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Desafios na educação virtual

Anonim

As ferramentas estão disponíveis, o desafio é ser capaz de usar as ferramentas para criar competências, um desafio que pode ser enfrentado com uma aplicação criteriosa para a obtenção de competências e não para a transmissão de conhecimentos.

As tecnologias de informação e comunicação impactaram todos os tipos de negócios, indústrias e, em geral, a vida cotidiana. A educação não é estranha a essas mudanças, ajudando você a passar de um ambiente físico para um ambiente virtual.

O principal objetivo da educação é criar competências no aluno. Isso não se aplica apenas à educação escolar formal, por meio de faculdades ou universidades, mas também em seminários, conferências e praticamente qualquer evento em que a transmissão de conhecimento seja parte integrante do processo.

Não sou professor de profissão, profissão pela qual tenho muito respeito pelo impacto e pela responsabilidade que têm na formação dos líderes do futuro. O curso do meu trabalho me deu a oportunidade de atuar como docente em diversas disciplinas em diversas universidades da América Latina, podendo validar aquela satisfação que se sente quando o aluno supera o professor.

As primeiras conferências ou aulas que tive oportunidade de ditar foram apoiadas em "acetatos" que tinham de ser queimados na fotocopiadora, de impressos. As cores foram adicionadas com marcadores de tinta indeléveis. Isso nos obrigou a ser muito claros sobre o que iria ser dito, já que modificar esses acetatos exigia retrabalhá-los.

Hoje contamos com inúmeras ferramentas que nos permitem enfrentar o maior desafio de gerar competências no aluno. Essas competências se dividem em três importantes áreas que o aluno deve desenvolver: saber saber, saber fazer e saber ser. A primeira vez que li sobre isso, senti que estava em aula de psicologia, porém a aplicação do conceito de treinamento por competências permite-nos garantir que o esforço feito do ponto de vista do tutor e as ferramentas que se enquadram nele terão o efeito desejado no aluno em uma das três áreas ou em várias ao mesmo tempo.

Com a virtualização da educação, também temos que atender aos mesmos desafios de treinamento para o aluno, mas praticamente sem a presença física do tutor. Essa virtualização pode ser dividida em dois cenários diferentes, dependendo da presença do tutor, se for ao vivo (mesmo por videoconferência, ele estaria lá, pelo menos para tirar dúvidas), ou se não estiver presente ao vivo.

Os cenários acima não são nem melhores nem piores do que um em comparação com o outro. Eles são diferentes e têm vantagens e desvantagens próprias. Para ambos os cenários, existem plataformas informáticas que permitem a realização do processo de formação. Mas cabe ao tutor saber como explorar essas tecnologias para cumprir a tarefa discutida acima. A construção de competências não é simples, portanto os cursos devem ser estruturados, e as intervenções tanto do tutor quanto dos alunos de forma que se avalie a aquisição ou não dessas competências, para fazer os devidos ajustes e alcançar o papel.

A tarefa é ser capaz de combinar todas as ferramentas disponíveis para construir essas competências. Hoje as plataformas de educação virtual ou educação eletrônica, ou e-learning, variam desde as gratuitas, como Moodle e Dokeos, até aquelas que são distribuídas comercialmente.

Hoje todos eles suportam a possibilidade de fazer conferências ao vivo, conferências atrasadas, embutir voz e vídeo nas diferentes páginas, administrar fóruns, fazer e avaliar automaticamente provas, atribuir tarefas, corrigi-las e comentar o seu desenvolvimento.

O fato de as ferramentas estarem presentes não implica que o alcance do objetivo seja dado apenas pelo uso da ferramenta. A “virtualização” coloca uma carga adicional sobre o tutor para transmitir e criar habilidades sem necessariamente ser capaz de “ver” o desempenho e o desenvolvimento do aluno.

Técnicas simples, como considerar o fórum como uma sala de aula, permitem que você estruture os tópicos de discussão como se você estivesse participando de uma aula física. As tarefas devem ser estruturadas como um “laboratório” onde a correta aplicação dos conceitos adquiridos possa ser medida no resultado da tarefa. As avaliações não devem ser apenas uma medida de aquisição de conhecimento, como fazer a aula sobre o que foi lido, mas também perguntar sobre a aplicação do que foi lido a questões que requerem o uso de dois ou mais conceitos em conjunto.

As ferramentas estão disponíveis, o desafio é ser capaz de usar as ferramentas para criar competências, um desafio que pode ser enfrentado com uma aplicação criteriosa para a obtenção de competências e não para a transmissão de conhecimentos.

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