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Identificação, avaliação e prevenção de riscos ocupacionais

Anonim

A necessidade humana de segurança é primária, intuitiva, intensa e substancialmente psicológica. Na busca pela segurança, o homem sempre agiu de acordo com sua situação cultural, seu entorno social e os níveis alcançados por seu próprio desenvolvimento.

No início dos primeiros movimentos de segurança e higiene ocupacional, não havia interesse em melhorar as condições de trabalho. O desenvolvimento industrial trouxe consigo o aumento dos acidentes, forçando o aumento das medidas de segurança, que se cristalizam com o advento das conquistas trabalhistas.

Ao longo dos anos, o desenvolvimento tecnológico não só provocou o aumento dos acidentes de trabalho, mas também uma série de riscos surgidos na atividade produtiva que, por vezes, tem causado uma deterioração injustificada da saúde, de modo que a A parte ocupacional é responsável por garantir o controle e prevenção de doenças, acidentes e desvios na saúde dos trabalhadores, bem como sua promoção.

identificação e avaliação de riscos ocupacionais

Os riscos presentes na atividade laboral são muito variados, fruto da diversidade de operações, máquinas, ferramentas e ferramentas necessárias à realização de todas as fases do processo produtivo.

O fator humano é essencial em qualquer sistema de trabalho que se queira desenvolver, o conhecimento que os trabalhadores têm sobre os riscos produzidos pelas condições de trabalho é um fator determinante, por isso é necessário identificá-los, avaliá-los e tomar ações corretivas para reduzi-los ou remova-os, tanto quanto possível.

A Segurança e Saúde Ocupacional tem por objetivo criar condições para que o trabalhador execute seu trabalho de forma eficiente e sem riscos, evitando eventos e danos que possam afetar sua saúde e integridade, o patrimônio da entidade e o meio ambiente, e promovendo assim a elevação da qualidade de vida do trabalhador e da sua família e estabilidade social.

É de grande importância para a empresa identificar, avaliar e controlar os riscos, embora os acidentes tenham diminuído consideravelmente nos últimos cinco anos.

Ao longo da história, conceitos relacionados à saúde e segurança dos trabalhadores evoluíram por meio de definições conceituais, como higiene industrial, saúde ocupacional, segurança industrial ou ergonomia.

Com base na definição dada pela Organização Mundial da Saúde em 1946, segundo a qual “Saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de danos e doenças”.

Segurança é o estado das condições de trabalho em que se exclui a influência dos fatores de risco nos trabalhadores.

É assim que Saúde e Segurança no Trabalho é a atividade que visa criar condições, capacidades e cultura para que o trabalhador e a sua organização possam desenvolver a atividade laboral de forma eficaz, evitando eventos que possam causar danos derivados do trabalho.

Todos os anos no mundo acontecem acidentes de trabalho. Alguns são fatais, outros causam diferentes tipos de lesões cujos efeitos podem durar alguns dias, deixando sequelas para toda a vida, que podem ser parcial ou totalmente incapacitantes. (Viña, sa).

1.1 Causas de acidentes de trabalho.

As causas dos acidentes são geralmente divididas em três grupos: (Sevilla, 2002).

  1. Fatores humanos. → Atos inseguros Fatores técnicos. → → Condição insegura Fatores organizacionais. → Administrativo ou gerencial.

Atualmente a análise de acidentes é realizada pelo modelo de causalidade, onde as causas técnicas, organizacionais e relacionadas são levadas em consideração com o comportamento humano. “A abordagem multicausal deve ser um aspecto essencial na abordagem da investigação e análise do acidente de trabalho. (Espinosa, 1993).

1.2 Classificação dos acidentes de trabalho.

Os acidentes são classificados da seguinte forma: (Díaz, 1989).

  • Impacto com violência Impacto sem violência.

Impacto com violência: são aqueles acidentes causados ​​por golpes com ou contra objetos que estão na trajetória de desenvolvimento da atividade de trabalho. São produzidos nos processos de manuseio, transporte, armazenamento e aproveitamento de materiais.

Impacto sem violência: são acidentes causados ​​por contatos. Aqui eles são considerados:

  • Contatos elétricos Contatos térmicos Contatos com superfícies afiadas ou pontiagudas Contatos com substâncias corrosivas ou cáusticas.

1.3 Avaliação de acidentes de trabalho.

Para atingir um padrão comum e poder comparar os números e a importância dos acidentes e suas lesões, independentemente da qualidade do operador e do número de horas trabalhadas em cada empresa, é necessário acompanhar os acidentes ocorridos no mesmo período e de acordo com para o mesmo número de homens e horas de trabalho. (Díaz, 1989).

Isso é conseguido com os indicadores para medir a Taxa de Acidentes do Trabalho, que mencionamos a seguir:

  • Índice de incidência (II), índice de frequência (IF), índice de gravidade (IG), coeficiente de mortalidade (CM).

Taxa de Incidência: indica o número de acidentes que devem ser reportados a cada 1000 trabalhadores. É determinado pela seguinte expressão:

II = (N / P) x K

Onde:

N = Número de acidentes com informação obrigatória (lesões incapacitantes) no período.

P = Número médio de trabalhadores no período.

K = Constante que significa a linha de base selecionada. (Normalmente é 1000).

Índice de Frequência: Mede a relação que existe entre o número de acidentes que causaram uma lesão, seja qual for a sua magnitude, produzidos durante um determinado período e o número de horas trabalhadas durante o número total de funcionários, calculado da forma Segue:

IF = (N ou deficientes / N ou total de homens expostos ao risco) * 10 6

Índice de gravidade: Mede a relação entre o número de dias perdidos por lesões incapacitantes e o número de horas trabalhadas durante esse período, pelo número total de trabalhadores considerados naquele período para o cálculo. Para facilitar o cálculo, é multiplicado por 10000. É calculado da seguinte forma:

IG = (N ou dias perdidos / horas-homem trabalhadas) × 10 4

Esse índice é essencial porque o índice de frequência indica apenas o número de acidentes e não a importância das lesões.

A empresa usa o índice de gravidade médio () que é usado pelo MTSS, que é calculado da seguinte forma:

= N ou dias perdidos / número de feridos.

A diferença que existe entre esses índices é que o IG nos dá a relação entre o número de dias perdidos por número de horas-homem trabalhadas multiplicado por 10 4 e relaciona o número de dias perdidos entre o número de feridos.

Coeficiente de mortalidade: nos dá a relação que existe entre os trabalhadores que morreram em acidentes de trabalho e o total de feridos por essa causa e é calculado da seguinte forma:

CM = (F / N) x 1000

Onde:

F = Número de óbitos por acidente de trabalho .

N = Número de trabalhadores feridos por acidente de trabalho.

1.4 Riscos trabalhistas.

A atividade laboral em seu sentido mais amplo se expressa pela interação do homem com os meios de trabalho, o regime definido de uma determinada organização cujo objetivo é a obtenção de um produto ou a prestação de serviços.

Por sua vez, o desenvolvimento económico e social implica um aumento da diversidade, complexidade e potencialidade dos riscos determinados pela concentração e desenvolvimento de tecnologias avançadas, aumento da utilização de fontes de energia mais potentes, desenvolvimento de novos produtos e matérias-primas, aumento de a agilidade e a massividade dos meios de transporte e a maior demanda social pela qualidade de vida e pela preservação da saúde e do meio ambiente.

As novas tecnologias em todos os aspectos compartilham novos riscos e é necessário determinar os níveis desses novos riscos para calibrar sua incidência na saúde ocupacional. (Port, 2002).

Não é a mesma coisa garantir e certificar a excelência de um produto do que a segurança das pessoas nas empresas em que trabalham. (Biosca, 2002).

Nessas condições, há implicitamente a presença de risco que, como ameaça à estabilidade do funcionamento das organizações, pode ser definido como:

Risco: "É a possibilidade da ocorrência de eventos indesejados em consequência de condições potencialmente perigosas criadas por pessoas e por diferentes fatores ou objetos." (Sevilha, 2002).

“A palavra risco expressa a possibilidade de perda de vidas ou danos a pessoas ou bens” (Perdomo, 2002).

Risco: "Combinação da probabilidade de ocorrência do dano e sua gravidade" (NC 18000/05).

Risco: “É a possibilidade de danos à saúde das pessoas causados ​​por acidentes, doenças, incêndios ou avarias. (Domínguez, 1993).

Risco: “É a probabilidade de que a capacidade de causar dano seja atualizada nas condições de uso ou exposição, bem como a possível importância do dano. (Cirurgião, 2002).

Risco: “É a probabilidade de ocorrer um nível de consequências económicas ou ambientais iniciais num determinado local e durante um determinado período de tempo, que se obtém relacionando as ameaças com a vulnerabilidade dos elementos expostos. (Lavell, 2002).

Risco: "Possibilidade atual de ocorrência de um evento infeliz" (Aguirre, 1986).

Coincidindo com os autores citados, risco é a possibilidade de um trabalhador ou uma instituição sofrer certo dano decorrente do trabalho.

1.5 Classificação de riscos.

  • Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos psicofisiológicos

- Riscos físicos: são aqueles derivados da ação de agentes físicos que causam efeitos traumáticos que geralmente no ambiente hospitalar rompem ou atenuam as barreiras de contenção de riscos biológicos, aumentam a suscetibilidade do hospedeiro ou potencializam o efeito de alguns agentes biológicos.

- Risco físico: São fatores inerentes ao processo ou operação em nosso local de trabalho e seu entorno, geralmente produto de instalações e equipamentos que incluem níveis excessivos de ruído, vibrações, eletricidade, temperatura e pressão externa, radiação ionizante e não ionizante. (Sevilha, 2002).

Se partirmos do princípio de que para se falar em iluminação é necessário haver uma fonte de luz e um objeto a iluminar, as quantidades que devem ser conhecidas são as seguintes:

  • Fluxo luminoso Intensidade luminosa Iluminância ou nível de iluminação Luminância

Fluxo luminoso e intensidade luminosa: “São magnitudes características de fontes, a primeira indica a potência luminosa de uma fonte e a segunda indica a forma como a luz emitida pelas fontes se distribui no espaço. (Fraternidade-Muprespa, 2000).

Iluminação de boa qualidade e quantidade adequada pode ser obtida com qualquer um dos vários tipos de sistemas de iluminação: (Manual de Alumbrado, 1986).

  • Indireto : 90 a 100% da saída de luz da luminária é direcionada para o teto em ângulos acima da horizontal. Semi-direto: 60 a 90% da emissão de luz da luminária é direcionada para o teto em ângulos acima da horizontal, enquanto o restante é direcionado para baixo. Direto-indireto : 40 a 60% da luz é direcionada para baixo em ângulos abaixo da horizontal. Direto: 90 a 100% da luz é direcionada para baixo em ângulos abaixo da horizontal. Semi-direto: 60 a 90% da emissão de luz da luminária é direcionada para o teto em ângulos acima da horizontal, enquanto o restante é direcionado para baixo.

Métodos de iluminação.

Os métodos de iluminação referem-se às áreas onde é necessário garantir um nível de iluminação. Assim, temos: (García, 1990).

Iluminação geral: Com este método de iluminação, uma uniformidade de luz é alcançada em todo o local.

Iluminação geral localizada: É necessária em áreas que, devido ao tipo de tarefa que se realiza, requerem altas intensidades.

Iluminação complementar: O método de iluminar pontos específicos da área de trabalho que requer um alto nível de iluminação recebe este nome.

Projeto de uma instalação de iluminação.

O projeto de uma instalação de iluminação depende de muitos fatores, incluindo o fornecimento da quantidade certa de iluminação. Isto é feito por uma análise prévia da tarefa visual e das suas necessidades particulares de iluminação, sendo possível proceder à seleção do tipo de iluminação mais adequado e ao cálculo da instalação. (Manual del Alumbrado, 1986).

- Riscos Químicos: Probabilidade de danos por manipulação ou exposição a agentes químicos, freqüentemente utilizados em áreas de pesquisa e diagnóstico, ou com desinfetantes e esterilizadores em ambiente hospitalar.

- Riscos Biológicos: É derivado da exposição a agentes biológicos. Pode ou não ser ocupacional, dependendo de sua relação com o trabalho.

- Riscos psicofisiológicos: Causados ​​por fatores humanos, podem ser organizacionais ou sociológicos, todos inerentes ao ser humano.

1.6- Proposta de Metodologia para a Identificação, Avaliação e Gestão dos Riscos que afetam a segurança e saúde dos trabalhadores. (de acordo com a Resolução 31/02 MTSS, Cuba).

A avaliação dos riscos nos centros de trabalho, instalações e locais de trabalho é efectuada de acordo com as características particulares de cada local, com a participação dos trabalhadores dos locais que necessitem de fazer uma primeira avaliação de risco ou proceder à actualização do o existente.

Este procedimento pode servir para cumprir de forma rápida, fácil e eficiente a obrigação das entidades de fazerem um diagnóstico do nível de segurança das suas instalações e estabelecerem uma política de prevenção, baseada na melhoria contínua das condições de trabalho.

A avaliação deve ser realizada considerando as informações sobre a organização, as características e a complexidade do trabalho, os materiais utilizados, os equipamentos existentes e o estado de saúde dos trabalhadores, avaliando os riscos com base em critérios objetivos que proporcionam confiança nos resultados a serem alcançados..

Quando houver uma "regulamentação" específica que deva ser aplicada, o procedimento deve ser ajustado às condições por ele estabelecidas e pode ser adaptado a normas ou diretrizes, quando requer medições, análises, testes ou quando devem ser utilizados critérios de avaliação complexos.

Avaliações estabelecidas pela legislação em vigor.

Em muitas ocasiões, a avaliação, exposição e controle de alguns dos riscos presentes nas instalações ou posições podem ser regulados por documentos legais ou procedimentos de entidades filiais ou da própria entidade, devendo ser assegurado o cumprimento dos requisitos estabelecidos.

Avaliações impostas pela legislação de prevenção de riscos.

Alguns padrões que regulam aspectos da prevenção de riscos ocupacionais e definem procedimentos para sua avaliação e controle, por exemplo, padrões de ruído e vibração.

Avaliação de riscos para os quais não existem procedimentos ou normas específicas.

Existem riscos para os quais não existe legislação específica no país que limite a exposição dos trabalhadores aos seus efeitos. No entanto, existem padrões ou guias técnicos, de organizações de reconhecido prestígio internacional, que estabelecem os procedimentos de avaliação e, às vezes, até os níveis máximos recomendados de exposição. Por exemplo, valores-limite permitidos para contaminantes químicos, publicados por associações técnicas ou institutos de pesquisa aplicada.

Avaliações que requerem métodos especializados de análise.

Algumas dessas leis exigem o uso de métodos qualitativos e quantitativos específicos de análise de risco, como o método HAZOP, a árvore de falhas e erros e outros.

Na prática, quando uma determinada instalação é analisada do ponto de vista da segurança, o que se faz é combinar um conjunto de métodos, a partir de análises históricas, combinados com checklists e, em seguida, realizar uma análise sistemática no Hazop. Em certos casos, métodos de estimativa de frequência também são usados. (http://www.unizar.es/guiar/1/accident/An-couse-An-couse.htm).

A avaliação de riscos é a atividade central a partir da qual será estabelecido o planejamento preventivo para seu controle. (http://www.mtas.es//inht/ntp/ntp-330.htm).

Diante do exposto até aqui, um método geral é o mais adequado para a realização de uma avaliação inicial de risco, pois permite levar em conta os riscos inerentes à tarefa desempenhada pelo trabalhador e obter, se for o caso, um primeira avaliação de riscos causados ​​por fatores para os quais existem procedimentos de avaliação específicos.

O procedimento a seguir é baseado no uso de três instrumentos (modelos). (Curso básico de segurança e saúde no trabalho, 2001).

  • Modelo "Questionário de Identificação de Risco". Modelo "Avaliação de Risco". Modelo "Plano de Atividades Preventivas".

Recomenda-se o uso do “Questionário de Identificação de Riscos” para iniciar o processo de avaliação e seu objetivo é facilitar a identificação dos riscos existentes, bem como conseguir a participação dos trabalhadores, conhecendo assim suas percepções subjetivas a respeito os aspectos que consideram mais prejudiciais à saúde.

Após obter os indicadores de risco em nossa organização por meio de qualquer mecanismo, é hora de avaliá-los para tomar decisões organizacionais sobre a gestão de nossa segurança e suas prioridades. (Análise de risco, 2003).

O modelo “Avaliação de Risco” permite avaliar todas as áreas, instalações ou trabalhos onde foi identificado um risco. Nos casos estabelecidos ou a critério do avaliador, pode ser realizada uma avaliação qualitativa dos riscos identificados com base na probabilidade e consequências da sua materialização, propondo medidas corretivas para eliminar e / ou minimizar o risco.

Uma vez identificados e avaliados os riscos, é necessário estabelecer as diferentes ações coordenadas destinadas a eliminá-los, reduzi-los e controlá-los, que constam de um documento escrito, constituindo a sua formalidade o chamado plano de prevenção. (Navarro, 2001).

O “Plano de atividades preventivas” consiste em modelar as ações planejadas, os responsáveis ​​e as datas em que as deficiências detectadas durante o processo de avaliação devem ser eliminadas ou minimizadas. Este documento deve ser preparado anualmente e atualizado cada vez que a avaliação de risco é modificada.

O "Procedimento de Avaliação" consiste nas seguintes fases:

  1. Identificação por áreas, instalações ou postos de trabalho Avaliação dos riscos identificados Proposta de medidas preventivas destinadas a eliminar ou minimizar os riscos identificados.

O âmbito do procedimento não deve ser aplicado de forma semelhante a todos os centros de trabalho, dadas as diferenças de riscos potenciais, dimensão, importância económica e número de trabalhadores. É vantajoso, para alcançar a racionalidade e maior eficiência do trabalho, proceder previamente à autoclassificação do centro de trabalho no qual será realizada a avaliação de risco.

Os autores, para este efeito, sugerem que o pessoal técnico possa utilizar a classificação dos centros de trabalho apresentada na tabela 1.1.

Tabela: 1.1 Classificação dos centros de trabalho.

VARIÁVEIS. CENTROS

Grupo A".

CENTROS

Grupo B ".

Número de trabalhadores. > 50 <50
Importância econômica. Nacional, territorial. Local.
Nível de risco. Alta. Baixo.
Acidentalidade. Freqüente. Ocasional.
Doenças. Alto absenteísmo por doença e existência de doenças ocupacionais. Baixo absenteísmo por doença, não por doenças ocupacionais.

Ao classificar um centro, é preciso ser flexível, considerando o comportamento dessas variáveis ​​e as condições objetivas de cada centro de trabalho. Isso significa, por exemplo, que em certos casos um centro com 40 trabalhadores poderia ser classificado como "A", se apresentasse um "alto risco".

De acordo com a classificação atribuída ao centro de trabalho, o procedimento de avaliação e os modelos de registo serão aplicados da forma indicada na tabela 1.2.

Tabela: 1.2 Modelos de registro a serem aplicados de acordo com a classificação do centro.

MODELOS. CENTROS "A". CENTROS "B".
Questionário de identificação de risco. X X
Identificação geral de riscos. X X
Avaliação de riscos. X X
Questionários específicos (listas de verificação). X
Plano de atividades preventivas. X X

Nota: O modelo será aplicado mas não é necessário utilizar a parte correspondente à avaliação de risco.

Os questionários específicos serão utilizados a critério dos especialistas que realizam a avaliação. A sua aplicação será em correspondência com os riscos identificados e dependendo da necessidade ou desejo de aprofundar a informação a obter, em função das características das tarefas.

Identificação de riscos. (Veja o anexo 1).

A identificação de riscos será realizada em todas as áreas, instalações e empregos da empresa. O conceito de trabalho inclui todos os trabalhadores que desempenham funções semelhantes e estão sujeitos aos mesmos riscos.

O modelo será preenchido tendo em conta os dados gerais de identificação e avaliação das áreas, instalações e empregos da empresa ou estabelecimento.

Um (x) será anotado na linha correspondente a cada um dos riscos que o trabalhador identifica como existentes, atribuindo subjetivamente o nível de risco ao qual ele considera estar sujeito no intervalo entre 0 e 3.

Ao considerarem que existem riscos que não constam da lista, serão somados em cada uma das linhas a partir do 26, sendo fundamental nomear o risco em questão.

Avaliação de risco. (Ver Anexo # 2).

Este modelo será aplicado em todas as áreas, instalações ou empregos e será o resultado da análise das informações obtidas dos trabalhadores durante o procedimento de identificação de riscos e das visitas e entrevistas realizadas nos locais de trabalho avaliados.

O modelo pode incluir a avaliação de risco que será realizada caso o centro seja do tipo "A" ou quando o especialista o considerar necessário. Cada risco é avaliado separadamente (qualitativamente), atribuindo-se, a cada um, uma classificação que é obtida a partir do resultado da combinação de probabilidade e consequência, de acordo com a metodologia descrita por Menéndez em 2005.

Quando estamos avaliando um Centro “B”, o modelo pode ser utilizado sem preencher a parte correspondente à avaliação.

O modelo será preenchido levando em consideração os dados gerais de identificação e avaliação em todas as áreas, instalações e empregos da empresa ou estabelecimento.

Avaliação de risco.

Procedimento qualitativo e quantitativo.

  • Probabilidade

Será estimada a possibilidade de os fatores de risco se materializarem nos danos normalmente esperados de um acidente, de acordo com a seguinte escala:

Probabilidades. Danificar.
(B) Baixo = 0,1 Isso raramente acontecerá.
(M) Média = 0,3 Isso vai acontecer em algumas ocasiões.
(A) Alto = 0,6 Isso sempre vai acontecer.

Ao estabelecer a probabilidade de dano, será considerado o seguinte:

  • Se houver exposição a riscos A frequência de exposição ao risco Se as medidas de controle já implementadas forem adequadas (guardas, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), etc.) Se os requisitos legais e as recomendações de boas práticas forem atendidos. Proteção proporcionada pelo EPI e tempo de utilização do mesmo Se os hábitos dos trabalhadores forem corretos Se houver trabalhadores especialmente sensíveis a certos riscos Falhas nos suprimentos ou nos componentes dos equipamentos, bem como nos dispositivos de proteção.
  • Procedimentos de trabalho inseguros das pessoas (erros não intencionais ou violações de procedimentos estabelecidos) Consequências

A materialização de um risco pode gerar consequências diferentes, cada uma com sua probabilidade correspondente. Em outras palavras, as conseqüências normalmente esperadas de um determinado risco são aquelas com maior probabilidade de ocorrer, embora seja concebível que danos extremos ocorram com uma menor probabilidade.

Ao fazer referência às consequências dos riscos identificados, esta metodologia procura avaliar aqueles normalmente esperados no caso da sua materialização, de acordo com os seguintes níveis.

Valores. Consequências humanas. Consequências materiais ($).
0,5 Ferimentos leves. 0 a 200,00
1 Lesões menos graves. 200,00 a 1000,00
1.5 Lesões serias. 1.000,00 a 100.000,00
2.5 Morte. 100.000,00 a 1.000.000,00
4.5 Múltiplas mortes. Mais de 1.000.000,00
  • Exposição.

Leva em consideração o número de pessoas expostas ao risco, os valores de exposição podem ser vistos na tabela 1.3.

Tabela 1.3 Valores de exposição.

Exposições de pessoas. Valor.
0 a 20 0,5
20 a 70 1
70 a 150 1.5
150 a 300 2.5
Mais de 300 4.5
  • Valor de risco.

Valor de risco = probabilidade x conseqüência humana x conseqüência material x exposição.

Uma vez obtidos todos esses dados, é dada a prioridade do maior para o menor, em caso de empate a decisão é feita de forma aleatória, ou recebe a mesma prioridade.

Observação: Em todos os centros de trabalho que se classificam como “B” ou quando a avaliação de risco exige uma avaliação específica, como medição ambiental, não é necessário completar a avaliação. Nos casos em que uma medição for necessária, a medição correspondente indicará para realizar a medição.

Plano de atividades preventivas.

Seu objetivo é refletir em um determinado período de tempo todas as ações voltadas ao cumprimento da política de saúde e segurança da empresa e facilitar o controle da estratégia desenvolvida para a melhoria contínua das condições de trabalho, com base no princípio de “Segurança Integral”, sendo uma forma gráfica de expressão da Gestão de SST na entidade.

O modelo será preenchido levando em consideração os dados gerais de identificação e avaliação em todas as áreas, instalações e empregos da empresa ou estabelecimento.

O mesmo deve ser preparado anualmente e pode estar sujeito a modificações, dependendo dos resultados das avaliações que podem ser realizadas, pela própria empresa ou pelos órgãos estaduais de inspeção.

Actividades preventivas propostas: as acções ou tarefas planeadas nas diferentes actividades que o Plano deve considerar são detalhadas de forma a cumprir a estratégia decidida para materializar o modelo de gestão e organização da prevenção em todas as actividades da empresa; eliminar ou minimizar os riscos identificados e garantir a “melhoria contínua das condições de trabalho”.

É possível que um plano não deva incluir ações em todas as atividades descritas no modelo, pois no período não planejou melhorias em determinado aspecto. Os aspectos coletados nas atividades preventivas podem ser modificados pelas entidades.

As ações descritas neste modelo não têm que coincidir com as medidas descritas no modelo de avaliação, visto que nesta fase do processo está incluída a análise de viabilidade económica e é possível que não haja financiamento para actuar em alguns dos riscos identificados.

Comentários: Inclui qualquer elemento necessário para um melhor entendimento da tarefa planejada.

Avaliações de alta complexidade.

Nos casos de centros de trabalho classificados como “A” ou que a critério do especialista haja riscos que o justifiquem, serão aplicados questionários específicos por tipo de risco, bem como medições de fatores ambientais ou outros que o afetem saúde e segurança do trabalhador.

1.7-Técnicas a serem utilizadas na Avaliação, Identificação e Prevenção de Riscos.

Entre as principais técnicas a serem utilizadas podem-se contar com:

Observação: a observação é o mais elementar e a base dos outros métodos.

Na ciência, como regra geral, as observações são um conjunto de testes para uma ou outra hipótese ou teoria e, portanto, depende, em grande medida, desse fim. O cientista não registra simplesmente quaisquer dados, mas escolhe conscientemente aqueles que confirmam ou rejeitam sua ideia. Portanto, a observação como método científico é uma percepção atenta, racional, planejada e sistemática dos fenômenos relacionados aos objetivos da pesquisa, em suas condições naturais e usuais, isto é, sem provocá-los e utilizando os meios científicos, com vistas a oferecer uma explicação científica da natureza interna destes.

A entrevista: Que como método de pesquisa empírica pode ser definida da seguinte forma: É uma conversa planejada entre o entrevistador e o (s) entrevistado (s), em que se estabelece um processo de comunicação no qual o De forma fundamental, os gestos, as posturas e todas as diferentes expressões não verbais tanto do entrevistado como da pessoa que se encontra no plano entrevistado.

A entrevista como método de pesquisa é essencial nos casos em que a pesquisa não pode ser realizada de outra forma, por exemplo, quando as estatísticas não se preocupam em coletar dados sobre uma série de questões que interessam ao pesquisador.

Brainstorming: A essência deste método reside em ideias livres e espontâneas, evitando críticas e ataques. É utilizado para a coleta rápida de idéias, sem levar em conta a qualidade destas, ou sua Viabilidade, apenas sua quantidade, a validade é decidida em uma etapa posterior. É importante antes de aplicar este método: explique bem e defina os papéis dos participantes, que todos os membros contribuam com suas ideias livremente, sem criticar, as conclusões devem ser tiradas pela maioria, é necessário buscar sistematicamente combinações ou associações entre as ideias apresentadas.

Método Delhi: A essência do método é fazer várias pesquisas sucessivas sem interação (troca de opiniões), onde é recomendado empregar 7 a 9 especialistas. Funciona da seguinte maneira:

  • O grupo de análise (quem está aplicando o método) faz a pergunta aos experts, recebe as respostas e seleciona as mais comuns. As características mais comuns são enviadas aos experts, sem ordenação e eles são convidados a votar (Positivo vale 1, negativo é 0).

O coeficiente C = 1- Vn / Vt é calculado

Onde:

Vn = voto negativo.

Vt = voto total.

Nota: Se não houver concordância, o erro é do grupo de análise.

Método Kendall: Consiste na compilação ou coleta de informações ponderadas de um grupo de especialistas O Método unifica os critérios de vários especialistas com conhecimento do assunto, de forma que cada membro do júri (deve trabalhar com pelo menos 7 especialistas) tenha ponderado De acordo com a ordem de importância, que cada um entende por sua própria conta. Na escolha do especialista, serão levados em consideração a experiência, o nível de informação que ele pode fornecer e o nível técnico que possui. Este método possui um procedimento matemático e estatístico que permite validar a confiabilidade dos critérios dos especialistas por meio do coeficiente de Kendall (W).

Como se utiliza?

Os passos a seguir para realizar o método são mostrados abaixo.

  1. Traga o resultado da votação de cada especialista para a mesa Soma de todos os valores por linha Cálculo do coeficiente (T) Controle das características cujo valor é menor que o coeficiente (T) Cálculo de D, É feito por linha e uma a uma, Cálculo de D2, a soma encontra-se no final da coluna e, posteriormente, o coeficiente de Kendall (W).

® Se for cumprido, há concordância e o estudo é válido.

K®Número de recursos.

m®Número de especialistas.

Se W <0,5 repetir o estudo, se houver um número de especialistas maior que 7, os que apresentarem maior variação no estudo devem ser eliminados, respeitando sempre m> 7.

Referências bibliográficas:

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Identificação, avaliação e prevenção de riscos ocupacionais