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Caminho para a inovação na europa

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Anonim

Parece necessário que, após os níveis desejáveis ​​de produtividade e competitividade, exibamos em nosso país uma certa autocrítica ousada, na medida em que cada pessoa responsável corresponda; Mas também é possível, por exemplo, concentrar-se mais precisamente em tudo relacionado à criatividade e inovação - 2009: Ano Europeu da Criatividade e Inovação -, caso estivéssemos desperdiçando capital humano ou desenvolvendo esforços em direções erradas.

Podemos nem todos dar o mesmo significado à inovação, nem sempre concordamos ao interpretar outros significantes.

Há algum tempo, encontrei uma manchete na imprensa econômica de um domingo que destacava o fato de que nosso país, assim como outros, havia pendurado seus assuntos em torno da economia e inovação do conhecimento: algo que estava chegando e está insistindo.

Eu ouvia há dez anos como o desenvolvimento da Sociedade da Informação - acredito que com esse rótulo os políticos se referiam, de fato, à Sociedade de Tecnologia da Informação e Telecomunicações - nos levaria aos níveis desejados de produtividade e competitividade, e me propus a localizar, localizar, conhecimento, bom trabalho e inovação nessa jornada: na jornada causal que vai das tecnologias da informação e comunicação (TIC) à prosperidade perseguida, passando pela as crises inexoráveis, algumas mais profundas que outras.

Certamente ouvimos falar sobre a Sociedade da Informação há algum tempo e seu alter ego, a Economia do Conhecimento e da Inovação. Após uma modesta participação em um grupo de trabalho em torno do então ministro Josep Piqué, participei do simpósio "A Sociedade da Informação para Todos", em 13 de abril de 1999, em Madri. Depois publiquei uma coluna, da qual parece apropriado reproduzir este parágrafo dez anos depois:

“Antes de la primera pausa para café, uno podía caer en la tentación de fundir la idea de Sociedad de la Información con Internet, y lo cierto es que esta Red está revolucionando sensiblemente nuestros hábitos domésticos y laborales. Pero Internet es sólo un medio más, aunque de muy creciente uso: lo que realmente está ocurriendo es que pasamos de una sociedad de consumo (a secas), a una sociedad de consumo, sobre todo, de información, por diferentes medios…”.

Eu já acreditava então que não devemos confundir informações com ciência da computação, mesmo que na primeira vez as acessemos principalmente por meio das TIC (tecnologias da informação e comunicação). Isso nos permite, de fato, alcançar as informações procuradas (primeiro passo), as informações nos permitem alcançar o conhecimento necessário (segundo passo), o conhecimento nos permite agir (terceiro passo) e, ao mesmo tempo, nos permite inovar (quarto passo), fazê-lo sem reinventar nada ou ser extravagante. Tudo é realmente mais complexo, mas as TICs, por si só, não garantem produtividade e competitividade: um truísmo que não tenho vergonha de formular (quase me parece essencial fazê-lo).

Foi nessa época, no final do século, que eu queria me documentar e explorar os pontos fortes e as faculdades do profissional especialista de hoje; para aqueles mais alinhados com a aprendizagem ao longo da vida (tradução de informações em conhecimento), com o cultivo do pensamento e com a capacidade de inovar. A inovação já parece ser o negócio de todos, e os estilos de gestão - pensei - deveriam ajustar-se melhor às novas realidades e necessidades e, assim, catalisar adequadamente a expressão do capital humano. Então me deparei com um livro muito interessante de John S. Rydz, que parecia aprofundar essa idéia e me fornecer muitos outros.

Sobre o significado da inovação

Penso que a inovação foi invocada sob diferentes perspectivas e com diferentes propósitos e significados. Assim como parece haver outras distâncias conceituais nem sempre bem resolvidas - por exemplo, a já sugerida entre a sociedade da computação e a sociedade da informação, ou a igualmente sensível entre capital humano e recursos humanos, ou talvez até mesmo entre abstração e delirium-, acho que poderíamos estar mesclando, se não às vezes confundindo, inovação com mera renovação tecnológica, com mudanças culturais e operacionais ou com a melhoria contínua dos produtos e serviços oferecidos. Parece-me apropriado, já em 2009, nutrir a idéia de inovação como uma contribuição para uma espécie de salto quântico saudável nos usos e costumes da sociedade, e é por isso que apresento essas reflexões para sua consideração.

Sempre me interessei por inovação, talvez devido ao meu início profissional. Em 1971, aos 20 anos, entrei para o Centro de Pesquisa do International Telephone & Telegraph (ITT) em Madri, e lá, em um prédio que Anaya mais tarde ocuparia na rua Josefa Valcárcel, eu estava trabalhando por muitos anos. Primeiro, fiquei surpreso com o que me parecia uma aproximação singular - talvez incomum na época - dos níveis hierárquicos, mas também percebi os esforços para gerar novidades valiosas na oferta de produtos dessa empresa singular, então associada à ITT, que era Standard Eléctrica, e que todos nós parecíamos exemplares no estágio de Márquez Mira e Márquez Balín.

Já como consultor de treinamento, tentei acompanhar, tanto quanto possível, os avanços nos conteúdos e métodos relacionados ao desenvolvimento profissional permanente e, não sei por que, acabei - estou falando de 2005 e 2006 - interessado no ensino acromático de conferências e narrativa. Atraído, sim, pelas histórias curiosas e preocupantes sobre o mundo dos negócios, logo me voltei para uma área específica: era, é claro, a inovação. Na verdade, os casos, por exemplo, de velcro, do forno de microondas, do Sony Walkman, do McDonald's, do Teflon, de borracha vulcanizada, de aderência de cianoacrilato, de sucralose, de raios-X, são muito instrutivos. do que mais tarde foi chamado acetilcolina, da máquina de costura doméstica, das vacinas, da penicilina, etc.

Quando uma empresa incorpora em seus produtos e processos os avanços produzidos nos respectivos campos - e certamente no campo das TIC -, está indubitavelmente renovando sua operação e sua oferta ao mercado, e não deve deixar de fazê-lo; mas, ao falar em inovação, cada empresa, protegida pelas capacidades e pontos fortes de seu pessoal, teria que buscar, mais ou menos visivelmente, o objetivo de ser único - como diz Ridderstrale -; antecipar os demais e oferecer notícias valiosas ao mercado, além de incorporar com agilidade os avanços tecnológicos e automatizar seus processos. Para isso, possui, acima de tudo, seu capital humano.

Todos nós, gerentes e trabalhadores qualificados, podemos abordar a inovação, a marca registrada dessa economia emergente, através de vários caminhos e meios: curiosidade, criatividade, pesquisa, engenhosidade, chance, intuição, imaginação, conexões, inferências, hipóteses, abstrações…, sem esquecer a perseverança, o pensamento crítico ou o insight. Tudo isso se sobrepõe a cada indivíduo inovador, mas sem dúvida ele deve ser um especialista em seu campo, dotado de conhecimento explícito, tácito e intuitivo suficiente para não ser extravagante ou reinventar a roda. Vejamos os três adjetivos adicionados ao conhecimento: explícito e, portanto, consciente; tácito, ao qual vinculamos a experiência acumulada; e intuitivo, que aproveita o conhecimento inconsciente (herdado ou adquirido),entre outras fontes possíveis a partir das quais uma faculdade tão singular - a intuição genuína - é nutrida.

De fato, poucos avanços na física, na medicina e em outros ramos científicos ocorreram porque os especialistas se beneficiaram de seu conhecimento inconsciente - às vezes também manifestado em sonhos (Loewi, Howe, Kekulé…) -, como fizeram do mesmo modo do acaso, de hipóteses sucessivas, de conexões valiosas, de sua imaginação e de sua curiosidade. Embora não sejamos cientistas, constituímos, através do nosso desejo de aprender e criar, através do nosso próprio profissionalismo, uma espécie de microcentro para pesquisa e desenvolvimento. Neste século XXI, o conhecimento - e os trabalhadores do pensamento - são geradores de idéias e iniciativas, e as organizações mais inteligentes catalisam a materialização dessa capacidade.

Alguns avanços no conhecimento - pense, por exemplo, na defesa de Galileu da cosmologia heliocêntrica - sucumbiram à sólida resistência do estabelecimento, e podemos aprender com isso; outros, como o efeito fotoelétrico de Einstein, passaram pela fase de hipóteses até que pudessem ser demonstrados; outras ainda, como a penicilina de Fleming ou os raios X de Roentgen, foram produzidas porque um indivíduo sabia aproveitar o acaso e realizar possibilidades anteriormente ocultas. Descobertas casuais - por acaso - têm de fato ciência avançada, mas também facilitaram o surgimento de novos produtos e serviços no mundo dos negócios.

Do profissional inovador

No panorama neosecular falamos, com frequência e com certeza, da figura do profissional especialista, do indivíduo permanente e inovador que as empresas exigem, do trabalhador fiel à sua profissão e amante das coisas bem pensadas e bem feitas, daquele que, Além de gerenciar seu tempo, você precisa gerenciar sua atenção e sua capacidade de pensar bem. Mas, na realidade, o passado, remoto ou recente, nos oferece exemplos preocupantes desse perfil e nos ajuda a visualizá-lo: até que ponto, por exemplo, a inestimável capacidade de abstração de Genrich Altshuller foi alcançada na sociedade do século XXI? Faculdades ou forças específicas caracterizaram os empreendedores criativos do século XX, como Masaru Ibuka, Ray Kroc, George de Mestral, Bill Gates, Amancio Ortega e tantos outros?

Bem, também podemos pular para o século anterior, o XIX: Charles Goodyear, Graham Bell, Edison, Nikolaus Otto, Nikola Tesla… No nosso nível e sem desistir de sermos únicos, todos temos que empregar poderes e forças como os de tantos personagens que contribuíram para a inovação em diferentes campos, entrando na terra incógnita de seu campo e adicionando novos conhecimentos, ou modificando o existente, como fizeram os astrônomos heliocêntricos, ou aconteceu com a aspirina, que substituiu o salicilato, com sérios efeitos colaterais.

Em nosso tempo, além de aprender a trabalhar - e viver - com os melhores resultados individuais e coletivos, temos que nos esforçar mais especificamente em "aprender a aprender", "aprender a pensar" e "aprender a inovar", muito mais além, muito além, das sessões de brainstorming que geralmente são orquestradas e dos esforços de melhoria contínua em processos, produtos e serviços. Certamente as organizações - como os sistemas vivos e, é claro, os indivíduos - como ativos fundamentais da economia precisam fazê-lo - aprendem a aprender, também pensam e inovam -; Mas vamos seguir em frente, pois precisamos ter a atitude correta: os elementos volitivos são, sem dúvida, tão importantes no desafio inovador quanto no desafio da produtividade.

De cultura inovadora

Nas condições organizacionais que promovem a inovação genuína, conhecemos, por exemplo, o estudo (Criatividade Corporativa) de Robinson e Stern, e seus seis postulados sólidos, e também achei as recomendações de John S. Rydz, em Gerenciando a Inovação, extremamente interessantes; Mas agora eu lembraria o decálogo do professor sueco Göran Ekvall. Para ele, uma cultura catalisadora de inovação prevê uma maneira de trabalhar que incorpore:

1. O envolvimento e compromisso das pessoas.

2. Autonomia no desempenho profissional.

3. A hora de pensar.

4. Receptividade corporativa a novas idéias e iniciativas.

5. A ausência de conflitos interpessoais entrincheirados.

6. Comunicação aberta e fluida.

7. emoções positivas.

8. A possibilidade de correr riscos.

9. Dinamismo funcional (evitação da rotina).

10. Confiança e abertura entre todas as pessoas.

Na verdade, eu encontrei Ekvall lendo um post da American Management Association, de autoria de Charles Prather e Lisa Gundry. (Eu tive que me documentar intensamente nos últimos meses - Ridderstrale, Humphrey, Waterman, Drucker, Senge, Csikszentmihalyi, Davenport, DeBono, Covey, Seligman, Porter, Marina, Mendelson… -, para o desenho de um curso superior sobre inovação, embora Aproximei-o sem conhecer o Ano Europeu de 2009).

Prather e Gundry destacaram a possibilidade de assumir riscos nas empresas, talvez o elemento mais notável do decálogo. Se, diante de uma tentativa inovadora fracassada, a Administração procurasse o erro e o culpado, em vez de se concentrar em investigar os fatos e aprender com a experiência, parece claro que a iniciativa inovadora seria inibida, sufocada, por toda a organização.

A empresa deve contar com isso, juntamente com conquistas de escopo diferente, também haverá erros. Obviamente, as iniciativas precisam ser estudadas adequadamente antes de serem implementadas, mas isso apenas reduz, e não elimina, a possibilidade de falha. Não há dúvida de que, para sobreviver, é preciso correr riscos e, é claro, tirar o máximo proveito dos erros (aprendizado), bem como dos sucessos. Coisas, erros e sucessos geram lições valiosas que devem ser registradas para sempre no estoque de experiências da empresa.

Organizações inteligentes (qualquer que seja o modelo: Senge, Nonaka, Choo, Mendelson-Ziegler…) apostam com vantagem, porque seu cultivo do capital humano aumenta a antecipação e a prevenção de falhas e falhas; todas as pessoas pensam e antecipam, não por medo de censuras, mas pelo desejo de realização que as guia após objetivos comuns. Por outro lado, em uma organização que evita riscos (clima para evitar riscos), a equipe tenta se cobrir antes de tomar uma decisão: todos seguem procedimentos, comitês são criados, mudanças são distorcidas etc.

Eu também gostaria de insistir na hora de pensar. Uma das possibilidades para melhorar a produtividade é fazer as coisas corretamente da primeira vez, o que tem um significado diferente na era do conhecimento do que na era industrial. Talvez mais interessados ​​em seguir o procedimento do que em aplicar o bom senso, talvez não estejamos acostumados a pensar, e o fato é que agora ele é essencial e especialmente indesculpável se focarmos na inovação, o assunto em questão.

A inovação requer pensamento conceitual, analítico, sintético, sistêmico, crítico, conectivo, exploratório, inferencial, indagador, penetrante, lateral, abstrativo…; requer recorrer ao nosso conhecimento explícito e tácito, sem esquecer o tesouro do inconsciente, ao qual acessamos através da fenomenologia intuitiva. A verdade é que nos referimos ao mesmo perfil ideal com rótulos diferentes: trabalhador do conhecimento, trabalhador do pensamento, trabalhador criativo, trabalhador do aprendizado. A aprendizagem ao longo da vida, a propósito, deve nos levar a aprender o que os outros já sabem, e também a aprender o que ninguém sabe ainda (explorar, descobrir…).

Mensagens finais

Certamente, no próprio funcionamento das organizações, é necessário dar um salto quântico, porque não é possível avançar em produtividade, inovação e competitividade sem a perspectiva sistêmica necessária. Penso que, entre outros assuntos pendentes, temos o uso de capital humano e o correspondente estabelecimento de relações hierárquicas ad hoc. A esse respeito, me pergunto se estamos avançando ou retrocedendo, enquanto me lembro de Tom Peters (a única vez em que o ouvi viver) denunciando a falsidade ou o cinismo com que os executivos falam da importância das pessoas nas empresas.

A verdade é que acho que Taylor não perguntou aos trabalhadores em seu desenvolvimento da administração científica, nem Mayo em seus experimentos em Hawthorne; Mas, na era do conhecimento e da inovação, sem comprometer o papel dos profissionais de gestão, talvez devêssemos nos concentrar melhor no potencial de profissionais especializados nas diferentes áreas técnicas. Talvez, após a inovação e como Rydz sugere, os gerentes devam se esforçar para catalisar a expressão do capital humano de seus profissionais, em vez de percebê-los como meros funcionários, seguidores, recursos, colaboradores ou subordinados; o "sistema" é sem dúvida complexo, mas não vamos desistir.

Espero que a celebração do Ano Europeu da Criatividade e Inovação nos ilumine a todos na orientação de esforços e, enquanto nós da Nanfor Ibérica, queremos contribuir para a criação de um curso digital sobre inovação genuína nas empresas, patrocinado para o Plano Avanza Formación, em cujo roteiro instrucional investi mais de 150.000 palavras, incluindo exercícios, diagramas, fotos, etc. Sem dúvida, todos devemos fazer melhor uso de nossas faculdades cognitivas e intrapessoais após a geração de inovações valiosas, porque, mesmo depois de superar a profunda crise econômica pela qual estamos passando, sérios desafios de produtividade e competitividade nos aguardam no século XXI.

Caminho para a inovação na europa