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Reflexões sobre economia, política e educação. linha de pensamento

Anonim

Na sociedade rural, o homem e seu ambiente mantêm uma relação mais harmoniosa do que na sociedade urbana, pois ali ele consegue demonstrar sua habilidade e capacidade individual, por meio dos resultados como provedor da família como um todo. Os argumentos que usa são baseados em sua capacidade física e intelectual para satisfazer suas necessidades. Consequentemente, sua estrutura de pensamento é produto do processo de socialização a que está sujeito e da práxis concreta, em sua interação com a natureza.

O homem urbano está imerso em atividades econômicas alheias à interação direta com o meio natural, onde o resultado de seu esforço é produto de fatores alheios a ele. No setor de serviços da economia, típico da atividade urbana, o acesso a uma fonte de emprego e o volume que se obtém não depende de si mesmo, mas de condições que degradam a autoestima.

A socialização unificadora, coloca os interesses do grupo social acima do desenvolvimento individual. O valor pessoal depende da opinião do grupo, determinando uma escala de valorização pessoal que lhe é alheia. As atividades produtivas onde o volume do obtido depende da capacidade pessoal, do reconhecimento e da escala social, são determinadas por fatores que se pressupõem como naturais e não como condicionados pelo mesmo processo de construção social.

A estrutura mental gerada pela relação direta com a natureza é diferente daquela produzida pela vida urbana, uma vez que a gênese do pensamento rural está baseada na própria experiência. o pensamento urbano é determinado por condições ideológicas interessadas na conformação de um pensamento uniforme. Assim, o coletivo se impõe ao desenvolvimento individual e determina seu comportamento social. Sem dúvida, o desenvolvimento da cidade trouxe inegáveis ​​benefícios ao homem, mas queremos ressaltar que o processo de socialização e, consequentemente, a educação não são alheios às dinâmicas e aos interesses que lutam no interior da sociedade.

Na sociedade rural, os interesses de manutenção do status quo também são exercidos através do processo de socialização, que é condicionado pela dispersão da população e pelo fato do confronto individual com o meio natural para obter dele, o subsistência. No processo de urbanização, a conformação da estrutura de pensamento, bem como a valorização pessoal e social têm uma gênese e interesses distintos, atribuindo à educação um papel em consonância com a dinâmica social.

A conformação da estrutura do pensamento na sociedade urbana depende de uma série de fatores vinculados à atividade laboral e que condicionam as realizações pessoais. Mecenato político, adulação, cumplicidade, entre outros, são mecanismos que afetam a autoestima.

A instituição educacional, assim como os conteúdos que ela transmite, expressam as relações de poder existentes na sociedade para o momento histórico analisado. Nem sua ação nem seu conhecimento são neutros, pelo contrário, tendem a perpetuar a sociedade onde está inscrito.

O sistema político-econômico gera uma estrutura ideológica consistente com seus requisitos funcionais. É responsável pela forma de organização utilizada pelos membros da sociedade para atuar dentro das demandas da sociedade historicamente determinada. É necessário esclarecer, neste ponto, que em nosso conceito de Sociedade, o comportamento de seus indivíduos tende a se adaptar ideológica e funcionalmente às demandas impostas pela lógica do sistema. Tanto seus membros quanto as instituições, organizações do nível e papéis que desempenham devem atuar em consonância com as demandas e condições impostas pelas relações de produção, distribuição e acumulação de excedentes sociais.

A forma organizacional que a produção assume, condiciona a lógica fundamental de funcionamento da sociedade, com outros fatores que afetam a sua essência e forma de funcionamento, entre eles, a relação com o seu meio físico, o processo histórico de formação do sociedade e relações internacionais.

A sociedade como um todo e seus elementos constituintes mantêm harmonia funcional, especialmente a educação como instituição e processo de socialização, pois sua missão, além de formar e formar o recurso humano de que a sociedade necessita, tende a perpetuá-la, espalhando a bagagem ideológica que sustenta.

O processo educativo não é eficiente o suficiente para se ajustar às mudanças sociais, ao contrário, tende a perpetuar o sistema que o origina, e também não conta entre seus objetivos, contribuir para resolver a contradição que o homem socializado e seu desenvolvimento individual apresentam; pelo contrário, a exacerba.

A instituição social educativa, regente do processo de socialização, mantém a posição epistêmica com a qual transmite o corpo ideológico, como se fossem imóveis, gerando um conflito entre o "deveria ser" teórico e a atuação do homem em sua própria realidade, afetando por sua vez, a percepção e as relações sociais que vive.

A educação como processo e instituição, para cumprir sua missão socializadora, utiliza a posição epistêmica tradicional para transmitir o corpo cognitivo e ideológico, considerado o único corpo válido e aceito.

O objetivo deste referencial teórico é tentar conciliar o desenvolvimento do indivíduo sem entrar em conflito com as diretrizes e demandas da sociedade, é uma missão que merece conhecer exatamente as formas relacionais entre sociedade, educação e homem, para negociar expressamente., os diferentes níveis em que participam os interesses conflitantes.

Consideramos que a realidade e a bagagem de informações com que se pretende explicá-la, tende a entrar em conflito por não ser capaz de oferecer uma explicação que lhe permita intervir e transformar. Ao se comportar o conhecimento transmitido como "verdades conceituais" torna-se difícil desenvolver um método de interpretação da realidade. Por outro lado, a imposição cognitiva contribui para gerar insegurança pessoal, uma vez que a escolha deve ser entre agir por iniciativa própria ou manter-se seguro e socialmente aceito.

Condicionado pela postura epistêmica e pela ideologia, o homem assume o “deveria ser” teórico como única realidade, entrando em conflito interno entre suas necessidades, seu impulso natural para agir e as regras aprendidas. Poderíamos dizer que falta comunicação entre o mundo das ideias pré-existentes e a práxis concreta.

O problema individual e social não está em voltar à ruralidade ou em reduzir as desigualdades econômicas e sociais nas áreas urbanas, mas em ser capaz de oferecer ao homem certas possibilidades de se explicar, agir e resolver intelectualmente a variedade de situações de conflito que enfrenta.. Nem podemos propor a substituição da posição epistêmica tradicional, pelo desenvolvimento de um método pragmático. Talvez a combinação racional de ambas as posições epistêmicas e um quadro ideológico elaborado expressamente, um desenvolvimento harmonioso entre o ser social e individual possa ser alcançado.

Nosso referencial teórico pretende, em outra perspectiva epistêmica, oferecer uma explicação causal ao processo institucional educacional como produto das lutas que ocorrem na sociedade, por um momento histórico e culturalmente determinado, cujos produtos estão em consonância com as demandas. e demandas da sociedade onde está cadastrado. Interpretamos a educação como uma manifestação institucional e funcional, resultado concreto das relações de poder devido ao acúmulo de excedentes de produção que ocorrem em uma sociedade histórica e culturalmente determinada. Recorremos à sua análise e interpretação desde uma perspectiva holística, sistémica e material.

Partimos de certas considerações gerais:

• A realidade é composta de todas as coisas, objetos, fatos, fenômenos e efeitos que atuam sobre o homem e intervêm em sua vida direta e indiretamente. O conjunto de elementos mencionados é de natureza natural e gerado pela ação do homem, os quais são de natureza material como bens e objetos tangíveis, bem como elaborações teóricas, serviços, relações econômicas e políticas, também fazem parte da realidade humana. costumes, hábitos, códigos e condutas sociais aceitas. A realidade também é moldada por suas condições corporais, desejos, limitações, potencialidades, habilidades, bem como pelos aspectos psicossociais que definem seu comportamento, necessidades e aspirações.

• O homem é o único ser da fauna terrestre capaz de interpretar e modificar conscientemente a sua realidade. É a expressão de suas relações com a natureza, com sua sociedade e com o momento histórico em que vivem. Como animal, possui requisitos de natureza natural e, como humano, possui um componente psíquico que determina seu comportamento voluntário. A sua característica é poder intervir na sua realidade a partir das suas interpretações, que formula valendo-se da sua capacidade exclusiva de a abstrair através de signos que associa aos diferentes elementos e relações que constituem o mundo real. Como animal socializado, possui necessidades dos dois mundos, que devem ser satisfeitas para garantir sua existência física e social. Essa característica lhe confere a condição de ser causa e objeto de sua própria ação,conformar-se como parte de sua realidade. Assim, ele se comunica consigo mesmo como um diálogo entre suas necessidades concretas e a interpretação abstrata de si mesmo.

• A sociedade faz parte da realidade humana, é um todo harmonioso, coerente, multirrelacional, regulado e estruturado, formado por indivíduos e grupos humanos que lutam pela apropriação do excedente social da produção. A estrutura organizacional social depende do desenvolvimento do conhecimento, dos meios de produção, da capacidade de obter excedentes de produção e das lutas que ocorrem dentro dela para se apropriar e acumular o que é obtido.

Talvez boa parte do problema do inconformismo e da falta de comunicação entre o homem e sua realidade seja produzida por considerar sua origem divina e alheia ao mundo animal. Dessa forma, ele não tem consciência de suas próprias necessidades naturais e de sua capacidade de se conduzir e construir de acordo com sua própria vontade.

A interpretação da realidade pelo homem é feita com elementos abstratos aos quais um significado (signos) é socialmente atribuído. O agrupamento ordenado e estruturado de signos é denominado linguagem e serve para construir uma explicação de fatos, fenômenos, relações, sentimentos, apreciações, etc. (Teorias).

O valor utilitário da linguagem é que ela é estruturada a partir de elementos específicos e seu significado é compartilhado ou acordado pelo grupo social. Suas expressões, modos de valorizar e seu grau de complexidade são função do desenvolvimento da relação que o homem histórica e socialmente vem conquistando com sua realidade.

Os limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo. Os limites do meu mundo são os limites da minha linguagem (Wittgenstein, 1991)

O conhecimento como interpretação da realidade feita por meio de signos abstratos e convencionais, é uma consideração válida na mesma medida em que pode fornecer explicações para intervir na realidade. O conhecimento pelo conhecimento em si não nos serve, é um gasto desnecessário, que se reduz a elaborar especulações ou, no melhor dos casos, servem de placebo, reduzindo no homem o interesse em elaborar suas próprias explicações que dê coerência ao seu próprio ser.

Reconhecemos o conjunto de teorias sobre uma área do conhecimento, sistematizada e estruturada, como Ciência. A partir desse nível de complexidade cognitiva, é possível ascender a um nível superior de interpretação da realidade que nos permite deduzir formas e relações de um determinado tema para atuar politicamente sobre ele. Aí surge a Filosofia que, ao longo da história, foi alimentada e nutrida, por sua vez, por regulações ideológicas, totalmente alinhadas com a posição epistémica tradicional.

Independentemente da organização social, do momento histórico e da localização espacial no planeta, a interpretação cognitiva é moldada por meio de uma estrutura de pensamento de signos lógica, abstrata e convencional.

Quando o desenvolvimento cognitivo permite ao homem não apenas se explicar, mas também induzir e deduzir sobre fatos concretos, ele se considera capaz de recriar e dominar o mundo real e se engajar na política para tentar governá-lo. Nesse nível, começa a filosofia ou o estudo das relações de conhecimento.

Sofia significa saber. Borda, relacionamento, vínculo; tem sua origem na produção de conhecimento ou epistemologia.

O uso do conhecimento que o homem adquire por qualquer título é, em primeiro lugar, um julgamento sobre a origem ou validade de tal conhecimento. E no que diz respeito ao julgamento sobre a validade do conhecimento, duas alternativas fundamentais são imediatamente oferecidas que estabelecem a distinção entre dois tipos diferentes e opostos de filosofia. A primeira alternativa afirma a origem divina do conhecimento: este é, para o homem, uma revelação ou um dom. A segunda alternativa afirma a origem humana do conhecimento, considerando-o como uma aquisição ou produção do homem. A primeira alternativa é a mais antiga e prevalente no mundo, visto que prevalece amplamente nas filosofias orientais. A segunda alternativa é aquela que surgiu na Grécia, cujo herdeiro é o mundo ocidental moderno (Abbagnano, 1997: 538).

Filosofia sendo o estudo da relação comunicacional cognitiva entre o homem e sua realidade, é então em essência o estudo da posição epistêmica que ele usa para interpretar o mundo real onde ele atua. Abbagnano parece nos dizer que no mundo ocidental a primeira alternativa ou mundo das idéias não tem um grande peso na formação de seu pensamento. É inegável a presença da práxis científica e de diferentes correntes de pensamento, a platonização de Aristóteles por Tomás de Aquino mediou os resultados da ciência e a reduziu a um grupo limitado de pessoas.

Para o século XIII a pressão das evidências do real, tenta-se evitar que os novos conhecimentos ponham em causa a confiabilidade cognitiva e o papel dos líderes tradicionais do comportamento humano. A interpretação da realidade não escapava ao controle, causando anarquia total. Tomás de Aquino, religioso, pensador e ideólogo platoniza a práxis aristotélica, ao afirmar que as descobertas são verdades reveladas por Deus, dessa forma, a ciência é mediada, passando a ser privilégio da academia e de poucos.

Santo Tomás também difere de Alberto, o Grande. Admite dois caminhos para chegar à verdade: um representado pela fé, outro pela razão, mas o primeiro é de ordem sobrenatural, não sujeito a erros; a segunda, por outro lado, por sua natureza, pode nos levar a julgamentos ilusórios ou errados. Portanto, é necessário, sempre que possível, assumir a fé como critério de verdade da razão. Se as conclusões de um concordam com as do outro, temos certeza de que nosso raciocínio está correto; Caso discordem, temos certeza de que nosso raciocínio esconde alguma imprecisão e, portanto, temos o dever de repeti-lo quantas vezes forem necessárias, a fim de corrigir o erro cometido (Geymonat, 1998; 185).

Diante desse perigo representado por um dissenso na área cognitiva, certamente soluções inteligentes foram formuladas dentro da corrente do pensamento dogmático. Ficou estabelecido que o conhecimento revelado pela ciência factual também era obra divina. Se Deus permitir, a "verdade" será alcançada. Desse modo, a ciência foi mediada praticamente desde seu início por Aristóteles platonizantes. A ciência adquiriu um domínio de conhecimento institucionalizando e enquadrando suas contribuições nos mais rigorosos acadêmicos.

Tomás de Aquino e Alberto Magno foram os principais ideólogos desta concepção e conseguiram conjugar o sistema integral da natureza com a teologia e a ética cristãs (Ginés, 1993: 24).Muito pouca foi a contribuição da Idade Média para o enriquecimento do campo da ciências naturais, exceto Alberto Magno), já que a "autoridade dos professores" sempre foi usada como argumento de verdade e certeza. (Ginés, 1993: 52)

A educação é institucionalizada para se tornar o meio mais eficaz de socialização. No século 15, a Academia de Florença foi fundada por Marsilio de Ficino e Cosimo de Medici.

… Reuniu um círculo de pessoas que viram a possibilidade de renovar o homem e a sua vida religiosa através do regresso às doutrinas genuínas do antigo platonismo… (Abbagnano, 1997: 9)

A evolução histórica nos leva a Descartes (1596-1650) que é conhecido como “o pai da tradição subjetiva e idealista (como Bacon estava fora do objetivo e realista) na filosofia moderna (Durant, 1980: 189). Influência fator determinante na ciência moderna.

É durante o século XX que o desenvolvimento dos meios de intervenção da natureza, das comunicações e do conhecimento permitem a posição epistêmica tradicional, aliás para que a práxis ganhe importância na formação do pensamento do homem moderno. Embora na atualidade tenha apenas uma tímida manifestação em obras cinematográficas e teatrais. Em círculos limitados da pesquisa científica, eles abandonam o uso dogmático e tradicional do conhecimento e fazem contribuições, o que preocupa teóricos e filósofos, pelos preceitos morais que afeta. Exemplo: engenharia genética.

O objetivo fundamental da posição epistêmica tradicional e do corpo ideológico que ela transmite, é obter um comportamento socializado entre os indivíduos que compõem o coletivo. Conhecemos o comportamento socialmente aceito como Ética.

Ao se desenvolver dentro de uma determinada ética social, o homem inconscientemente aprende e age para se comportar dentro de um grupo determinado histórica e culturalmente. Ele se sente seguro enquanto permanece dentro desses parâmetros, assume os paradigmas comportamentais como seus e os reproduz com seus filhos. Portanto, o processo de reprodução cultural ou ética é um mecanismo autogênico, ele se reproduz. Garantir à sociedade a perpetuação automática, até que nela surja uma nova forma de produção, acumulação e apropriação do excedente social. Esse mecanismo de reprodução cultural e modelagem de comportamento assume tacitamente a posição epistêmica tradicional.

A educação desempenha um papel importante como instituição social em uma dupla dimensão. Como uma agência de treinamento, ela transfere habilidades e habilidades aos membros da comunidade. Como agência de socialização, transmite os valores, princípios e conteúdos ideológicos, culturais e históricos culturalmente determinados. É essencialmente conservador, ao colocar conhecimentos, valores, princípios norteadores, ideais, códigos antes do homem, sobre a realidade.

Partiu-se do pressuposto de que a posição epistêmica tradicional é a única forma de interpretar o mundo real, utilizando para isso, o ensino escolar, prevalecendo sobre qualquer outra posição pedagógica. A conceituação prevalece sobre a práxis. O deveria ser, sobre a realidade. Sociedade acima do indivíduo.

A partir dessa concepção, os resultados obtidos com a ação institucional estão em relação direta com os interesses que se definem na luta entre os grupos de poder de uma sociedade.

A qualidade, a quantidade, o perfil e o comportamento esperado do graduado gerados pela ação educativa são produtos da intencionalidade dos objetivos que se escondem no cotidiano, local e operacional. Ele se desculpa na atividade de ensino, na disponibilidade de recursos, em qualquer pretexto fenomenológico para não julgar ou aceitar responsabilidades. A culpa é compartilhada e a interpretação da realidade é considerada impossível de mudar.

Podem ocorrer mudanças na forma, melhorando situações laborais, infraestruturais e ideológicas específicas, mas prevalece o objetivo subjacente, oculto à atividade educativa institucional, bem como as formas de apropriação dos excedentes sociais da produção.

Não há deficiências, ou má qualidade nos graduados, não há recursos limitados, maus professores, mas a intenção de usá-los como desculpa para esconder a intenção de dominar o pensamento.

Não pretendemos estabelecer responsabilidades, uma vez que a dinâmica autogênica da sociedade impõe um comportamento que se reproduz, mas queremos conhecer os limites entre os quais a educação atua para oferecer possibilidades reais de usar o pragmatismo e a práxis social como validade epistêmica para interpretar. e intervir na realidade que nos constrange.

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