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Contabilidade social, em direção a uma sociedade sustentável

Índice:

Anonim

Sempre acreditamos que o setor econômico administrativo tem um objetivo único, fornecer informações relevantes que auxiliem no desenvolvimento de estratégias e na tomada de decisões com o objetivo de gerar lucros para os acionistas e ser uma empresa líder. Porém, devido às constantes mudanças em nossa sociedade, novas tecnologias e fenômenos ambientais exigem que façamos uma mudança nos modelos de negócios a que estávamos acostumados e geremos negócios a partir de uma visão mais inclusiva, inovadora e sustentável. O objetivo desta pesquisa é desenvolver uma metodologia que permita analisar o impacto socioeconômico gerado por uma empresa em uma determinada área, por meio de um indicador de contabilidade social para mensurar o benefício ou impacto que esta gera.

Palavras - chave: contabilidade social, modelos de negócios, modelos econômicos, índices.

Paradigmas contábeis

A contabilidade é uma técnica utilizada para registrar transações, transformações internas e outros eventos que afetam economicamente uma entidade e que de forma sistemática e sistemática produz informações financeiras (Romero, 2010).

No que diz respeito aos paradigmas contábeis, a dimensão e o alcance da contabilidade como ciência extrapolam as fronteiras da racionalidade financeira, administrativa e econômica nas empresas e na própria sociedade, pois o futuro do pensamento contábil vai além da estimativas, reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação de informações econômico-financeiras, de forma que o atual paradigma contábil não gira apenas em torno dos benefícios econômicos e financeiros gerados por uma organização, mas também na geração de bem-estar social e na promulgação de ambientes e ecossistemas sustentáveis ​​(Pacheco e Higuera, 2017).

Neste contexto, o sistema de informação contábil pode ser entendido como o mecanismo que, dotado de processos e procedimentos, permite o esclarecimento de dados quantitativos (Contabilidade Financeira), Qualitativos (Contabilidade Gerencial) e indicadores de desenvolvimento social (Contabilidade Social) que apoiar o processo de tomada de decisão por acionistas, sócios, conselho de administração, assembleia geral, gestão, potenciais investidores, analistas financeiros, fornecedores, clientes, Estado e demais agentes envolvidos na sociedade em geral, através da apresentação de dados e informações úteis e relevantes de acordo com o contexto que circunscreve as alternativas a adquirir. Para atender a essas interferências, a contabilidade gerencial como ferramenta de planejamento,É alimentado pelas informações fornecidas pelos diversos subcomponentes que compõem o ciclo contábil, utilizando um referencial teórico jurídico que circunscreve a implementação de processos e procedimentos relacionados ao ciclo contábil (Rodríguez & Castillo, 2017).

A origem da contabilidade social

A origem evolutiva da contabilidade social é baseada principalmente nas seguintes teorias:

Teoria do Lucro Verdadeiro

Essa teoria sustenta que a empresa na apuração de seus resultados ignora os efeitos sociais e ambientais, portanto, as informações prestadas por meio da contabilidade social poderiam medir sua contribuição líquida para a sociedade. Para a determinação dessa contribuição, devem ser considerados os efeitos externos sociais e ambientais originados no processo produtivo, considerando-se necessário avaliar esses efeitos externos gerados na economia ambiental.

Este processo de valoração ambiental tem muitas limitações, visto que é moralmente inaceitável monetizar certos aspectos da vida humana ou a extinção de algumas espécies, visto que há dificuldade em se escolher uma taxa de desconto social, por exemplo, para a valorização do efeito dos custos nucleares futuros; Essas dificuldades operacionais e inconsistências nos modelos de avaliação levaram esta teoria a uma solução prática "calcular o custo para evitar efeitos sociais e ambientais externos"

Teoria da utilidade

Essa teoria defende que as empresas devem informar a sociedade sobre as atividades que desenvolvem e afetá-la para que haja evidências que os usuários individuais possam considerar na tomada de decisão, além de gerar evidências para o mercado de capitais utilizar essas informações. na determinação dos valores adequados que nela circulam, ou seja, as informações ambientais devem implicar em uma mudança na valoração dos ativos das empresas (Inchicaqui, 2003).

Empresas de uma perspectiva diferente

Devido ao desenvolvimento que experimentaram os diferentes sistemas econômicos que compõem o âmbito mundial, a evolução do capitalismo e os avanços em termos tecnológicos, surgiu a necessidade de estruturar as práticas empresariais relacionadas à preservação do meio ambiente e à execução de atividades voltadas ao fortalecimento. os direitos dos trabalhadores e indivíduos pertencentes à sociedade; Desta forma, as diferentes organizações empresariais iniciaram um processo de incorporação de mecanismos de gestão relacionados com a avaliação dos impactos socioambientais das operações comerciais por elas realizadas, em resposta à necessidade constante de melhoria da imagem corporativa perante os clientes. e fornecedores em um mercado cada vez mais competitivo (Solís, 2008).

Essa situação gerou nos indivíduos imersos na sociedade, a crescente expectativa quanto à implementação de estratégias empresariais pelas organizações, cujo horizonte deve estar relacionado para além da busca por eficiência na produção de bens e eficácia na. a prestação de serviços, para se colocar na fertilização de práticas voltadas para a satisfação das necessidades e deficiências envolvidas no meio social com o qual se relaciona; Esse foi o cenário que levou ao surgimento da Responsabilidade Social Corporativa (RSC) como paradigma de gestão (Chumaceiro, Hernández, Yori, & Ziritt, 2013).

Importância da contabilidade social

Para a Associação Espanhola de Contabilidade e Administração (AECA) o balanço social situa-se como um meio de comunicação documental através do qual se explicitam todos os aspectos úteis, relevantes e necessários para a determinação do impacto que em termos económicos, ambientais e sociais, gera atividade empresarial nos Stakeholders (AECA, 2004). A contabilização do balanço patrimonial utiliza mecanismos de mensuração e indicadores que utilizam múltiplas unidades de medida de modo a representar por meio de relatórios o grau de responsabilidade que a organização tem para com a sociedade; utilizando, neste caso, como Input, as transações sociais distintas realizadas em um determinado período de tempo, e como Output os chamados relatórios de sustentabilidade ou balanços sociais,relatórios com características especiais que permitem avaliar o impacto da gestão social da empresa (Torres, 2000).

A estrutura da Global Reporting Initiative (GRI) serve para relatar o desempenho econômico, ambiental e social. Ele foi projetado para ser usado por organizações, independentemente de seu tamanho, setor ou localização. Leva em consideração as considerações práticas enfrentadas por uma ampla gama de organizações, desde pequenas empresas até aquelas com um grande volume de operações que desenvolvem seu objeto social em diferentes áreas geográficas ao mesmo tempo. A Estrutura GRI para a preparação de relatórios de sustentabilidade descreve o conteúdo geral, bem como o conteúdo setorial específico, acordado por uma ampla gama de partes interessadas em todo o mundo, que geralmente são considerados aplicáveis ​​para a descrição do desempenho de uma organização em a sustentabilidade é importante (GRI, 2011).

conclusão

Levando em conta tudo o que foi exposto, podemos concluir que a contabilidade social não pretende eliminar os modelos de negócios já existentes, mas sim dar um rumo diferente à forma de fazer negócios. Portanto, é uma forma de ver a contribuição que as organizações fazem ou trazem para a sociedade, com o objetivo de quantificar o valor social gerado por uma organização. Nessa perspectiva, podemos perceber que é uma importante área de oportunidade para Países, Estados e Cidades. E, ao mesmo tempo, nos dá uma referência de como as organizações contribuem para os objetivos da agenda 2030.

Referências

  • Associação Espanhola de Contabilidade e Administração (AECA). (2004). Estrutura Conceitual de Responsabilidade Social Corporativa. Madrid, Espanha: Documento No. 1 Chumaceiro, A., Hernández, J., Yori, L., & Ziritt, G. (2013). Responsabilidade social corporativa e políticas públicas. Ciências Sociais Resvita, XIX (2), 309-321.GRI (Global Reporting Initiative). (2011). Guia para a preparação de relatórios de sustentabilidadeInchicaqui, MND (2003). Origem e paradigmas da Contabilidade Social. Quipukamayoc, 10 (19), 31-42. Pacheco, G., & Higuera, V. (2017). Linha 1: Pesquisa Contábil e Financeira. A. Silvera (coordenador), Fundação das linhas de pesquisa do grupo GISELA. Barranquilla, Colômbia: Selo Editorial Coruniamericana, Rodríguez, DRH, & Castillo, AEE (2017).Modelo de contabilidade social como ferramenta de gestão da responsabilidade social corporativa. IJMSOR: International Journal of Management Science & Operation Research, 2 (1), 44-56, Romero López, Á. J. (2010). Princípios contábeis: padrões de relatórios financeiros de A-1 a A-8 e B-2 e B-3; conta, dupla entrada, demonstrações financeiras e IVA. Mcgraw-Hill Education Solís, J. (2008). Responsabilidade Social Corporativa: Uma abordagem alternativa. Economic Analysis Magazine, XXIII (53), 227-252. Torres, F. (2000). Contabilidade e Balanço Social. Cadernos de contabilidade, 33-58.conta, dupla entrada, demonstrações financeiras e IVA. Mcgraw-Hill Education Solís, J. (2008). Responsabilidade Social Corporativa: Uma abordagem alternativa. Economic Analysis Magazine, XXIII (53), 227-252. Torres, F. (2000). Contabilidade e Balanço Social. Cadernos de contabilidade, 33-58.conta, dupla entrada, demonstrações financeiras e IVA. Mcgraw-Hill Education Solís, J. (2008). Responsabilidade Social Corporativa: Uma abordagem alternativa. Revista de análise econômica, XXIII (53), 227-252. Torres, F. (2000). Contabilidade e Balanço Social. Cadernos de contabilidade, 33-58.
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