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Reflexões sobre a teoria geral dos sistemas

Anonim

Bertoglio nos fala em seu livro sobre a Teoria Geral dos Sistemas como uma visão integral e total. Ao mesmo tempo, ele nos explica como a realidade foi dividida e então estudada sob um esquema de subsistemas independentes, mas ao mesmo tempo reagiu entre si, ou seja, que existem inter-relações entre eles.

Nesse sentido, deve-se entender que as diferentes ciências se encarregaram de dividir a realidade em partes e, dessa forma, cada uma delas estuda um componente do sistema de forma independente.

A abordagem reducionista explica que o importante é dividir o todo para que o estudo dos fenômenos seja mais simples. Pretende-se criar subdivisões e ao mesmo tempo procurar a sua integração. Você deve levar em consideração tudo o que deseja abordar no estudo e o grau de confiança que deseja (Bertoglio chama de ambição). Ambos os parâmetros são inversamente proporcionais, ou seja, quanto mais ambicioso o estudo, menor o grau de confiança que ele terá e, ao contrário, quanto menos ambicioso o pesquisador for, o grau de confiança nos resultados aumentará.

O autor em seu livro afirma: “O fenômeno complexo é estudado através da análise de seus elementos ou partes componentes” (p. 17), o que é interessante, visto que a maioria dos cientistas realiza estudos separados para que a complexidade do fenômeno não atrapalhe a investigação. Outras vezes torna-se difícil estudar uma seção isolada, ou seja, quando o pesquisador percebe a necessidade de integrá-la ao todo, para imaginá-la e compreendê-la.

Nesse contexto, alguns fenômenos só podem ser explicados quando cada uma das partes que os compõem são levadas em consideração, já que por sua vez estão interligadas e somente até que se reúnam para formar um todo, podem ser compreendidos e explicados.

Outras vezes, para compreender fenômenos complexos, o pesquisador é obrigado a expandir o objeto de estudo e integrá-lo ao seu ambiente; daí a ideia integracionista de alguns autores, um deles é Kurt Lewin.

Podemos supor que dependendo do estudo de caso, um pesquisador poderia assumir uma parte do sistema como um “todo”, por exemplo, o comportamento de um indivíduo; mas para outro pesquisador ela suporia apenas uma parte de um sistema, se este estivesse estudando o comportamento de uma população. Nesse sentido, o segundo pesquisador tomaria as descobertas do primeiro como parte para integrá-las aos resultados de sua investigação total.

Um ponto importante a se considerar é a comunicação, pois o conhecimento enriquece cada especialista pela grande variedade de informações que são transmitidas pelas redes de comunicação. Desse modo, o estudo feito por um especialista em biologia pode ser favorecido pelos achados publicados por outro que estuda física, matemática ou sociologia.

Dentro da abordagem reducionista, dois aspectos podem ser tratados, o primeiro fala sobre a escolha de alguns fenômenos gerais, mas estes devem ter um tamanho razoável e o segundo onde a complexidade do sistema é levada em consideração e se propõe ordenar um sistema por hierarquias. Bouldin propõe 9 níveis na hierarquia de sistemas.

Segundo Johansen, o sistema é definido de maneira geral, “como um conjunto de partes ou subsistemas, que se coordenam e interagem formando um todo, para atingir um objetivo comum”. Em uma organização, um sistema seria composto pelos departamentos ou áreas dessa organização.

Nesse sentido, existem duas linhas de pensamento em torno da definição de sistemas, a primeira iniciada por Von Bertalanffy, conhecida como Teoria Geral dos Sistemas, que visa integrar a ciência, e a segunda, conhecida como Engenharia de Sistemas, que basicamente se concentra em processos.

Cada uma das partes de um sistema possui características ou atributos específicos. Por exemplo, as regras, diretrizes, layout do processo, número de funcionários, entre outros que podem ser encontrados em uma área de controle de produção.

Para que um subsistema ou super-sistema seja considerado como tal, eles devem atender a certos requisitos sistemáticos, caso contrário, eles estão lidando apenas com uma característica ou função isolada. Para estudar esses sistemas, subsistemas ou supersistemas, você deve sempre começar do simples ao complexo; identificando cada uma das partes e as características que as tornam comuns, daí são estabelecidos os Níveis de Organização e se é um sistema aberto ou fechado.

Podemos concluir que um sistema aberto é aquele em que todos os seres estão vivos e o sistema fechado aquele que representa algum processo físico que não contém matéria viva. Embora seja chamado de fechado, na verdade tende a ser um sistema rígido ou rígido.

Algumas das características importantes de cada um dos sistemas estão listadas abaixo:

Características de um sistema aberto Características de um sistema fechado
Corrente de entrada:

Recepção de energia para operação e manutenção (importação de insumos)

Está isolado de seu ambiente e opera com pequena troca de energia
Processo de conversão:

Conversão e transformação de energia (funções)

Há pouca ou nenhuma interação com agentes externos.
Corrente de saída:

Produtos positivos e negativos (exportação de produtos)

Os valores de suas variáveis ​​dependem apenas dos fatores contidos no próprio sistema.
Comentários:

Informação que vem através dos sentidos

Para descrever e definir um sistema total, o autor sugere que o pesquisador considere o seguinte, sem uma ordem específica e introduzindo os controles que considera necessários:

  • Defina os objetivos do sistema total Descreva o ambiente em que o sistema vive e se desenvolve Os recursos de que o sistema precisa para funcionar e manter Os componentes, características e atributos do sistema A gestão do sistema

Achei interessante, quando vi a conferência que foi transmitida durante o Congresso do Futuro 2018, na SYSTEMS, falava-se de um novo paradigma, que aparentemente não é tão novo, já que está se formando há mais de 30 anos.

A sustentabilidade ecológica é definida hoje como uma rede de relações em um sistema autorregulado. Isso é interessante porque na área das ciências naturais falamos de sistemas o tempo todo, na química quando o átomo é estudado a partir de sua história, a filosofia que seu conceito envolve, a participação em sistemas vivos e não vivos, a formação de compostos e sua participação em processos físicos da natureza, entre outros.

Frijof menciona que são tratadas quatro dimensões: biológica, cognitiva, social e ecológica. Levando em consideração o anterior, os pesquisadores então requerem uma nova maneira de pensar sobre as relações, padrões e contextos com que cada uma das ciências trata. Esse novo paradigma é conhecido como Pensamento Sistêmico.

A nova tendência considera a vida como um sistema feito de pequenas partes.

Essa última frase me chama a atenção, pois na disciplina de Biologia e Ecologia são revisados ​​os níveis da matéria viva e basicamente tratamos desses conceitos. Porém, ele não o via como um sistema formado por redes, mas se explica apenas como o conjunto de células que compõem um órgão, o conjunto de órgãos forma um sistema e assim o grau de complexidade aumenta até atingir a Biosfera.

Por fim, é importante considerar que quando surge um problema no sistema, são necessárias soluções sistêmicas. Isso se deve ao fato de que todas as partes estão interconectadas e interdependentes das demais.

CONCLUSÃO

Ao estudar um fenômeno é necessário definir sua totalidade e os componentes que o compõem, desta forma, o pesquisador não perde de vista o objetivo ou objetivos que deseja atingir.

Da mesma forma, deve-se entender que embora esteja em estudo uma parcialidade, o sistema como tal não é um sistema isolado e sempre existem alguns fatores externos que podem alterá-lo em algumas de suas partes ou em sua totalidade e que ao mesmo tempo este sistema pode ser conectado a um supersistema com características semelhantes ou diferentes.

No final, pode-se considerar que todos os sistemas podem estar inter-relacionados entre si.

Um exemplo claro é visto no estudo dos níveis de organização da matéria e dos seres vivos, onde as ciências químicas, físicas, biológicas, sociais e matemáticas estão intimamente ligadas e sem a contribuição de uma, não se compreende uma parcialidade. de outra.

Quando falamos em Ecodesign, não podemos perder de vista que as soluções de design devem ser baseadas nos princípios básicos da ecologia, e que tanto o governo quanto a sociedade civil devem participar para alcançar um futuro sustentável.

Por fim e de acordo com a leitura e a palestra, vai depender do grau de sustentabilidade; se um sistema é considerado viável ou não em função dos produtos obtidos ao final da transformação de energia e matéria. Assim, alguns são considerados benéficos ou prejudiciais ao indivíduo, à população ou ao meio ambiente em geral.

Referências bibliográficas:

  • Definição de. (2008). Definição de sistema fechado - Definição de Disponível em: https://definicion.de/sistema-cerrado/.  Johansen Bertoglio, O. (1993). Introdução à teoria geral dos sistemas. 8ª ed. México, DF: LIMUSA / GRUPO NORIEGA. (2018). CONGRESSO FUTURO 2018 - UMA VISÃO SISTÊMICA DO

TEMPO DE VIDA. Disponível em:

www.youtube.com/watch?v=3zJV2bhBV44&t=184s.

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