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Corrupção e democracia na América Latina

Anonim

Um dos grandes males que surgiram com a maior força nos últimos anos na América Latina é o flagelo da corrupção (que poderíamos até dizer que é um dos males endêmicos do nosso tempo), e isso caracteristicamente, na maioria dos países. Em alguns casos, isso ocorreu em países cujas democracias não eram muito sólidas ou estavam em processo de consolidação, afetando o progresso e a estabilidade econômica dos países. Com isso, não queremos relacionar as variáveis ​​"transição democrática" e "corrupção" como uma estrutura inseparável, antes de tudo porque não o são, mas mostrar como a corrupção pode permear a ordem e a estabilidade de um país, deteriorando o conceito de democracia, especialmente nos países que possuem um sistema democrático no processo de transição ou consolidação.

Um indicador objetivo para medir o grau de corrupção de um determinado evento poderia ser o escândalo que isso poderia causar na opinião pública e que, no caso específico da América Latina, isso levou a revoltas sociais contra atos de corrupção por parte do governos, originando em muitos casos uma massiva mobilização social cuja conseqüência foi a inevitável expulsão dos governantes e de suas lideranças, situações que ocorreram em países como Argentina, Bolívia, Equador, Peru, etc.

O escândalo gerado como resultado de um ato de corrupção, como observado na América Latina e no caso particular do Peru, está sujeito à aceitação dos eleitores quanto à gestão de seu governante, ou seja, como eles se identificam com ele. Essa situação é extremamente preocupante, pois nada mais é do que a aceitação formal da corrupção e está localizada na consciência coletiva das pessoas com a frase "Ele está roubando, mas está fazendo", relatando as seguintes coisas termos: "quanto você faz e quanto pode roubar". Em última análise, isso tem uma explicação do ponto de vista cultural, onde interesses, princípios e moral estão em jogo.

A corrupção, entendida como um meio de obter certas vantagens e benefícios ilegalmente, afeta indubitavelmente a governabilidade, a estabilidade democrática e econômica dos povos, mas o mais grave é que destrói a alma de um país e das novas gerações, gerando uma desesperança e desconfiança, tanto no futuro como no sistema democrático. Essa situação, que já é perigosa em si mesma, é, em muitos casos, acompanhada de uma crise cultural, educacional e de informação, que leva a uma situação de individualismo extremo e que pode levar à anomia total.

Corrupção e democracia na América Latina