacionado ao estado de conservação e produtividade dos equipamentos durante o seu funcionamento.

Deve-se observar que este indicador é gerenciado diariamente e é composto pelos seguintes três fatores:

  • Disponibilidade: mede a perda de disponibilidade do equipamento devido a paradas não programadas.

(4)

Onde:

Tempo líquido disponível = horas extras + tempo total programado + tempo de parada permitido (5)

Tempo de operação = tempo líquido disponível - tempo de parada da linha (6)

  • Eficiência: Mede as perdas de desempenho causadas por mau funcionamento do equipamento, não operando na velocidade e desempenho originais determinados pelo fabricante do equipamento ou projeto.

Onde:

(8)

  • First Time Quality (FTT): Essas perdas de qualidade representam o tempo gasto para produzir produtos com defeito ou com problemas de qualidade. Esse tempo é perdido, pois o produto deve ser destruído ou reprocessado.

Onde:

Total de peças defeituosas = peças defeituosas + retrabalho ou recuperações (10)

O cálculo do OEE é obtido multiplicando os três termos anteriores expressos em porcentagem.

OEE = Disponibilidade X Eficiência X FTT (11)

O OEE é usado para construir índices comparativos entre plantas (benchmarking) para equipamentos semelhantes ou diferentes. Para linhas de produção complexas, o OEE deve ser calculado para equipamentos de componentes.

Estas informações serão úteis para definir o tipo de equipamento no qual é necessário afetar com maior prioridade as ações de manutenção.

Nível de impacto da função de manutenção nos custos da empresa

A eficiência de todas as atividades dentro da empresa com vistas à obtenção de custos razoáveis ​​de todo o sistema é uma questão que é acompanhada de perto por todos os gestores nas organizações atuais.

Estudos realizados sobre os custos associados à manutenção das unidades produtivas revelaram que podem representar entre 10 e 25% do custo total de fabricação do produto produzido.

Na área de manutenção, é aconselhável controlar uma série de índices relativos aos custos a ela associados; Dentro deles, o seguinte deve ser considerado:

  • Custo relativo com pessoal próprio Componente do custo de manutenção Custo relativo com material Custo de mão de obra externa Custo de manutenção em relação à produção Custo de treinamento Fixo em peças de reposição Custo de manutenção por valor de venda Custo global

Existência de um sistema formal de medidas para determinar a eficácia da manutenção

Na atualidade, todo gerente de empresa sabe da importância de medir o desempenho da atividade de manutenção, simplesmente porque é necessário saber o quão eficiente é a aplicação da política de manutenção que foi planejada para o ambiente produtivo da empresa.

Essas informações permitem atuar com rapidez e precisão nos fatores fracos no gerenciamento da manutenção. Por outro lado, o desafio é o que medir e como fazer da melhor maneira.

Uma das ferramentas que permite e constitui um dos elementos básicos de uma gestão de manutenção eficiente é manter um sistema de medição correto.

Esse sistema não deve apenas permitir a medição da eficiência e do andamento dos reparos, mas também deve permitir uma das principais atividades de qualquer gerenciamento, a tomada de decisão. Determinar se o sistema de medição e controle permite um desenvolvimento adequado das operações de manutenção é uma das tarefas mais difíceis, essenciais e determinantes que um executivo pode enfrentar.

Deve ficar claro que não é necessário ter muitos indicadores sob controle contínuo, mas apenas os mais importantes, os principais. Métricas que facilmente englobam o desempenho total dos negócios devem ter prioridade máxima. O pacote de indicadores pode ser maior ou menor, dependendo do tipo de negócio e de suas necessidades específicas.

Habilidade dos trabalhadores de manutenção para lidar com os problemas correspondentes a esta função

O pessoal que trabalha em uma organização, seja qual for o setor da economia ou tipo de indústria, construção, etc., deve ter certas habilidades que são básicas para eles e que têm a ver com sua predisposição para desempenhar tarefas técnicas.

Com base no desempenho diário do pessoal, deve-se avaliar até que ponto eles são capazes de realizar as tarefas necessárias na área de manutenção para cumprir os objetivos do negócio.

Todos os mecanismos de controle do trabalho devem ser orientados no sentido de obter maior aproveitamento dos recursos humanos disponíveis como um todo, bem como proporcionar ao pessoal maior segurança e satisfação no desempenho de suas funções.

Neste fator, propõe-se considerar os seguintes indicadores:

  • Trabalho na manutenção programada Trabalho na manutenção corretiva Outras atividades do pessoal de manutenção Treinamento do pessoal de manutenção Nível escolar dos trabalhadores de manutenção Horas não calculadas do pessoal de manutenção Frequência de acidentes e taxa de gravidade Nível de flutuação do trabalho de manutenção

Existência de um processo formal de planejamento e programação dos trabalhos de manutenção

Nesse fator, deve-se especificar até que ponto existe um sistema formal de planejamento das atividades de manutenção na entidade analisada. Os principais elementos que qualquer sistema deste tipo deve ter para a função de manutenção são especificados a seguir.

1. Planejamento. Implica a definição racional e coerente de:

  • Políticas: Abordagens claras que definem o campo de ação, os princípios que irão enquadrar o desempenho da manutenção. Objetivos: Expressão congruente e realista do resultado que se espera alcançar dentro de um determinado período. Planos: Coloque por escrito o resultado do trabalho de planejamento para seu posterior monitoramento, avaliação e feedback. Programas: Projeção de atividades com critério de oportunidade e sequência cronológica, que incorpora os produtos desejados e os responsáveis ​​por sua realização. Métodos: Trata-se de selecionar, dentro de um leque de possibilidades e adequar aos recursos disponíveis, a forma ótima de realizar as atividades programadas (considera-se o Outsourcing).Procedimentos: Para obter uniformidade e consistência no nível de execução dos trabalhos de manutenção, é necessário detalhar as etapas a serem seguidas e gerar um padrão. Orçamentos: envolve um detalhamento estruturado da previsão de recursos necessários para atingir os objetivos propostos.

2. Organização: Requer conhecimentos específicos e, ao mesmo tempo, uma visão global da unidade de manutenção para integrar:

  • Cargos: entidades que agrupam objetivos, funções e responsabilidades consistentes. Funções: Tarefas a realizar relacionadas com o perfil do cargo. Autoridade: Propriedade para tomar decisões e gerar pedidos que permitam o cumprimento dos objetivos do cargo. Responsabilidade: É a obrigação que se contrai perante as autoridades superiores para o cumprimento dos objetivos propostos com base nos recursos atribuídos. Recursos: É a distribuição de recursos humanos, equipamentos, máquinas, ferramentas e demais materiais necessários aos trabalhos de manutenção.

3. Execução: Sua eficácia é determinada pela antecipação de necessidades, sistematização, ações de apoio e facilidades para:

  • Comunicação: É necessário definir as necessidades e, a partir disso, o sistema de comunicação interna e externa para a unidade de manutenção.

Nível de adoção de sistemas informatizados de gestão de manutenção

Os sistemas automatizados de gerenciamento de manutenção são muito úteis, pois fornecem informações atualizadas, oportunas e de uso corporativo sobre os ativos neles registrados.

A informatização de um Sistema de Gestão de Manutenção Abrangente deve incluir:

  • Informatização das informações técnicas de manutenção. Informatização do Sistema de Manutenção Corretiva. Informatização do Sistema de Manutenção Preventiva / Preditiva. Informatização do sistema de desligamento programado. Informatização do Sistema de Controle e Monitoramento da Gestão da Manutenção.

1. Monitoramento e controle sistemático (mensal)

2. Monitoramento e controles a pedido

  • Interface com outros aplicativos de computador.

Naturalmente, antes desta automatização, é necessário um estudo adequado das informações que serão recolhidas nestes documentos e o estabelecimento das regras, procedimentos e circuitos de funcionamento da Linha de Manutenção Executiva.

Segurança do pessoal e do meio ambiente

Este elemento tem vindo a crescer nos últimos anos ao nível empresarial e especialmente na área da manutenção dada a importância de garantir condições de trabalho adequadas aos operadores (a sua segurança) e a protecção do ambiente.

Em relação à segurança do pessoal, o nível de incidência de falhas ou modos de falha no local de trabalho deve ser avaliado (se alguém pode se ferir ou morrer, seja como resultado direto do próprio modo de falha, seja como resultado de outros danos que podem ser causados ​​pela falha).

Além disso, é importante determinar até que ponto a gestão da manutenção leva em consideração os requisitos dos regulamentos ambientais.

3.2 Determinação do peso de acordo com o grau de importância dos fatores que avaliam o Nível de Gestão da Manutenção (NGM)

A determinação do peso de cada fator será realizada por meio de métodos matemáticos bem fundamentados. Primeiramente, por meio da utilização de um grupo de especialistas e da aplicação do método AHP (Analytic Hierarchy Process) ou do método Hierarchical Analytic de Thomas Saaty, devem ser realizadas comparações de critérios tomados em pares por cada um dos especialistas.

Seleção da matriz de prioridade

Partindo do princípio de que n critérios são considerados em uma dada hierarquia, o procedimento estabelecido por Saaty para determinação dos pesos estabelece uma matriz quadrada (A) que reflete o julgamento de um determinado especialista sobre a importância relativa dos diferentes critérios. A comparação é feita aos pares, de forma que o critério da linha i (i = 1, 2,…, n) seja classificado em relação a cada um dos critérios representados pelas n colunas. Seja aij o elemento (i, j) de "A", o AHP propõe o uso de uma escala direta de 1 a 9 em que aij = 1 significa que os critérios i e j têm a mesma importância, aij = 3 implica que i é ligeiramente mais importante do que j, se o elemento for 5, a importância de i em relação a j é ligeiramente maior,um 7 indica uma importância demonstrada e um 9 implicaria que a importância de i é extrema em relação a j. Por consistência, se aij = k, aji = 1 / k. Além disso, todos os elementos aii devem ser iguais a 1.

Ao aplicar esta ação pelos especialistas selecionados para avaliar os oito fatores decididos, obtém-se a matriz de prioridade (Matriz A) apresentada a seguir.

Matrix A

Normalização da matriz A e cálculo dos pesos de cada atributo

Após avaliar os critérios da matriz “A”, utilizando a escala anterior, a matriz é normalizada. Em seguida, os pesos serão obtidos como a média da linha da matriz normalizada resultante (N).

Matrix N

Determinação do nível ou motivo da inconsistência (CR) no julgamento emitido por cada especialista

Quando as colunas da matriz “N” são idênticas, pode-se dizer que a matriz original de comparações pareadas (A) é perfeitamente consistente. Consistência significa que a decisão mostra julgamento consistente especificando a comparação do par de atributos. Matematicamente, é expresso da seguinte forma: aik = aij * ajk, para todo i, j, k.

Como essas matrizes de comparação de atributos são feitas de acordo com o julgamento humano, é esperado algum grau de inconsistência que deve ser tolerado, desde que não seja irracional. Para determinar se um nível de inconsistência é razoável ou não, é necessário desenvolver uma medida quantificável para a matriz de comparação “A”, para a qual é calculada a média dos elementos de cada linha da matriz normalizada (N), constituindo esta o vetor de prioridade (V) (pesos das alternativas).

Matrix V

Uma vez que a matriz de prioridade está disponível, passamos a calcular o vetor das somas ponderadas (K), que é obtido como resultado da soma das multiplicações de cada prioridade com uma coluna da matriz A, que realizar-se-á sempre entre uma coluna da referida matriz e o elemento que se encontra na linha numerada com o valor a que pertence a referida coluna.

Vector K

Se os elementos do vetor de somas ponderadas (K) e o valor de prioridade correspondente forem agora divididos, os valores de são obtidos e a média desses valores será chamada de max., Com o qual o Índice de Consistência pode ser calculado:

máx = 8, 215542

(13)

Calcula-se agora o grau de consistência, que deve ser de 0,10 para que o julgamento dos especialistas seja considerado consistente, caso contrário não terá validade a determinação que eles fizerem sobre o peso dos fatores.

(14)

Onde:

A opinião especializada é consistente.

3.3 Definindo os intervalos para os fatores de medição NGM

Para estabelecer os níveis de comportamento dos indicadores, foi realizado um trabalho com os especialistas, obtendo-se uma escala de cinco divisões:

  • Muito bom Bom Razoável Mau Muito mau

Uma pontuação de 10 foi atribuída; 8; 6; dois; 1, respectivamente, valores que posteriormente serão usados ​​para calcular o indicador final (Nível de Gestão de Manutenção).

Para se estabelecer nos primeiros níveis, a empresa deve apresentar cumprimento integral dos parâmetros que regem o fator em questão, obtendo a classificação de Muito bom apenas quando este for totalmente alcançado; A categoria Regular será aplicada aos fatores que apresentem algum tipo de dificuldade, enquanto Ruim e Péssima, àqueles que não atendam aos requisitos do fator em comparação com empresas líderes, ou no que diz respeito a medidores ou índices. que o definem.

3.4 Determinação do Nível de Gestão de Manutenção

Para se chegar a uma avaliação final da situação da empresa, é necessário um indicador que relacione os oito fatores que foram utilizados até o momento, para isso propõe-se calcular o Nível de Gestão da Manutenção, onde se relaciona a pontuação dada pelos especialistas da empresa a cada um dos medidores (de acordo com o real comportamento da entidade estudada)

com os pesos obtidos anteriormente (matriz V) e o valor máximo das variáveis ​​de medição (10 pontos) com os respectivos pesos de acordo com o grau de importância; que responde à seguinte expressão matemática:

Onde:

NGM: Nível de Gerenciamento de Manutenção (em%)

Pi: Peso relativo das características do padrão de excelência

Zi: Qualificação dada à variável ou característica i do padrão de excelência.

n: Número de variáveis ​​(neste caso, oito fatores)

Conclusões

1. A actividade de controlo da manutenção na empresa exige rigor técnico-científico, caso contrário permanece uma boa intenção que pode desacreditá-la e causar problemas no posterior desenvolvimento da sua actividade produtiva.

2. A existência de uma ampla gama de indicadores de avaliação da atividade de manutenção torna o processo de tomada de decisão um tanto difícil, pois os índices considerados fundamentais para esta função não são definidos.

3. O indicador proposto constitui uma ferramenta adequada para melhorar a função de manutenção na empresa, por isso recomenda-se analisar o comportamento de cada fator avaliado no NGM a fim de identificar as causas que provocam o seu mau desempenho e trabalho para superá-los.

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