A maioria das empresas usa a ferramenta de medição conhecida como pesquisa de clima regularmente. Uma vez por ano, -às vezes a cada dois anos-, as empresas estão imersas numa logística que exige boa parte dos recursos - tempo, dinheiro, criatividade-, e que concentra as mensagens que circulam no seu sistema de comunicação. É uma ótima oportunidade para fortalecer os canais formais e interpessoais.
Na definição da aplicação de uma pesquisa de clima, uma decisão relevante é a estratégia de comunicação a ser implementada.
Ele representa um orçamento dez vezes menor do que a própria pesquisa e permite que a ferramenta seja sinergizada, aumentando a participação, a qualidade da resposta e a disposição para as próximas ligações.
Em termos gerais, otimizamos os recursos por meio de uma estratégia abrangente que: -é implantada antes, durante e depois do evento; - Envolve canais apropriados (mídia formal e relacionamento interpessoal), - exibe mensagens claras tanto para a chamada quanto para o retorno dos resultados.
Estratégia em Contexto: Histórico e Líderes
Com uma campanha de divulgação de uma pesquisa de clima pela frente, a primeira coisa que revelamos - no briefing inicial - é o contexto, o pano de fundo: é saber se houve pesquisas anteriores e o que aconteceu com o retorno dos resultados. Essas informações de comunicação prévia nos falam sobre a cultura da empresa, o lugar que a comunicação ocupa como estratégia de gestão. Também nos fala sobre seus líderes. São as informações que farão parte da campanha para a nova pesquisa, e a busca por conceitos –e táticas- para alavancar na divulgação.
Em muitas empresas, o retorno dos resultados é feito antes do primeiro trimestre da coleta de dados. Este movimento é de vital importância uma vez que devolve energia –informação- ao sistema, após a ter extraído no levantamento. Ou seja, foram exigidos tempo e comprometimento dos colaboradores, e a contrapartida é a oferta de informações (além do fato de que os planos de ação podem faltar mais tempo de trabalho).
Noutras empresas, devido a circunstâncias diferentes, os resultados não foram comunicados ao pessoal, ou foram comunicados com tanta demora que caíram no absurdo.
Em ambos os casos (com ou sem um bom histórico de comunicação), a melhor estratégia é se comunicar. A tática é variável, pois resulta da escolha correta de canais e conceitos para cada situação. O objetivo é conseguir a melhor combinação das mídias formais - outdoors, house organ, intranet, e-mails - com as comunicações interpessoais possíveis em cada empresa, de acordo com as habilidades e disposições de seus líderes. Em termos de conteúdo, tentaremos alcançar conceitos de alavancagem que respondam ao processo real da empresa, uma vez que é impossível escapar do circuito que se refere a levantamentos e situações anteriores (o circuito mental é realizado pela maioria dos colaboradores).
O que acontece quando não há informações explícitas? Muitas vezes, a ausência de comunicação é complementada pela equipe com informações parciais, vindas de outras fontes. Ou seja, a comunicação -como estratégia geral- passa a circular em espaços remotos, com maior dificuldade em atingir os objetivos traçados. E como não há espaços de escuta, essa mudança nem é percebida pelos líderes.
Especificamente, -e com relação à pesquisa de clima-, as empresas encontram -então, pouca participação, alta suspeita, medo e baixa qualidade de resposta.
Em suma, a estratégia de comunicação - convocação, apoio, retorno de resultados - resulta em um espaço que pode se transformar em oportunidade, embora os conceitos de alavancagem variem. A diferença qualitativa está na comunicação dos líderes, na qualidade da sua cascata, na sua oferta de escuta (competências que podem muito bem ser desenvolvidas como parte da estratégia). Não se trata de fazer “proselitismo” de última hora, mas de favorecer positivamente um espaço de comunicação: o dos líderes com seus relatos.
Além da situação frente às informações –que podem ser mais ou menos complexas, com melhores ou piores antecedentes-, a pesquisa de clima fornece um item relevante da agenda a ser explorado.
Um espaço de revisão dos canais formais, mas fundamentalmente mais um diálogo com os relatos que permite –quando as competências são desenvolvidas- otimizar a escuta e a comunicação ascendente. É - bem administrada - uma oportunidade de construir canais fluidos, adequados para comunicações subsequentes.
Documento de levantamento de informações que detalha os objetivos de comunicação, os públicos, o histórico do caso.
