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Resiliência organizacional

Índice:

Anonim

Num contexto de crise económica e financeira global como a actual, as organizações tendem a pensar mais nos resultados finais ao nível do mercado ou da economia, do que nos processos, decisões e comportamentos que dão origem a esses resultados.

Como os estímulos estressantes são inevitáveis ​​no dia a dia, a diversidade de respostas a esses estímulos deve ser buscada nas diferentes disposições e habilidades para buscar o bem-estar. A degradação da qualidade de vida, o stress no trabalho, o sacrifício pessoal e familiar e o aumento do desemprego implicam um maior grau de complexidade e esforço no sentido de orientar comportamentos e processos para ultrapassar dificuldades e gerar resultados positivo.

O objetivo desta informação é influenciar os aspectos mais importantes da investigação em resiliência organizacional através da realização de uma revisão teórica na área da psicologia do trabalho e organizacional, bem como identificar, a partir dos seus resultados, futuras linhas de investigação..

1. CONCEPTUALIZAÇÃO DE RESILIÊNCIA.

A palavra resiliência deriva do latim resilire, um termo que significa 'voltar, retornar à posição original, destacar e saltar'. É um conceito que vem da física, onde se refere à capacidade de um material recuperar sua forma original e retornar ao equilíbrio após ser submetido a uma pressão deformante.

A origem do estudo da resiliência no campo da psicologia deriva fundamentalmente de esforços no sentido de conhecer a etiologia e o desenvolvimento da sua psicopatologia, especialmente em crianças em risco de desenvolver psicopatologia por doenças mentais dos pais, conflitos interpessoais, pobreza ou uma combinação deles.

A análise sistemática e o estudo da resiliência em crianças derrubou muitas suposições e modelos clássicos focados no déficit e no problema, sugerindo que algumas das suposições originais sobre a resiliência eram, pelo menos em parte, errado.

Na verdade, os primeiros estudos indicavam que havia algo extraordinário ou especial nessas crianças, muitas vezes descritas como invulneráveis ​​ou invencíveis. Mas a pesquisa mostrou evidências de que a resiliência é um processo mais normal e frequente do que se pensava anteriormente. (Isabella Meneghel, 2013

2. DEFINIÇÃO DE RESILIÊNCIA.

A resiliência é a capacidade de uma pessoa ou grupo de se recuperar da adversidade para continuar a projetar o futuro. Às vezes, circunstâncias difíceis ou traumas permitem o desenvolvimento de recursos latentes e dos quais o indivíduo não tinha conhecimento até agora.

A análise da resiliência da psicologia mudou ao longo dos anos. Por muito tempo, esse tipo de resposta foi considerado incomum ou patológico. No entanto, os psicólogos de hoje reconhecem que esta é uma resposta comum como uma forma de ajuste em face da adversidade. (definição de, sf)

A resiliência é o processo de adaptação às adversidades, traumas, tragédias, ameaças ou fontes significativas de estresse, como problemas familiares ou de relacionamento pessoal, graves problemas de saúde ou situações estressantes no trabalho ou financeiras. Significa "saltar" de uma experiência difícil, como se você fosse uma bola ou uma mola.

A pesquisa mostrou que a resiliência é comum, não extraordinária. As pessoas geralmente demonstram resiliência. Um exemplo é a resposta das pessoas nos Estados Unidos aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e seus esforços individuais para reconstruir suas vidas.

Ser resiliente não significa que a pessoa não experimente dificuldades ou angústia. A dor e a tristeza emocionais são comuns em pessoas que sofreram grandes adversidades ou traumas em suas vidas. Na verdade, o caminho para a resiliência provavelmente está cheio de obstáculos que afetam nosso estado emocional.

A resiliência não é uma característica que as pessoas tenham ou não tenham. Inclui comportamentos, pensamentos e ações que podem ser aprendidos e desenvolvidos por qualquer pessoa. (American Psychological Association, nd)

3. TIPOS DE RESILIÊNCIA.

Resiliência individual.

Pesquisas recentes indicam que, para sobreviver e prosperar em um contexto de mudança econômica e social, as organizações precisam ter funcionários motivados e psicologicamente saudáveis.

Atualmente, as pessoas enfrentam constantes mudanças em seu ambiente de trabalho, tanto interno quanto externo, e a resiliência pode se mostrar como o recurso fundamental para promover sua adaptação e bem-estar. Ou seja, as pessoas resilientes estão mais bem equipadas para lidar com os estímulos estressantes de ambientes de trabalho em constante mudança, assim como estão mais abertas a novas experiências, são mais flexíveis diante das mudanças de demandas e apresentam maior estabilidade emocional para enfrentar situações estressantes.

No local de trabalho, por exemplo, a resiliência pode ajudar os trabalhadores a atender às necessidades dos clientes, a aproveitar oportunidades que poderiam ser perdidas, a agir com rapidez e eficácia em situações de ameaça e crise. (Isabella Meneghel, 2013)

Resiliência coletiva.

Como as pessoas fornecem o contexto mais tangível e imediato para examinar os pontos fortes pessoais, as etapas iniciais no estudo da resiliência foram realizadas principalmente no nível individual. No entanto, considerando que os indivíduos estão inevitavelmente inseridos nas relações sociais, é razoável pensar que eles podem sofrer influência significativa de alguns processos de grupo.

Além disso, hoje em dia, equipes ou grupos de trabalho se tornaram uma peça central da estrutura organizacional, porque o trabalho colaborativo e em equipe é cada vez mais importante para o desempenho geral da organização. É por isso que é interessante investigar o papel e a importância da resiliência em grupos e equipes de trabalho.

No contexto do grupo, a resiliência é definida como o processo fundamental para dotar a equipe das capacidades necessárias para se recuperar de falhas, atrasos, conflitos ou qualquer outra ameaça ao bem-estar da mesma equipe. (Isabella Meneghel, 2013)

Resiliência organizacional.

Criar resiliência organizacional não é fácil, mas em um ambiente turbulento e instável como hoje, a única vantagem competitiva que as organizações têm é a capacidade de reinventar o modelo de negócios antes que as circunstâncias os obriguem a fazê-lo.

Quando é resiliente, a empresa é capaz de aproveitar rapidamente e antecipar oportunidades ou ameaças; As oportunidades são exploradas porque a organização está alerta e orientada para a ação e, em vez de abordar as oportunidades por meio de análises e observações, age. (Isabella Meneghel, 2013)

4. DEFINIÇÃO DE RESILIÊNCIA ORGANIZACIONAL.

É "a capacidade de uma organização de antecipar, preparar-se, responder e se adaptar a mudanças crescentes e interrupções repentinas para sobreviver e prosperar".

Vai além do gerenciamento de risco para uma visão mais holística da saúde e do sucesso do negócio.

Uma organização resiliente é aquela que não apenas sobrevive a longo prazo, mas também floresce ao resistir ao teste do tempo.

Resiliência organizacional é um imperativo estratégico para uma organização prosperar no mundo dinâmico e interconectado de hoje. Não é um exercício isolado, mas é realizado ao longo do tempo e a longo prazo.

O domínio da Resiliência Organizacional requer a adoção de excelentes hábitos e melhores práticas para a melhoria do negócio por meio da criação de competência e capacidade em todos os aspectos de uma organização. Isso permite que os responsáveis ​​pela organização assumam riscos que foram avaliados com confiança, aproveitando as oportunidades que se apresentam.

(bsigroup.com, sf)

5. ANTECEDENTES E CONSEQUÊNCIAS DA RESILIÊNCIA INDIVIDUAL E COLETIVA EM CONTEXTOS DE TRABALHO.

O estudo da resiliência no ambiente de trabalho é relativamente recente, portanto não há uma base de evidências empíricas extensa que defina os antecedentes e consequências da resiliência de funcionários e grupos e / ou equipes nas organizações.

No entanto, foram detectadas algumas variáveis ​​que se mostraram ter um efeito positivo no seu desenvolvimento, bem como algumas consequências positivas tanto para o trabalhador como para a organização a que pertence. A seguir, as variáveis ​​mais importantes relacionadas à resiliência serão destacadas.

a) Antecedentes pessoais.

A seguir, serão apresentados os antecedentes da resiliência pessoal, ou seja, relacionamentos pessoais, autoeficácia e emoções positivas.

  • Relações interpessoais

Um crescente corpo de evidências empíricas apóia a ideia de que relacionamentos interpessoais positivos são um requisito importante para o desenvolvimento de resiliência, tanto em nível individual quanto de equipe. Por exemplo, diferentes autores mostram a importância de manter e melhorar o relacionamento com e entre os funcionários em situações de crise para garantir o comprometimento e a produtividade.

Isso porque as relações interpessoais podem ajudar a desenvolver, acumular e facilitar o acesso a recursos importantes, reduzir o impacto de situações de ameaça e fornecer informações esclarecedoras que reduzem a incerteza.

A relação entre resiliência e autoeficácia é estabelecida, afirmando que pessoas com alto nível de autoeficácia são mais resilientes diante de condições adversas. As pessoas mais auto-eficazes mantêm altas crenças em sua capacidade de superar adversidades. Os sucessos vêm de esforços renovados após tentativas malsucedidas. É por isso que a eficácia pessoal na construção de resiliência é de grande importância.

  • Emoções positivas.

A teoria do alargamento e construção das emoções positivas propõe que estas são uma forma de adaptação avançada que funciona para criar recursos duradouros.

Ao contrário das emoções negativas, que restringem a atenção e a cognição para lidar com uma ameaça imediata, as emoções positivas têm o potencial de acalmar a excitação autonômica gerada por emoções negativas e ampliar a atenção e o pensamento da pessoa. e repertórios comportamentais.

Os resultados anteriores mostram que as emoções positivas produzem padrões de pensamento que são especialmente incomuns, flexíveis, criativos, abertos à informação e eficientes.

Com o tempo, essas mentalidades expandidas criam recursos físicos, intelectuais e sociais, como resiliência. (Isabella Meneghel, 2013)

b) Antecedentes relacionados à organização.

A seguir serão apresentados os antecedentes de resiliência relacionados ao contexto organizacional considerado mais relevante para esta revisão, ou seja, as demandas e os recursos de mão de obra.

  • Ações judiciais e recursos trabalhistas.

Em relação aos recursos de trabalho, definidos como aquelas condições físicas, sociais e / ou organizacionais de trabalho que favorecem o alcance de metas na medida em que estimulam o crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional, estudo mostra que existe efeito positivo entre os recursos de mão-de-obra da equipe social, ou seja, um clima de apoio e coordenação social e resiliência do grupo.

Isso se deve ao fato de que relações positivas e de qualidade entre companheiros (demonstradas por um bom clima de apoio social e um alto nível de coordenação) facilitam o compartilhamento de informações, processos de aprendizagem e o desenvolvimento de soluções adaptativas para os problemas que surgem, influenciando assim no aumento da resiliência.

No que se refere às demandas de trabalho, definidas como as condições físicas, sociais e organizacionais de trabalho que requerem um esforço sustentado (físico, social e / ou organizacional) por parte da pessoa e estão associadas a um custo físico e / ou psicológico (mental ou emocional) não há efeito direto na resiliência do grupo, nem positivo nem negativo. (Isabella Meneghel, 2013)

c) Consequências para indivíduos e grupos.

Esta seção apresenta as principais consequências da resiliência, tanto para o indivíduo quanto para os grupos; ou seja, desempenho, atitudes em relação ao trabalho e melhor retorno ao mercado de trabalho.

  • Atuação.

Diferentes estudos têm mostrado que a resiliência está relacionada ao melhor desempenho no trabalho, medido tanto pelo supervisor quanto pelo autorrelato, individual e coletivamente, ou seja, desempenho da equipe. Esses resultados podem ser explicados levando-se em consideração que a resiliência favorece estratégias de enfrentamento tanto reativas quanto proativas frente a situações complexas e ameaçadoras, o que favorece um esforço extra que pode se traduzir em aumento de desempenho.

  • Atitudes em relação ao trabalho.

Diferentes estudos mostram evidências de que a resiliência dos funcionários tem um impacto positivo na satisfação, comprometimento e felicidade no trabalho.

Este resultado está de acordo com os pressupostos de resiliência, visto que é considerada uma variável importante para perceber e determinar interpretações positivas de fatores de risco que, de outra forma, seriam interpretados apenas como ameaças, e por isso aumenta a probabilidade de percepções positivas.

  • Reincorporação ao mercado de trabalho.

Pesquisas recentes revelam que hoje as empresas podem oferecer cada vez menos segurança no trabalho para seus funcionários, situação que em alguns países é agravada pela atual crise econômica e pela elevada taxa de desemprego alcançada.

Com o objetivo de promover a reincorporação dos desempregados ao mercado de trabalho, propõe-se que a resiliência atue como variável-chave, pois oferece explicações sobre por que as pessoas que procuram trabalho conseguem superar as rejeições para continuar sua busca até o momento de reingressar no mercado de trabalho. (Isabella Meneghel, 2013)

6. O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO RESILIENTE? COMO VOCÊ SE BENEFICIA DA RESILIÊNCIA?

Uma organização resiliente demonstrará suas características fundamentais na maneira como opera: adaptável à liderança ágil que governa com firmeza.

Portanto, uma organização resiliente se beneficiará dos seguintes aspectos: ü Adaptabilidade estratégica.

Isso lhe dá a capacidade de gerenciar as várias circunstâncias que podem surgir com êxito, mesmo que isso signifique se afastar de seu negócio principal.

  • Liderança ágil.

Isso permite que eles assumam riscos que foram avaliados anteriormente com confiança e respondam de forma rápida e adequada a uma oportunidade ou ameaça.

  • Governo firme.

Demonstrar governança por meio das estruturas da organização, baseada em uma cultura de confiança, transparência e inovação, que garante a fidelidade à sua visão e valores. (bsigroup.com, sf)

7. O QUE CARACTERIZA UMA PESSOA RESILIENTE?

Pessoas que tendem a praticar resiliência têm as seguintes características:

  • Eles estão cientes de suas potencialidades e limitações.

O autoconhecimento é uma arma muito poderosa para enfrentar adversidades e desafios, e as pessoas resilientes sabem como usá-lo a seu favor. Essas pessoas sabem quais são seus principais pontos fortes e habilidades, bem como suas limitações e deficiências. Desta forma, metas mais objetivas podem ser definidas que levem em consideração não apenas suas necessidades e sonhos, mas também os recursos disponíveis para alcançá-los.

  • Eles são criativos.

A pessoa com alta capacidade de resiliência não se limita a tentar colar o vaso quebrado, sabe que nunca mais será a mesma. O resiliente fará um mosaico com as peças quebradas e transformará sua experiência dolorosa em algo belo ou útil. Fora do vil, tire o precioso.

  • Eles confiam em suas habilidades.

Por estarem cientes de suas potencialidades e limitações, as pessoas resilientes confiam no que são capazes de fazer. Se algo os caracteriza, é que não perdem de vista seus objetivos e se sentem seguros do que podem alcançar. Porém, também reconhecem a importância do trabalho em equipe e não se afastam de si mesmos, mas sabem quando pedir ajuda.

  • Eles encaram as dificuldades como uma oportunidade de aprender.

Ao longo da vida enfrentamos muitas situações dolorosas que nos desmotivam, mas as pessoas resilientes conseguem ver além desses momentos e não desanimam. Essas pessoas veem as crises como uma oportunidade para gerar mudanças, aprender e crescer. Eles sabem que esses momentos não durarão para sempre e que seu futuro dependerá da forma como reagem. Diante das adversidades, eles se perguntam: o que posso aprender com isso?

  • Eles praticam atenção plena ou atenção plena.

Mesmo sem ter consciência dessa prática milenar, as pessoas resilientes têm o hábito de estar plenamente presentes, de viver no aqui e agora e de ter grande capacidade de aceitação. Para essas pessoas, o passado faz parte do ontem e não é fonte de culpa e ansiedade, enquanto o futuro não as atordoa com sua parcela de incertezas e preocupações. Eles são capazes de aceitar as experiências conforme são apresentadas e tentar tirar o máximo delas. Gostam dos pequenos detalhes e não perdem a capacidade de se maravilhar com a vida.

  • Eles veem a vida de forma objetiva, mas sempre sob um prisma otimista.

Pessoas resilientes são muito objetivas, conhecem seu potencial, os recursos de que dispõem e seus objetivos, mas isso não significa que não sejam otimistas. Percebendo que nada é completamente positivo ou negativo, eles se esforçam para focar nos aspectos positivos e aproveitar os desafios. Essas pessoas desenvolvem um otimismo realista, também chamado de Otimismo, e estão convencidas de que, por mais escuro que seja o dia, o dia seguinte pode ser melhor. o Eles se cercam de pessoas que têm uma atitude positiva.

Pessoas que praticam a resiliência sabem como cultivar suas amizades, então geralmente se cercam de pessoas que mantêm uma atitude positiva diante da vida e evitam aqueles que se comportam como vampiros emocionais. Desta forma, conseguem criar uma sólida rede de apoio que os pode sustentar nos momentos mais difíceis. o Eles não tentam controlar as situações.

Uma das principais fontes de tensão e estresse é o desejo de querer controlar todos os aspectos de nossa vida. Então, quando algo escorrega em nossas mãos, nos sentimos culpados e inseguros. No entanto, as pessoas resilientes sabem que é impossível controlar todas as situações, aprenderam a lidar com a incerteza e se sentem confortáveis ​​mesmo quando não estão no controle. o Eles são flexíveis a mudanças.

Embora as pessoas resilientes tenham uma autoimagem muito clara e saibam exatamente o que desejam alcançar, também têm flexibilidade suficiente para adaptar seus planos e mudar seus objetivos quando necessário. Essas pessoas não estão fechadas para mudanças e estão sempre dispostas a pensar em alternativas diferentes, sem se apegar obsessivamente aos seus planos iniciais ou a uma única solução. o Eles são tenazes em seus propósitos.

O facto de as pessoas resilientes serem flexíveis não implica que renunciem aos seus objectivos, pelo contrário, se algo as distingue é a perseverança e a capacidade de luta. A diferença é que eles não lutam contra os moinhos de vento, mas aproveitam a direção da corrente e fluem com ela. Essas pessoas têm uma motivação intrínseca que os ajuda a permanecer firmes e lutar pelo que se propuseram a fazer.

o Enfrentam a adversidade com humor.

Uma das características essenciais das pessoas resilientes é o seu senso de humor, elas são capazes de rir das adversidades e brincar com seus infortúnios. O riso é o seu melhor aliado porque os ajuda a manter o otimismo e, acima de tudo, permite que se concentrem nos aspectos positivos das situações.

o Procure ajuda de outras pessoas e apoio social.

Quando as pessoas resilientes passam por um evento potencialmente traumático, seu primeiro objetivo é superá-lo, para isso estão cientes da importância do apoio social e não hesitam em procurar ajuda profissional quando precisam. (Linares, 2014)

8. FATORES DE PROTEÇÃO QUE INTERVEM NA RESILIÊNCIA ORGANIZACIONAL.

Os Fatores de Proteção buscam reduzir os efeitos dos riscos dentro da organização e em seus Recursos Humanos (RH).

As contribuições individuais, grupais e sociais são uma possibilidade de mudança real para qualquer organização que passa por momentos de burnout.

Fatores de proteção geram diálogo entre o indivíduo (seu capital simbólico e afetivo) e seu contexto externo. Este aqui carregado de conversas institucionais onde o comportamento é regido e administrado durante oito horas (ou mais) por um propósito que foi posto em comum: os desafios da organização. Os quatro campos de intervenção dos fatores de proteção são: eu sou, eu sou, eu tenho e eu posso.

Os Fatores de Proteção buscam o autocuidado do grupo humano, buscam metabolizar as rotinas das organizações e com isso, gerar evolução em seu ecossistema humano (grupo e indivíduo).

  1. Fatores de proteção psicossociais:
    • Ambiente caloroso (próximo e afetuoso) Liderança de apoio para a gestão de subordinados (articulador de confiança) Comunicação aberta (baseada na confiança e horizontalidade) Estimular líderes (nutrir, colaborar e credível) Trabalho em equipe (colaborativo, eficaz, expedito) Apoio sistemático da organização (emocionalmente, materialmente, informativo) Entrega de valores (diretrizes no desempenho individual e em grupo).
    Fatores de proteção cognitivos e afetivos:
    • Maior conhecimento intrapessoal (quem eu sou) Maior empatia (ver, ouvir e compreender o outro) Maior autoestima (validar e reconhecer a nós mesmos) Maior motivação para alcançar (perspectiva do desafio, compreensão do desafio) Maior sentimento de autossuficiência (acreditar de forma saudável em si mesmo) Menor tendência a sentimentos de desesperança (certezas, projeções futuras) Maior autonomia e independência (empoderamento) Habilidades para orientar tarefas (resolver conflitos e afastar-se do fatalismo).
    Fatores de proteção temperamental:
    • Maior gestão interpessoal (inteligência social) Maior tendência à aproximação (competências colaborativas) Humor mais positivo, criativo e lúdico (validação do gozo no processo de produção) Critérios apreciativos para compreender o trabalho (reconhecimento de boas práticas).
    Fatores de proteção socioculturais:
    • Sistema de crenças e valores (ritos, mitos e marcos) Sistema de relações sociais (públicas e privadas) Sistema organizacional interno (coordenação em gestão, processos) Sistema educacional (fomentando processos de formação: cursos, escolarização e universidade).
    Fatores de proteção com foco na liderança:
    • Autogestão (intuição, conhecimento, perspectiva) Gestão da comunicação (informar é dar, comunicar é compreender) Gestão da diversidade (perspectiva de aceitação e complementaridade) Gestão da ética (reconhecimento de princípios compartilhados) Gestão intercultural (validação de experiências externas) Gestão de equipes (contenção, escuta, clareza) Gestão de mudanças (flexibilidade, carisma, integração). (Newfield Network Chile, 2011)

CONCLUSÃO.

Promover a resiliência organizacional em qualquer grupo colaborativo é uma opção de vida.

Gerando uma visão ampla sustentada ao longo do tempo e alinhada aos critérios nutricionais, culminar em um caminho transformador para todos os trabalhadores.

Viver em Resiliência é cuidar das pessoas, validando-as, ouvindo-as, respeitando-as e integrando-as a um processo maior.

O desafio da Resiliência no campo organizacional é claro: articular um sonho compartilhado, mas nunca esquecendo o autocuidado como pilar fundamental de todo grupo humano.

BIBLIOGRAFIA.

Associação Americana de Psicologia. (sf). Obtido em

bsigroup.com. (sf). Obtido em

definição de. (sf). Obtido em

Isabella Meneghel, MS (2013). Integraorg. Obtido em

Linares, R. (17 de novembro de 2014). elpradopsicologos.es. Obtido em

Newfield Network Chile. (Novembro de 2011). Obtido em

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