Logo artbmxmagazine.com

Custeio baseado em atividades do ABC

Índice:

Anonim

Contribuição para novas empresas competitivas

1. introdução

A contabilidade de custos tradicional responde claramente a paradigmas que não são mais válidos para o estado atual da tecnologia e a necessidade de tomar decisões com base em informações melhores, dado o alto nível de competitividade.

Sob a tecnologia tradicional de distribuição de custos indiretos, as distribuições de custos são feitas de centros de serviços para centros de produção; no entanto, os custos acumulados nos centros produtivos são atribuídos aos produtos ou processos, normalmente com base nas horas de máquina, horas de homem ou unidades produzidas; mas essas bases não refletem com precisão os recursos consumidos pelos diferentes produtos ou processos.

A metodologia de custeio baseado em atividades (custeio baseado em atividades) baseia-se no fato de que uma empresa precisa realizar atividades para produzir produtos ou serviços, que consomem recursos, e é por isso que as atividades são custeadas primeiro e depois o custo de As atividades são atribuídas aos diferentes objetos de custo (produtos, serviços, grupos de clientes e regiões, processos etc.) que essas atividades exigem; dessa maneira, uma precisão muito maior na determinação de custos e a rentabilidade correspondente serão alcançadas.

Os contadores baseados na bibliografia da época de Taylor e não familiarizados com os processos de fabricação, continuam pela tradição e facilidade com um sistema de custos que leva à tomada de decisão e análise incorretas. Essas imprecisões geram erros no estabelecimento de preços, cálculos de rentabilidade, detecção de desperdício, custo de produtos e / ou serviços e determinação de planos e orçamentos.

É hora de desmontar essas idéias e paradigmas itinerantes, substituí-las por novas concepções apropriadas tanto às novas tecnologias de produção e informação quanto às novas situações altamente competitivas.

A análise de custos é essencial quando se trata de prevenir, detectar, reduzir e eliminar desperdícios.

Para solucionar esses problemas e com base no desenvolvimento de novas tecnologias de computador, contamos com a contribuição do sistema de custeio baseado em atividades, comumente chamado de ABC (custeio baseado em atividades).

O ABC intervém no custeio dos custos indiretos, distribuindo-os entre as atividades que consomem esses recursos. O ABC é, portanto, uma tentativa de transformar custos indiretos em custos diretos, a fim de influenciar cada atividade, o que sem dúvida exige maior precisão do que as práticas tradicionais de custeio.

Novas regras para o cálculo de custos

Em uma economia sujeita à globalização, o cálculo correto dos custos para fins de seu controle e subsequente redução é essencial para poder competir efetivamente com fornecedores de outras partes do planeta. Isso também é essencial ao gerar estratégias válidas para o mercado interno.

Agora, quais são essas regras:

  • Primeiro: superar as barreiras organizacionais em termos de áreas ou setores, para dar preponderância aos processos; Segundo: ajudar a detectar as atividades e processos que não geram valor agregado para o cliente ou a empresa e, portanto, ajudar a eliminá-los. Terceiro: concentra sua atenção mais na eliminação de atividades desnecessárias do que na redução dos custos das atividades Quarto: permitir a fixação de preços competitivos para seus produtos e / ou serviços no mercado Quinto: evitar essas atividades Os excedentes financiam outros déficits.

O que é o ABC?

O ABC foi gerado como um método para resolver um problema que ocorre na maioria das organizações que usam o sistema de custeio tradicional, consistindo em:

1. Incapacidade de relatar os custos de produtos individuais com um nível razoável de precisão.

2. Incapacidade de fornecer feedback útil para a administração da empresa para fins de controle de operações.

Devido a essas circunstâncias, os gerentes das empresas que vendem uma variedade de produtos e serviços tomam decisões cruciais para o progresso da organização, como a determinação de preços, a composição dos produtos e a tecnologia de processo a ser aplicada, com base em uma informações de custos notoriamente imprecisas e inadequadas.

Os sistemas de custo tradicionais baseiam o processo de "custeio" no produto. Os custos são remetidos ao produto porque se supõe que cada elemento do produto consuma os recursos na proporção do volume produzido. Portanto, atributos de volume do produto, como o número de horas de mão de obra direta, horas de máquina, quantidade investida em materiais, são usados ​​como "roteadores" para alocar custos indiretos. Esses roteadores de volume, no entanto, não são responsáveis ​​pela diversidade de produtos na forma de tamanho ou complexidade. Também não há relação direta entre volume de produção e consumo de custos.

Ao contrário do citado, o custeio baseado em atividades baseia o processo de custeio em atividades; o que implica que os custos sejam rastreados das atividades aos produtos, com base na demanda por produtos para essas atividades durante o processo de produção. Portanto, os atributos das atividades, como horas de preparação ou número de vezes envolvido, são usados ​​como "direcionadores" para alocar custos indiretos.

Como o número de atividades mede os aumentos utilizados, o ABC permite capturar melhor os fatores econômicos subjacentes à operação da empresa, o que permite obter custos mais precisos dos produtos.

Outra distinção importante entre os sistemas de custos tradicionais e o sistema ABC é o escopo das operações. Os sistemas tradicionais, dedicados principalmente à avaliação de estoque, analisam apenas os custos incorridos dentro das paredes da fábrica. A teoria da ABC sustenta que, como praticamente todas as atividades da empresa existem para apoiar a produção e a entrega de bens e serviços atuais, elas devem ser incluídas na sua totalidade como custo do produto, não para fins de estoque, mas aos tomadores de decisão. Em outras palavras, para tomar uma decisão correta, devemos levar em conta não apenas o custo de fabricação de um produto, mas também os custos de publicidade, venda e entrega, entre outros relacionados a ele.Exemplos desses custos de fabricação e suporte comercial, que podem ser divididos e referidos a produtos individuais ou produtos familiares, incluem:

  • LogísticaProduçãoMarketingVendasServiçosPesquisa e desenvolvimentoDistribuição

A teoria econômica convencional e os sistemas de contabilidade gerencial tratam os custos como uma variável apenas se eles mudarem com as flutuações de curto prazo na produção. A teoria da ABC sustenta que muitas categorias importantes de custos não variam com as mudanças na produção no curto prazo, mas com as mudanças (ao longo de vários anos) no design, composição e variedade dos produtos e clientes da empresa. Esses custos de complexidade devem ser identificados e atribuídos aos produtos.

O que deu origem ao sistema ABC?

Muitos gerentes compreendem intuitivamente que seus sistemas contábeis distorcem os custos do produto e fazem ajustes informais para compensar. No entanto, poucos gerentes podem prever a magnitude e o impacto dos ajustes que devem fazer.

O ABC foi desenvolvido como solução para esses problemas por dois professores da Universidade de Harvard, Robin Cooper e Robert Kaplan. Eles identificaram três fatores independentes, mas simultâneos, como os principais motivos que justificam a necessidade e a prática do ABC:

O processo de estrutura de custos mudou dramaticamente. No início do século, a mão-de-obra direta representava aproximadamente 50% do custo total do produto, enquanto os materiais representavam 35% e as despesas gerais, 15%. Atualmente, as despesas gerais normalmente custam cerca de 60% do custo do produto, com materiais da ordem de 30% e mão de obra direta em apenas 10%.

Obviamente, o uso de horas de trabalho diretas como base da alocação fazia sentido há 90 anos, mas não é válido dentro da atual estrutura de custos.

O nível de concorrência que a maioria das empresas enfrenta aumentou drasticamente. O ambiente competitivo em rápida mudança e global não é um clichê, é uma realidade perturbadora para muitas empresas.

Conhecer os custos reais dos produtos é essencial para sobreviver nesta nova situação competitiva.

O custo da medição diminuiu à medida que a tecnologia de processamento de informações melhora. Até vinte anos atrás, o custo de acumular, processar e analisar os dados necessários para executar um sistema ABC teria sido proibitivo.

Hoje, no entanto, esses sistemas de medição de atividades não são apenas acessíveis financeiramente, mas muitos dos dados já existem de alguma forma na organização. Portanto, o ABC pode ser extremamente valioso para uma organização, pois fornece informações sobre o escopo, custo e consumo das atividades operacionais.

Quais benefícios e usos estratégicos podem ser derivados dessas informações?

Primeiro, temos custos de produto mais precisos, o que leva a melhores decisões estratégicas em relação a:

a) Determinação do preço do produto.

b) Combinação de produtos.

c) Determine a conveniência de comprar ou produzir.

d) Investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Em segundo lugar, a maior visibilidade das atividades realizadas permite que a empresa se concentre na melhoria de atividades de alto custo e, por outro lado, detecte e elimine atividades que não agregam valor.

Podemos resumir as vantagens e benefícios da aplicação do ABC nos seguintes pontos:

1) Permite pesquisar as causas das atividades e, por sua vez, os custos.

2) Não apresenta dificuldades de implementação em nenhum tipo de organização.

3) É compatível com o método de custos totais, ou custo total, uma vez que, na verdade, é baseado no cálculo do custo total.

4) Permite sua adaptação tanto aos custos históricos quanto aos custos padrão.

5) Facilita a eliminação das atividades que não geram valor.

6) Permite o cálculo “a priori” das atividades que você deseja incorporar, bem como o impacto que elas produziriam se realizadas a prazo.

7) Facilita a tomada de decisões estratégicas, pois mostra o real nível de competitividade da empresa, bem como as possibilidades de sucesso ou fracasso em comparação à concorrência.

Em relação ao ponto 5, deve-se notar que, de várias empresas ocidentais que auditam suas atividades, foi determinado que entre 50 e 70% dessas atividades não são valorizadas por seus clientes.

Esses dados refletem a importância da análise das atividades e o valor agregado que elas geram.

Princípios do método ABC

As duas idéias fundamentais a partir das quais a metodologia em questão começa são:

1) Os produtos não consomem custos, mas atividades.

2) Atividades são aquelas que realmente consomem recursos. Os custos são a expressão quantificada dos recursos consumidos pelas atividades.

A partir disso, deduz-se, antes de tudo, que o gerenciamento de custos se concentre, principalmente nas atividades que os originam, levando ao gerenciamento ideal dos mesmos, gerando a redução dos custos derivados deles.

Em segundo lugar, deve ser estabelecida uma relação de causa / efeito entre atividades e produtos ou serviços. A partir disso, deduz-se que o maior consumo de atividades corresponde à imputação de custos mais altos e vice-versa.

Finalmente e em terceiro lugar, temos a maior objetividade na alocação de custos, resultante do conhecimento dos recursos consumidos em cada atividade. Portanto, a imputação ao produto ou serviço será baseada nas atividades que ele produziu ou consumiu.

Atividade e volume produzido

Um critério tão usual quanto negativo que é esbanjado no sistema de custo tradicional é a consideração de dividir os custos indiretos com base em um volume determinado, que pode ser produção, vendas, etc. O resultado é que, quando pequenas quantidades são produzidas a partir de um produto, pequenas quantidades de custos indiretos são absorvidas, independentemente do que elas realmente consumiram.

Às vezes, não é levado em consideração que funções como: lançamento de ordens de produção, design, pesquisa, preparações e trocas de ferramentas e gerenciamento de compras, entre outras, causam atividades não contempladas, muito menos imputadas. Esse critério pode gerar crescimento nos custos indiretos, que devem ser suportados pelo restante dos produtos ou serviços ou obviamente causarão uma queda na lucratividade.

O ABC concede a possibilidade de analisar as informações não sobre os custos que lhes foram imputados com base em um determinado critério, mas para detectar os trabalhos desnecessários que devem ser a fonte de redução e até eliminação.

ABC em ação

Os sistemas de gerenciamento de custos baseados em atividades (ABC) impõem custos indiretos às atividades específicas que os causam, proporcionando, assim, um custo mais seguro do produto. Quatro conceitos-chave diferenciam os sistemas de contabilidade de custos baseados em atividades dos sistemas tradicionais de contabilidade de custos, permitindo que os sistemas baseados em atividades forneçam dados de custo do produto mais precisos:

I. Contabilidade de atividades. Em um sistema baseado em atividades, o custo do produto é a soma de todos os custos necessários para fabricar e entregar o produto. As atividades que uma empresa realiza consomem seus recursos, e a disponibilidade e o uso de recursos criam custos. A contabilidade de atividades divide uma organização em uma estrutura de atividades que fornece uma análise de causa e efeito fundamentada de como os objetivos fundamentais e suas atividades associadas criam custos e resultam em resultados. Segundo Brimson, um sistema eficaz de contabilidade de atividades usa o seguinte método:

A. Determine as atividades fundamentais que devem ser realizadas para satisfazer os objetivos de uma empresa. As atividades permitem identificar como uma empresa utiliza seus recursos para atingir seus objetivos básicos.

B. Determine as relações causais que permitem que os produtos (resultado) sejam atribuídos às entradas (recursos). Um grande número desses relacionamentos será baseado em medições não relacionadas ao volume, como o número de peças em um novo design.

C. Verifique a saída de uma atividade em termos de uma medida do volume de atividade através do qual os custos de um processo de negócios variam mais diretamente (por exemplo, número de configurações da máquina necessárias para um projeto complexo).

D. Relacione as atividades aos produtos (ou outros objetos) e determine quanto de cada atividade é dedicada a eles. Uma estrutura de custos, conhecida como lista de atividades, é usada para descrever cada padrão de consumo de atividades do produto.

E. Determine os fatores fundamentais de sucesso através dos quais as atividades da empresa podem ser alinhadas com os objetivos estratégicos estabelecidos. Esta etapa indica com que eficácia a operação desejada é realizada por meio das atividades que a empresa realiza.

F. Agir, com a filosofia da melhoria contínua, sobre as oportunidades de produtividade identificadas nas etapas AE. Como o custo da atividade é a proporção dos recursos consumidos por uma atividade e a medida do resultado da atividade, um meio de avaliar a eficácia e a eficiência (ou seja, a produtividade) está disponível para os gerentes. Várias alternativas para realizar as mudanças desejadas nos padrões de atividade agora podem ser avaliadas realisticamente através de investimentos ou meios organizacionais.

II Fatores de custo. Um direcionador de custos é um evento que afeta o custo / desempenho de um grupo de atividades relacionadas. Os fatores de custo da família incluem o número de configurações da máquina, o número de avisos de alteração de engenharia e o número de pedidos de compra. Os direcionadores de custos refletem as demandas impostas às atividades nos níveis de atividade e produção. Ao controlar o direcionador de custos, custos desnecessários podem ser eliminados, resultando em um melhor custo do produto.

III Identificação direta. A identificação direta implica atribuir custos aos produtos ou processos que consomem recursos. Muitos custos indiretos ocultos podem ser efetivamente identificados para os produtos, proporcionando assim um custo mais preciso do produto.

IV Custos adicionados sem nenhum valor. Nos processos de produção, os clientes podem perceber que certas atividades não agregam valor ao produto. Ao identificar os fatores de custo, uma empresa pode determinar com precisão esses custos desnecessários. Os sistemas de custos baseados em atividades identificam e impõem um custo às atividades executadas (que agregam valor e não agregam valor), para que o gerenciamento possa determinar as mudanças esperadas nos requisitos de recursos para cada atividade. Por outro lado, os sistemas de custos tradicionais acumulam custos por item de linha do orçamento e por item.

Esses quatro conceitos básicos estão incluídos nos sistemas de contabilidade de custos baseados em atividades e levam a informações mais precisas de contabilidade de custos. Além disso, os sistemas de contabilidade de custos baseados em atividades oferecem mais flexibilidade do que os sistemas tradicionais porque produzem uma variedade de índices de custos úteis para contabilidade de tecnologia, contabilidade de custos de produtos e análise do ciclo de vida. Além disso, esses valores de custo podem ser aplicados na tomada de várias decisões especiais, incluindo determinação de estoque, orçamento / previsão, análise de linha de produto, decisões de compra / compra e design de custos.

conclusão

Para competir no ambiente de negócios atual, as empresas precisam ter informações sobre custos e rentabilidade total dos negócios, o que lhes permite tomar decisões estratégicas e operacionais da maneira correta. Ter esse tipo de informação com precisão e em tempo hábil serve como base para a alta gerência de uma empresa procurar maximizar o desempenho dos negócios.

Embora exista uma forte necessidade de gerenciar e alocar custos indiretos, os sistemas tradicionais de contabilidade de custos não são mais eficazes.

A implementação do ABC tem como objetivo obter redução de custos, aumentar lucros, melhorar o desempenho e viabilizar a melhoria contínua.

É necessário ter em mente:

1. Nem todos os custos se originam exclusivamente de um volume de produção, em oposição à teoria de Taylor. Nos dias de hoje, e dada a crescente complexidade que ocorre nas empresas, alguns custos aparecem devido ao crescimento dos serviços que os clientes exigem, como atendimento, logística, infraestrutura, entre outros.

2. Nem todos os custos são realmente fixos. Uma parte muito importante deles é, ou pode ser constituída em custos variáveis.

Para analisar as possibilidades de aprimoramento que a implementação do método pode lhe trazer, é necessário conhecer completamente cada organização. Para que as empresas atinjam o nível de competitividade que o ambiente atual requer apenas uma implementação metódica, rigorosa e motivadora, esse sistema pode ser realmente útil.

Bibliografia

Cartilha de um gerente da ABC - Gary M. Cokins - Editar. John Wiley & Sons, Inc. - 1992

Modelos ABC / ABM - Samuel Cogan - Editor de marca de qualidade - 1997

Custos e Preços. Formação e análise - Samuel Cogan - Editorial Pioneira - 1999

Custeio Baseado em Atividades para Pequenas e Médias Empresas - D. Hicks - Edit. John Wiley & Sons - 1995

Contabilidade de atividades - James A. Brimson - Editorial Marcombo - 1995

Custeio baseado em atividades do ABC