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Gerenciamento tecnológico ou gerenciamento cibernético

Anonim

As últimas duas décadas do século XX foram caracterizadas pelo amplo desenvolvimento do conhecimento técnico-eletrônico que vinha se formando desde a Segunda Guerra Mundial e que abriu caminho para toda a implantação tecnológica que até hoje surpreende os mais intimamente relacionados ao assunto.

Os computadores dominaram quase todo o mundo contemporâneo e hoje é quase impossível imaginar a vida cotidiana sem a presença deles; além disso, eles se tornaram tão indispensáveis ​​que sua presença às vezes é inadvertida.

Mas a tecnologia, na realidade, é menor do que parece, porque mesmo com a sofisticação de seus componentes e o enorme escopo que possui, requer a intervenção do homem, sua decisão e critérios para operar.

Sem a intenção de gerar uma discussão técnica sobre o assunto, é importante salientar que é exatamente quando o homem e a máquina são combinados que a presença de um instrumento ou ferramenta é necessariamente feita que permite o uso ideal de seus benefícios sem cair. um estado tecnocrático ilusório.

Para isso, é necessário lembrar que, no final dos anos 80 e início dos 90, no auge desse desenvolvimento tecnológico em larga escala, surgiu uma ferramenta que questionava a administração do momento e propunha mudanças radicais que transformavam as organizações em entidades dignas de ser destacadas. evolução eletrônica, essa ferramenta é conhecida como reengenharia.

A reengenharia representa uma mudança total na concepção dos negócios, da maneira de observar o processo à maneira de conceber o resultado; em termos gerais, parecia a panacéia do final do século, pois permitiu que as organizações assumissem o desafio de repensar a si mesmas. consciente e responsável.

Uma das características mais comuns das empresas que se aventuraram a usar a reengenharia para se adaptar aos novos tempos foi a aquisição da mais recente tecnologia oferecida pelo mercado, assumindo e esperando economia de tempo, custos e pessoal.

As estatísticas mostraram que a maioria das empresas que assumiram o desafio de mudar radicalmente seus processos, repensando sua estrutura, funções e orientação, além de terem investido enormes somas de dinheiro para alcançá-lo em empresas de tecnologia e consultoria, falharam em sua tentativa. Mas como isso foi possível? A reengenharia não era uma boa ferramenta de gerenciamento? E se foi, por que a maioria não alcançou o sucesso esperado? Onde estava a falha?

Quando as organizações decidem fazer mudanças importantes em sua estrutura, funções e processos, devem fazê-lo em cascata: primeiro, quem as administra deve entender e aceitar a mudança como um fato e depois transmitir essa crença aos seus subordinados, mas não é aí que encontre a resposta, é possível encontrá-la apenas em dois fatos simples e comumente esquecidos: a cultura comum e a necessidade de gerenciá-la.

A maioria das empresas que falharam na implementação da tecnologia como parte de sua mudança radical parece ter esquecido o impacto que isso tem sobre o pessoal e a necessidade do indivíduo de conhecer, entender e internalizar a importância de sua presença, por exemplo. Portanto, não se tratava apenas de implementar uma nova maneira de gerenciar e observar os negócios, mas de gerenciar efetivamente essa nova visão, que é uma parte fundamental do conceito que a palavra gestão cibernética contém.

A gestão cibernética é a ação de administrar, direcionar e controlar de forma eficiente e eficaz o conhecimento tecnológico e seu impacto na vida organizacional, e sua presença nas empresas não pode ser considerada uma moda passageira, pois é uma ferramenta permanente que deve faça parte do perfil daqueles que direcionam o destino de uma organização.

A gestão cibernética combina a administração e transferência de conhecimento com o uso racional e ideal da tecnologia, não com a intenção de mover o homem pela máquina, mas com o objetivo de orientar seu desempenho para o uso eficiente da mesma, a fim de para economizar custos e aumentar lucros.

Essa ferramenta de gerenciamento assume como um desafio a necessidade de treinar, treinar e desenvolver o indivíduo em termos de tecnologia, não a partir do conceito básico de usar a máquina para fins puramente operacionais, porque, se assim fosse, sua existência seria sem sentido. Refere-se à visualização do uso da tecnologia como instrumento estratégico.

Quando a reengenharia foi usada como ferramenta de mudança, instilou-se no recurso humano o medo de se deslocar com a tecnologia, que mais tarde foi corroborado por muitos ao observar os resultados da mudança e com ela a perda de seus empregos. O exposto acima não pretende assumir que as organizações foram obrigadas a sustentar uma carga de trabalho desnecessária depois que seus processos foram reorientados e sua tecnologia atualizada; Refere-se precisamente à falta de conexão entre o indivíduo e o ambiente em mudança da época e a importância do gerenciamento de tecnologia no trabalho cotidiano, como conseqüência da ausência de programas e planos de desenvolvimento que algumas empresas eles ainda hoje apresentam e não alteram de maneira positiva e significativa a cultura tecnológica da organização.

A tecnologia ainda é, na maioria dos casos, subutilizada pelas organizações que a adquirem, limitando seu uso a processadores de texto, apresentações digitais e, em alguns casos, planilhas. A presença de e-mail interno, embora amplamente divulgada, não é necessariamente utilizada por todas as entidades envolvidas e o uso de ferramentas como a Internet dificilmente visa agregar valor ao gerenciamento diário, porém é comum observar como aqueles que possuem essas instalações as técnicas os exibem mesmo quando sua utilidade é pouco apreciada.

Embora se possa apontar que apenas as empresas que necessitam e estão em contato permanente com a tecnologia devem utilizá-la de maneira mais administrativa que outras, essa afirmação serviria para demonstrar a falta de gerenciamento tecnológico baseado nos princípios da própria gerência. contemporâneo.

O gerenciamento cibernético assume a visão da tecnologia como uma peça complementar de desempenho administrativo e não como um meio linear e operacional para registrar e armazenar resultados; caso contrário, o conceito principal de cartões perfurados de computadores anteriores seria traduzido em uso eletrônico do disco, entendendo o computador como a ação que originou seu nome e não como a ferramenta em que ele se tornou.

Algumas empresas ainda gastam grandes somas de dinheiro movendo-se mensalmente e até quinzenalmente para seus gerentes ou diretores para reuniões cujo objetivo é atualizar ou oferecer novas diretrizes, tudo sem notar as economias que o uso de teleconferências e transmissão simultânea de dados geraria. Este é um exemplo simples do desempenho estratégico do gerente cibernético, localizando opções de investimento tecnológico que se traduzem na redução dos custos que a organização assume como comuns.

O gerenciamento cibernético possui as seguintes características:

  • Considere o uso da tecnologia como um complemento ao talento humano. Envolve o indivíduo com o uso consciente da tecnologia para facilitar seus processos e os da empresa. Está presente em empresas cuja cultura é orientada para a inovação. Não restringe o uso da tecnologia, promove-a. Incentiva o pensamento criativo do capital humano na busca pela melhoria de processos por meio da tecnologia. Promove investimentos com base na redução de custos e no aumento de lucros. Requer o uso coletivo dos dispositivos tecnológicos disponíveis na empresa. Facilita a transferência de conhecimento.

Assimilar a tecnologia não é uma tarefa fácil, na maioria dos casos, acaba sendo aceito como requisito, algo que conhecer estritamente o básico é suficiente para enfrentar um mínimo de desafios nas empresas contemporâneas. Hoje se sabe que isso não é suficiente, deve ser gerenciado e uma ferramenta como a Cybergerencia oferece alternativas para enfrentá-lo com sucesso. Quem não gerencia a tecnologia está apenas sob a ilusão de avanço tecnológico, sem dúvida não a conseguiu.

Gerenciamento tecnológico ou gerenciamento cibernético