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Capital de giro e sua relação com risco e desempenho dos negócios

Anonim

A categoria de risco zero não existe. Todas as decisões financeiras tomadas pelos gerentes da empresa afetam positiva ou negativamente a liquidez e o desempenho. Pelo exposto, duas questões de gerenciamento de capital de giro são: maximizar a lucratividade e minimizar os riscos. No entanto, ambos são diretamente proporcionais. O objetivo deste artigo é definir os componentes do binômio risco-retorno e o impacto que diferentes níveis de capital de giro causam nele. Para ilustrar o acima, dois exemplos demonstrativos são incluídos com base nas informações reais de duas instalações do hotel.

Desenvolvimento

O termo capital de giro foi nomeado por alguns autores como: capital de giro, capital de giro, capital de giro líquido, fundo de rotação de recursos ou líquido e caixa líquido. Em geral, isso pode ser definido como investimento nos níveis atuais de ativos e o financiamento necessário para sustentá-lo.

exemplo de capital de giro e sua relação com risco e desempenho de negócios

Os gerentes da empresa devem tomar diariamente decisões de todos os tipos que tenham implicações diretas nas finanças, para que afetem positiva ou negativamente o grau de liquidez e desempenho (F. Weston e E. Brigham, 1994). É por esse motivo que os gerentes financeiros definem dois objetivos fundamentais do gerenciamento do capital de giro:

  1. maximizar rentabilidade, minimizar riscos.

No entanto, ambos os objetivos são diretamente proporcionais, o que significa que quando uma das variáveis ​​aumenta, a outra também aumenta e vice-versa.

Uma vez introduzidos os elementos anteriores, é necessário definir os componentes do binômio risco-retorno.

Nesse contexto, Van Horne e Wachowicz (1997) definem o retorno como a renda recebida de um investimento, que geralmente é expressa em porcentagem, enquanto F. Weston e E. Brigham (1994) o generalizam de maneira intercambiável como a corrente de fluxo. de caixa e taxa de retorno dos ativos. Por outro lado, L. Gitman (1986) e GE Gómez (2004) consideram lucratividade como lucro após despesa. Esses pesquisadores concordam que, por fundamentação teórica, isso é obtido e aumentado de duas maneiras essenciais: a primeira, aumentando a renda através das vendas e a segunda, reduzindo os custos pagando menos pelas matérias-primas, salários ou serviços prestados. O autor está mais inclinado à análise da lucratividade na forma de uma taxa, indicando a capacidade dos recursos em gerar lucros,como uma via mais eficaz para análises relacionadas aos níveis de capital de giro e sua influência na lucratividade dos negócios.

Por sua vez, a categoria de risco em sua definição é assimilada com maior dificuldade (Van Horne e Wachowicz, 1997). Em termos muito simples, existe um risco em qualquer situação em que não se sabe exatamente o que acontecerá no futuro. Risco é sinônimo de incerteza, que é a dificuldade de prever o que acontecerá no futuro.

Na gestão financeira, o risco está associado à variabilidade dos resultados esperados (Van Horne e Wachowicz, 1997), daí decorrente o que oferece mais resultados variáveis, positivos ou negativos, é mais arriscado. Com relação à análise de riscos em um negócio, três fundamentos podem ser identificados para serem avaliados: risco comercial, risco financeiro e risco operacional.

O risco comercial é inerente ao mercado em que a empresa atua, onde a análise da linha de negócios, a filial em que atua e o ambiente econômico-financeiro são vitais. O risco operacional está vinculado às dimensões ideais de instalações e equipamentos, ao uso de recursos e ao relacionamento com os níveis de vendas; isto é, as condições da tecnologia. O risco financeiro está relacionado ao nível de endividamento e à relação entre financiamento externo e próprio; isto é, a análise relacionada à estrutura financeira.

Vinculado ao capital de giro, risco significa perigo para a empresa por não possuir ativos circulantes suficientes para:

  • Lide com suas obrigações em dinheiro conforme elas ocorrem. Nesse sentido, L. Gitman (1986) define o risco como a insolvência que a empresa pode ter para pagar suas obrigações e também expressa que o risco é a probabilidade de ser tecnicamente insolvente, mantendo o nível adequado de vendas (Van Horne e Wachowicz, 1997) Cubra as despesas associadas ao nível de operações (critério do autor do artigo com base na literatura revisada).

Nesse contexto, e como uma das maneiras de mensurar o risco resultante das mudanças causadas pelas decisões tomadas pelos gestores financeiros, propõe-se o índice de solvência ou liquidez geral:

Liquidez geral =

Esse motivo refere-se à capacidade que uma empresa adquire de ter disponibilidade de ativos que são facilmente convertidos em dinheiro, reafirmando sua capacidade de cobrir suas obrigações financeiras de curto prazo em tempo hábil e sem demora (E. Gómez, 2004).

É importante notar que, nesse contexto, esse motivo é proposto para avaliação de riscos, mas existem outras maneiras propostas pelo autor e que são explicadas em detalhes em sua tese apresentada como uma opção para o grau científico do Mestrado em Ciências Econômicas (Universidad de Matanzas, 2005) Essas alternativas são mostradas abaixo:

Figura 1: Formas alternativas de medir o risco associado ao gerenciamento do capital de giro.

Fonte: Espinosa, Margarida. Proposta de procedimento para análise de capital de giro. Caso do hotel. Tese apresentada como opção ao grau científico do Mestrado em Ciências Econômicas, dirigido pelo Dr. Nury Hernández de Alba Álvarez. Universidade de Matanzas, 2005.

Tendo considerado as definições acima, é necessário analisar os pontos-chave para refletir sobre uma análise correta do capital de giro contra a maximização da lucratividade e a minimização do risco, sobre as quais autores como L. Gitman (1986), F. Weston e E. Brigham (1994) e GE Gómez (2004) e Munilla (2005), concordam que são eles:

  • A natureza da empresa, sendo necessário localizá-la em um contexto de desenvolvimento social e produtivo, uma vez que a administração financeira em cada uma é de tratamento diferenciado. Da mesma forma, é importante destacar que a empresa é um subsistema do sistema da sociedade e, como tal, mantém uma relação interdependente com seus outros subsistemas.A capacidade dos ativos na geração de lucros, enfatizando o mix de moedas e fixar e garantir o tempo necessário para que cada um deles avance para a forma de caixa.O custo de financiamento, uma vez que as empresas obtêm recursos por meio de passivo circulante e fundos de longo prazo, onde a análise de econômico, associado às diferentes alternativas de decisão é essencial.

Figura 2: Intercompensação risco-retorno em relação ao capital de giro.

Em resumo, um gerente financeiro deve procurar esse ponto de equilíbrio específico entre risco e lucratividade derivado das diferentes decisões que envolvem variações no capital de giro, como mostra a Figura 2. Esse ponto de equilíbrio é chamado de intercompensação. risco - retorno.

Exemplo prático

Uma empresa mostra por dois períodos consecutivos o seguinte balanço patrimonial e o resultado líquido alcançado para ambos.

Contas (pesos) Período 1 Período 2
Ativo circulante 2320121.14 1938 304,23
Ativo fixo 12764242.99 13042131.58
Outros ativos 34 990 8,46 294.552,63
Total de ativos 15434272.59 152,74988.44
Passivo circulante 557648.73 963213,83
Passivo a longo prazo 360 404.63 399 802,81
Herança 14.516.219,23 13911971.8
Financiamento Total 15434272.59 152,74988.44
Resultado liquido 24.485,49 52.457,07

Uma análise muito geral das variações nas contas correntes de um período para outro mostra o seguinte:

Contas (pesos) Período 1 Período 2 Variação
Ativo circulante 2320121.14 1938 304,23 -381 816,91
Ativo fixo 12764242.99 13042131.58 277 888,59
Outros ativos 34 990 8,46 294.552,63 -55355,83
Total de ativos 15434272.59 152,74988.44 -159284.15
Passivo circulante 557648.73 963213,83 405 555,10
Passivo a longo prazo 360 404.63 399 802,81 39398.18
Herança 14.516.219,23 13911971.80 -604.247,43
Financiamento Total 15434272.59 152,74988.44 -159284.15
Resultado liquido 24.485,49 52.457,07 27.971,58

Como pode ser visto, as decisões tomadas em relação ao gerenciamento de contas correntes indicam:

  • uma redução no ativo circulante de 381.816,91 pesos, um aumento de 4.05565,10 pesos no passivo circulante e um aumento no lucro líquido de 27.971,58.

Teoricamente, esses resultados devem levar a:

  1. aumento do risco, porque a diminuição do ativo circulante e o aumento do passivo circulante acarretam uma diminuição da razão de liquidez ou solvência geral, aumentando as chances de inadimplência das obrigações corporativas, um aumento da lucratividade devido ao risco e lucratividade são diretamente proporcionais.

Na prática, esses resultados esperados podem ser verificados, resumidos na tabela a seguir:

Indicadores Unidade de medida Período 1 Período 2 Variação
Solvência ou Liquidez Geral pesos 4.16 2.01 -2,15
Retorno total do ativo % 0,16 0,34 0,18
Rendimento no ativo circulante % 1.06 2,71 1,65
Rendimento do imobilizado % 0,19 0,40 0,21

De fato, os resultados esperados são ratificados:

  • O risco aumenta porque o índice de solvência ou liquidez geral diminui consideravelmente de 16 para 2,01 pesos do ativo circulante para cada peso do passivo de curto prazo, indicando que a capacidade da empresa de cobrir suas obrigações atuais diminuiu 52% (1- (2,01 / 4,16) * 100) A lucratividade aumenta porque o retorno dos ativos: total, corrente e aumentos fixos; isto é, a capacidade da empresa de gerar um resultado líquido positivo para cada peso de cada categoria de ativo é maior, aumentando em 116%, 156% e 110%, respectivamente.

Não obstante, as decisões tomadas no segundo período são consideradas favoráveis, pois mesmo quando o risco aumenta, a empresa ainda está em condições confortáveis ​​para enfrentar suas obrigações de curto prazo com o investimento atual; além de aumentar a lucratividade do investimento empresarial.

Na análise de outro exemplo, observa-se como as decisões inteligentes tomadas sobre o modo como os ativos circulantes são financiados com o passivo circulante podem levar a resultados positivos, alcançando uma compensação entre os elementos do risco alternativo - relação custo-benefício.

Contas (pesos) Período 1 Período 2
Ativo circulante 1938 304,23 1894 293,84
Ativo fixo 13042131.58 129,70811,56
Outros ativos 294.552,63 369 470,05
Total de ativos 152,74988.44 15234575,45
Passivo circulante 963213,83 706 449,41
Passivo a longo prazo 399 802,81 646 426,84
Herança 13911971.80 13881699.20
Financiamento Total 152,74988.44 15234575,45
Resultado liquido 24.485,49 165.279,51
Indicadores Unidade de medida Período 1 Período 2
Solvência ou Liquidez Geral pesos 2.01 2,68
Retorno total do ativo % 0,16 1.08
Rendimento no ativo circulante % 1,26 8,73
Rendimento do imobilizado % 0,19 1,27

Como pode ser observado, as variações ocorridas nas contas correntes causaram uma diminuição no risco de não ser capaz de cumprir as obrigações correntes, uma vez que o índice de solvência aumentou 33%, enquanto a rentabilidade do total de ativos Ele aumentou cinco vezes, aumentando a capacidade da empresa de gerar resultados positivos a partir da exploração de seus recursos.

Em conclusão, uma empresa pode tomar decisões que mantêm resultados de risco favoráveis; isto é, níveis aceitáveis ​​pelos gerentes. Da mesma forma, esses resultados também podem ser combinados para alcançar altos níveis de rentabilidade de seus recursos.

Bibliografia

  • Espinosa, D. Proposta de procedimento para análise de capital de giro. Caso do hotel. Tese apresentada como opção ao grau científico do Mestrado em Ciências Econômicas, dirigido pelo Dr. Nury Hernández de Alba Álvarez. Universidade de Matanzas, 2005. Gitman, L. Fundações de Administração Financeira. Edição especial. Ministério do Ensino Superior. Cuba, 1986. Gómez, GE Administração de capital de giro. Consultado em março de 2005. Disponível em: http://www.gestiopolis.com/canales/financiera/articulos/no%205/administracioncapitaltrabajo.htmMunilla, F. et al. Dinâmica da Origem e Aplicação de Fundos na Gestão de Liquidez. Evento Internacional CONTHABANA 2005. Havana, 2005. Van Horne, Wachowicz. Fundamentos da administração financeira. 8ª edição. Prentice Hall Hispanoamericana. 1997. Weston, F. e E. Brigham.Fundamentos de administração financeira. Publicação de McGraw Hill. 10ª Edição. Espanha, 1994. Weston, F e T. Copeland. Finanças administrativas. Publicação de McGraw Hill. 9ª edição. México, 1995.
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