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Engenharia de confiabilidade e confiabilidade operacional

Índice:

Anonim

Hoje, as empresas não podem se dar ao luxo de ter falhas de processos ou ativos. A atual competitividade dos negócios e a globalização dos mercados têm feito as organizações se preocuparem com a qualidade de seus produtos, mas sem deixar de lado a lucratividade.

Para obter qualidade e rentabilidade, as empresas devem evitar falhas em seus sistemas, processos ou máquinas. Em resposta a essa necessidade, surge a Engenharia de Confiabilidade. Este é um tópico muito importante que será discutido a seguir.

O trabalho é entendido da seguinte forma, inicia-se com as definições básicas do tema para conseguir a contextualização dos tópicos subsequentes.

Em seguida, aborda-se o tema Confiabilidade Operacional, sua definição e parâmetros que o compõem. Posteriormente, fala sobre custo de confiabilidade, métodos para análise de confiabilidade e, por fim, fecha com os benefícios da Engenharia de Confiabilidade.

ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE

A Engenharia de Confiabilidade é definida como um ramo da Engenharia responsável pelo estudo dos processos de eliminação de falhas por meio da utilização de diversas ferramentas analíticas que permitem a melhoria de processos, atividades, recursos, serviços, entre outros (SPM, 2014).

Embora existam várias definições de Engenharia de Confiabilidade, todas elas lidam com a mesma palavra central. Esta palavra é "Falha".

É chamado de falha à situação em que (Zapata, 2011):

  1. O componente ou sistema falha parcial ou totalmente em cumprir sua função. Há uma diferença inaceitável entre o desempenho esperado e o observado.

Existem duas causas que causam falhas, são elas:

  1. Defeitos técnicos ou físicos. Estes são específicos para a máquina ou sistema, incluem design, materiais, fabricação, construção, montagem e manutenção Erros operacionais ou de procedimento. Estas surgem de fatores humanos, por não seguir orientações, por falta de conhecimento ou por não compreender procedimentos, por exemplo.

Falhas de componentes ou sistemas podem causar efeitos que vão desde aborrecimentos e inconveniências para alguns dos usuários até um grave impacto na sociedade. As falhas também podem levar a situações potencialmente perigosas ou de risco para os usuários ou para o meio ambiente, diferentes das aceitas ou permitidas (Zapata, 2011).

Portanto, todo componente ou sistema deve oferecer qualidade, segurança e confiabilidade e disponibilidade.

Segundo o modelo da norma ISO 9000, qualidade é o “grau em que um conjunto de características inerentes atende aos requisitos” (ISO, 2008), e quando se fala em requisito refere-se à necessidade ou expectativa estabelecida.

O fato de um sistema ou componente ter segurança significa que seu uso não representa perigo para os usuários ou para o meio ambiente.

A disponibilidade refere-se a deve estar em um estado operacional quando necessário, ou seja, em tempo hábil.

O quarto requisito é a confiabilidade. Esta palavra significa que ele deve cumprir sua função pelo tempo necessário nas condições de operação especificadas. Também é definido como “a probabilidade de que um componente ou sistema possa cumprir sua função nas condições operacionais especificadas durante um determinado intervalo de tempo” (Pemex, S / f).

Probabilidade é a medida clássica para avaliar a confiabilidade. No entanto, existem muitas outras medidas amplamente utilizadas, portanto, confiabilidade é um termo genérico que descreve todas essas medidas sem necessariamente estar relacionado à probabilidade (Zapata, 2011).

A maioria dessas medidas corresponde a médias estatísticas ou valores esperados que são chamados de “índices de confiabilidade”.

Alguns exemplos são.

  • Vida média: Tempo esperado para a ocorrência de uma falha em um componente não reparável Freqüência de falhas por ano: Número de falhas previstas por ano.

CONFIABILIDADE OPERACIONAL

A Confiabilidade Operacional é definida como uma cadeia de técnicas de melhoria contínua, que introduzem métodos analíticos e novas tecnologias; com a finalidade de aperfeiçoar o atendimento, planejamento, execução e controle da produção (de bens ou serviços) (Espinosa, 2011)

A confiabilidade operacional busca evitar no sistema integral, que é composto por pessoas, processos e ativos para o cumprimento de funções dentro de um contexto operacional específico.

É composto de quatro parâmetros: confiabilidade humana, confiabilidade do processo, facilidade de manutenção e confiabilidade do equipamento; que interagem de forma ótima para obter uma melhora duradoura e de longo prazo.

Confiabilidade do processo: está associada ao correto desempenho dos procedimentos, obtendo-se os parâmetros estabelecidos de forma a respeitar as condições estabelecidas (Arata, 2009).

Confiabilidade do equipamento: ou também conhecida como confiabilidade dos suprimentos; refere-se à integração entre os diferentes processos ou unidades internas, como operação, abastecimento, desenvolvimento para ter o abastecimento quando necessário (Arata, 2009).

Confiabilidade humana: está relacionada ao envolvimento, comprometimento e competências que as pessoas possuem com as atividades que lhes correspondem e a estrutura organizacional para alcançá-la (Arata, 2009).

Manutenibilidade: conjunto de ações destinadas a manter ou recondicionar um componente, equipamento ou sistema, em um estado em que suas funções possam ser cumpridas. Entendendo como função qualquer atividade que um componente, equipamento ou sistema realiza, do ponto de vista operacional (Arata, 2009).

A manutenção pode ser dividida em preventiva e corretiva. A manutenção preventiva pode ser definida como o agendamento das atividades de inspeção de equipamentos que devem ser realizadas em determinados períodos com base em um plano de monitoramento de controle de qualidade. O objetivo da manutenção preventiva é justamente evitar erros, a fim de manter o sistema nas condições ideais especificadas desde o início.

Sua característica fundamental é inspecionar o equipamento de forma planejada para detectar falhas em sua fase inicial e corrigi-las no momento adequado.

Chamamos de manutenção não programada ou mais conhecida como manutenção corretiva a ação de corrigir os defeitos detectados em um sistema ou componente, consiste em detectar erros e repará-los no menor tempo possível para retornar o sistema ao seu funcionamento.

CUSTO DE CONFIABILIDADE

Em todo sistema existe uma relação entre sua confiabilidade e o custo que causa. À medida que aumenta o nível de confiabilidade, aumenta o nível de investimento necessário e vice-versa (Gráfico 1). O custo da confiabilidade deve ser pesado em relação aos benefícios gerais para o usuário e para a sociedade. O nível aceitável de confiabilidade depende de quanto os usuários e a sociedade como um todo estão dispostos a pagar por isso. Este nível aceitável de confiabilidade pode ser diferente do ótimo matemático.

Custo da confiabilidade. Autor: Arata, 2009.

MÉTODOS DE ANÁLISE DE CONFIABILIDADE

Abaixo estão alguns métodos ou ferramentas úteis para análise de confiabilidade.

  • É uma avaliação subjetiva onde os índices numéricos não são estabelecidos. Exemplos: “Não vai falhar”, “É muito confiável”, “Este equipamento é melhor que aquele”. Não é usado para comparar alternativas ou fazer análises econômicas. É conhecido como "julgamento de engenharia". Histórico. O componente ou sistema é estudado com base nos dados de seu comportamento operacional anterior. Com esses dados, são estabelecidos índices históricos ou medidas de desempenho, que geralmente são estatísticos. Exemplo: frequência média de falha. Analítico. O componente ou sistema em estudo é representado por meio de um modelo matemático (equação ou conjunto de equações) e os índices de confiabilidade são avaliados por meio de soluções matemáticas diretas. Exemplos: Diagramas de blocos e processo de Markov.Probabilístico. As variáveis ​​são consideradas aleatórias, ou seja, não possuem um valor fixo e não existe uma função que permita determinar seu valor em um determinado momento. A ocorrência de determinados valores da variável é expressa em termos de probabilidade, ou seja, de ocorrer ou não uma falha. Lógica difusa. É uma disciplina matemática que permite trabalhar com informações que não são exatas para poder realizar avaliações de sistema. É ideal para modelar sistemas que não podem ser resolvidos por um modelo matemático simples ou preciso. Simulação.O comportamento aleatório do componente ou sistema é simulado em um programa de computador e os índices de confiabilidade são avaliados indiretamente por meio de técnicas numéricas. Exemplo: simulação de Monte Carlo.

BENEFÍCIOS

Os principais benefícios da engenharia de confiabilidade são resumidos conforme mostrado abaixo

  1. Atingir as expectativas do cliente quanto à funcionalidade e vida útil do equipamento Reduzir os riscos previsíveis inerentes ao funcionamento do equipamento e aos perigos à saúde Melhorar a Confiabilidade e Disponibilidade dos sistemas (reduzir e diminuir as taxas de falhas tempos fora de serviço) Atinja os objetivos de produção Melhore o marketing e as garantias do produto.

CONCLUSÕES

O principal objetivo da Engenharia de Confiabilidade é aumentar a confiabilidade de ativos ou processos, reduzindo ou evitando falhas, aumentando também sua disponibilidade, e por fim observar essas ações na lucratividade do negócio.

É uma área da engenharia intimamente ligada à manutenção, mas a sua implementação vai além da área operacional. Uma vez que toda a organização deve contribuir para o alcance da confiabilidade operacional.

Não busca apenas como operar uma máquina de forma eficiente, mas como fazer dessa gestão um processo eficaz que contribua para a conquista final almejada pelo negócio.

É de suma importância que as empresas busquem aprimorar seus processos, evitando desperdícios organizacionais, a fim de elevar seus níveis de competitividade.

Por isso, este assunto representa grandes oportunidades para as organizações e para nós.

BIBLIOGRAFIA

  • Arata, A. (2009). Engenharia e gestão da confiabilidade operacional em plantas industriais. Chile: Ril. Benbow, D., & Broome, H. (S / f). O Manual do Engenheiro de Confiabilidade Certificado. Espinosa, F. (2011). Confiabilidade operacional do equipamento. Chile: UT. García, O. (2009). Gerenciamento de manutenção abrangente com base na confiabilidade. Colombia.ISO. (2008). Obtido em 22 de novembro de 2015, da Organização Internacional de Padronização: www.normas9000.com/que-es-iso-9000.htmlPemex. (S / f). Engenharia de confiabilidade. Recuperado em 22 de novembro de 2015, da Pemex Virtual Learning: www.aprendizajevirtual.pemex.com/nuevo/guias_pdf/guia_sco_ingenieria_confiabilidad.pdf Pérez, I. (2007). Lógica difusa para iniciantes. Caracas: UCAB.SPM. (2014). Retirado em 22 de novembro de 2015, da SPM engineering in maintenance: www.spm-ing.com / ingenieria-de -iability.phpZapata, C. (2011). Confiabilidade em Engenharia. Colômbia: Publiprint Ltda.
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